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7 novembro, 2018 • 5:14

Você já deve ter ouvido falar que a pesquisa pulse é a nova ferramenta utilizada para medir o nível de satisfação no ambiente de trabalho. Essa é uma das tendências do mercado e todos só falam nisso. No entanto, antes de embarcar nessa, é importante entender o que é uma pesquisa pulse, quando ela deve ser aplicada e como ela pode auxiliar na jornada rumo à orientação por dados.

O termo se tornou popular nos últimos anos e se refere às medições rápidas e frequentes (semanais ou diárias) relacionadas a uma questão específica do ambiente da empresa. Isso tem a ver com esse novo momento de transformações constantes no mundo do trabalho, o qual exige respostas e ações mais rápidas de seus profissionais. Diante disso, faz sentido adotar uma ferramenta nova para lidar com uma mentalidade também nova.

Contudo, vale salientar que as medições mais constantes não invalidam nem substituem a pesquisa de clima organizacional nos moldes tradicionais. Na verdade, rodadas de perguntas e respostas frequentes dentro de uma empresa complementam a visão obtida por meio de uma pesquisa, digamos, mais tradicional. Isso porque o modelo pulse permite aprofundar o entendimento sobre temas críticos, sobre um cenário específico e até sobre pontos levantados na pesquisa anual. No fim, uma ferramenta “alimenta” a outra e, juntas, auxiliam a ter uma visão holística da empresa, do ambiente de trabalho e dos funcionários.

Uma analogia que pode ajudar

Pense nos cuidados relacionados à saúde. Todo mundo tem — ou deveria ter — aquele(a) médico(a) de confiança que nos atende pelo menos uma vez por ano para verificar se está tudo em dia. O famoso check-up, sabe? Nessa consulta, é levado em consideração o seu histórico de saúde, bem como o da sua família, o resultado de exames passados e os recentes também, os remédios de uso contínuo e mais uma série de informações. A ideia é olhar para o paciente de maneira ampla e avaliar a sua saúde como um todo.

Mesmo passando por essa rotina, às vezes precisamos agendar uma consulta no meio do ano ou até ir ao Pronto-Socorro para lidar com algo pontual. Nessas ocasiões, o(a) médico(a) vai focar na sua queixa atual. É uma avaliação muito mais do momento presente, para lidar com uma questão específica. Contudo, atenção ao detalhe: todos esses “pulos” ao hospital, consultas pontuais e exames de urgência feitos no meio do ano serão também levados em consideração na hora de conversar com o/a seu/sua médico/a de confiança no check-up de rotina. Ou, pelo menos,é o que deveria acontecer.

O mesmo raciocínio vale na hora de diferenciar uma pesquisa tradicional de uma pulse. A primeira visa olhar para o último período da empresa e inspira um momento de reflexão nos funcionários. Com a afirmativa “Aqui as pessoas se importam umas com as outras”, a empresa não quer saber a opinião do funcionário sobre colaboração naquele instante e, sim, a sua percepção sobre o tema ao longo do tempo, levando em consideração a sua história com a organização.

Já uma pulse é uma avaliação pontual cujos objetivos são mapear uma tendência, corrigir o plano de negócios, medir a aderência a uma prática, entender a percepção dos funcionários sobre um tema atual e aprofundar o entendimento sobre determinadas questões. Esse último item é essencial para desmitificar a finalidade apenas imediatista das “medições rápidas”: os feedbacks lançados pelos colaboradores praticamente em tempo real não são apenas retratos de um momento que não servirão para mais nada depois; são, pelo contrário, insumos importantes para análises com base em dados.

Juntas, essas ferramentas munem o gestor de pessoas — não restrinja esse título ao RH, todo líder é um gestor de pessoas — com dados para uma atuação mais estratégica. Juntas, as duas metodologias de pesquisa podem ajudá-lo a conhecer e a entender melhor os profissionais de uma empresa. Juntas, elas o ajudam a enxergar além. Mas, de novo, juntas e não isoladas.

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3 Comentários

  • Postado por: Ana Paula •

    Bom dia!! Muito interessante a ideia do pulse! Vocês tem algum exemplo de modelo de perguntas utilizadas em pulses? Obrigada!

  • Postado por: Guilherme Marback Neto •

    Gostaria de conhecer mais essa metodologia. Obrigado.

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