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16 junho, 2017 • 10:04

As pequenas empresas são pequenas apenas no nome: no Brasil, as micro e pequenas empresas empregam mais da metade da força de trabalho e faturam 27% de todo o comércio — há 30 anos, elas faturavam 21%. Além disso, as pequenas e médias empresas representam 96,3% do total de organizações no país. Existem 12,9 milhões de empreendimentos no território brasileiro, então estamos falando de números bastante expressivos.

Apesar de a lista das melhores empresas para trabalhar no Brasil contemplar apenas empresas de porte médio e grande (100 ou mais funcionários), nos últimos anos, temos acompanhado um volume crescente de empresas com menos empregados aplicando as pesquisas do GPTW. Justamente por isso, temos ampliado o número de listas — já temos 30 — e quase todas contemplam empresas de pequeno porte. Inclusive, neste ano, elaboramos uma lista exclusiva de pequenas empresas e reconhecemos as 20 melhores para trabalhar no estado de São Paulo, de um universo de 782 mil estabelecimentos possíveis.

Outro destaque importante que se iniciou em 2015 é o das melhores startups para trabalhar, projeto cuja primeira edição contou com a parceria da Virtvs. Neste ranking, as empresas inscritas devem ter entre 6 e 30 funcionários e fazer contratações em regime CLT.

Na última edição, cuja premiação aconteceu em dezembro de 2016, contamos com 47 inscrições, representando 771 funcionários: seis foram destacadas e três empresas receberam o prêmio desse reconhecimento. Foi uma enorme surpresa observar que a nota média dessas empresas ganhadoras é de 99 — isso significa que há uma concordância de 99% sobre todos os aspectos analisados pela metodologia GPTW — e a média das melhores empresas do Brasil é de 86.

Muitas vezes, as micro e pequenas empresas se sobressaem e mostram que podem ser excelentes — quase perfeitos — lugares para trabalhar, e temos dado cada vez mais espaço para esse mercado tão importante. As melhores startups para trabalhar também se mostraram ótimas para a comunicação entre líderes e colaboradores: 88% dos funcionários das premiadas receberam mais de três feedbacks no ano, o que é acima de qualquer outra amostra das nossas pesquisas.

Mesmo quando comparamos os dados das empresas grandes com as pequenas e médias da lista nacional, vemos diferenças significativas nas comparações. Desde 2011, fazemos a segmentação de empresas por porte nesse ranking, e o Trust Index (índice de confiança) das pequenas é sempre mais alto que os valores apresentados pelas grandes:

Ano

Trust Index – Grandes

Trust Index – Médias e Pequenas

2011

81

88

2012

80

89

2013

79

89

2014

80

89

2015

82

90

2016

83

90

Destacamos o ano de 2013, quando as pequenas e médias superaram em 10 pontos as grandes. O clima organizacional é melhor gerenciado em empresas menores porque os gestores estão mais próximos de todos os funcionários e há mais abertura, melhor comunicação, mais dinamismo e, claro, maiores níveis de confiança. Dessa forma, torna-se importante que as pequenas empresas se empenhem nos processos dos rankings, pois quanto maior a visibilidade devido a esse reconhecimento, mais talentos elas atraem, atingindo resultados superiores.

Outros dados também se revelam mais positivos para as empresas de menor porte, segundo a base das empresas premiadas de 2016. As saídas voluntárias nas grandes são de 11,7%, e de apenas 6,3% nas médias. Além disso, as menores desligaram menos no ano passado: a taxa de desligamento foi de 29,1% nas grandes, e de 20,8% nas médias.

Em 2015, as micro e pequenas geraram 84% dos novos empregos no Brasil, mostrando que estão com força total para continuarem representativas na economia. E será cada vez mais importante que elas também se apresentem como um great place to work.

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