Por: Alexandre Caldini

autor do livro "Networking versus Notworking"

Por: Alexandre Caldini

autor do livro "Networking versus Notworking"

21 maio, 2020 • 4:38

Em minhas palestras sobre Networking sempre sugiro aos que me ouvem que criem seus próprios grupos. Grupos de relacionamento. Eu já participei como convidado de alguns grupos e atualmente sigo participando de dois – de forma remota, claro –, que eu mesmo criei.

Um de meus grupos é composto por apenas cinco membros: somos empresários e executivos, todos com mais ou menos a mesma idade, com experiências profissionais similares e com várias afinidades na visão de mundo (ainda que com visões políticas bastante díspares). Nos reuníamos mais ou menos a cada três meses para um jantar, encontros estes que foram substituídos pelas mais populares do que nunca, calls. Nossos encontros são sempre coisa rápida, das 19 às 20 horas. Neles conversamos de tudo: política, governo, economia, família, negócios e experiências de vida. Dividimos sucessos e fracassos, alegrias e dores, problemas e descobertas. Como falamos muito abertamente sobre tudo, há entre nós acordo de confidencialidade. Nossos saudosos jantares eram sempre muito prazerosos, mas curiosamente, apesar da ausência do vinho, da mesma forma, nossos encontros online também são muito agradáveis. Há entre nós um sentimento de apoio mútuo e de carinho. Invariavelmente, ao final de tais momentos, o comentário geral é o de como é bom estarmos juntos. E veja que curioso: continuamos juntos, bem juntos, mesmo cada um estando em seu endereço!

O outro de meus grupos, que também não é numeroso, é composto por seis jornalistas que trabalharam ou não comigo, mas todos gente que respeito e admiro muito. Nesse grupo o assunto gira mais em torno do jornalismo: personas, implicações, escândalos, política e causos das redações. Bem interessante! Esse grupo me dá uma sensação agradável de pertencimento.

Grupos como esses são importantes para o seu Networking? É claro que são, mas a razão de sua criação vai além do Networking: eles são praticamente CVVs, grupos de escuta e apoio, que nos ajudam a nos sentirmos melhor, mais felizes, mais valorizados e mais amparados, ante a intensidade da competitiva e extenuante vida executiva.

Meu ponto aqui é incentivá-lo a formar seus próprios grupos. Fará bem ao seu Networking e fará muito bem à sua alma. Junte alguns amigos que goste e admire e, por hora, marque um encontro virtual. Mais tarde, quando o novo normal chegar, vocês marcam seu primeiro café, almoço ou jantar. O momento presente pode ser uma excelente oportunidade para você se aproximar de pessoas queridas, com as quais compartilha interesses, mas que, por conta da dinâmica dos grandes centros urbanos, nem sempre você conseguia agendar um encontro. No ambiente virtual – sem trânsito, sem grandes preparos e sem despesa extra – esse encontro fica bem mais fácil!

Pense nas pessoas que você gostaria de convidar para seu grupo. Pouca gente. Nada muito formal e sem grande frequência, para que cada encontro seja desejado e memorável. São conversas sem agenda específica. Algo alegre e leve. O que importa é reunir gente que você goste e que contribuirá com seu crescimento e vice-versa. A dica é juntar gente que fale bem ao seu coração e neurônios, e não apenas ao seu bolso.

Com essas conversas via web você estará mantendo firme a conexão com seus bons amigos. E aquecerá a relação para, tomara em breve, juntos, dividirem novamente um bom prato e algumas taças. Nesse reencontro pessoal, lembrarão deste período de isolamento social, como uma dura, porém surpreendente e riquíssima experiência. Reconhecerão, agradecidos, que a força da amizade, da fraternidade e do amor que os une, os ajudou a manter a saúde física e mental, permitindo que chegassem prontos, animados e confiantes à retomada de suas vidas!

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