Por: Ted Kitterman

Gerente de Conteúdo do Great Place To Work (EUA)

Por: Ted Kitterman

Gerente de Conteúdo do Great Place To Work (EUA)

31 julho, 2023 • 4:32

Líderes de empresas na Lista das 100 Melhores Empresas Para Trabalhar (EUA) compartilham suas ideias sobre como criar um ótimo ambiente de trabalho para seus funcionários. 

Quanto tempo é necessário para se desenvolver uma cultura empresarial que os funcionários amem? Para os líderes das 100 Melhores Empresas Para Trabalhar (EUA) em 2023, a jornada requer pensamento de longo prazo. 

Os CEOs de algumas dessas empresas participaram de um painel de discussão organizado pelo CEO da Revista Fortune, Alan Murray, onde discutiram os principais elementos para criação de uma experiência extremamente positiva para os funcionários. Os participantes foram: Jim Kavanaugh, CEO e co-fundador da World Wide Technology; Tricia Griffith, presidente e CEO da Progressive Insurance; Brian Doubles, presidente e CEO da Synchrony Financial, e Michael C. Bush, CEO do Great Place To Work.

Em um ponto, todos concordaram: criar uma cultura empresarial digna de prêmios não pode ser feito em uma tarde. “É preciso trabalhar muito, e continuamente”, diz Bush. 

Quando as empresas o questionam sobre como fazer parte da lista dos Melhores Ambientes de Trabalho, Bush responde que muitos não conseguirão fazê-lo rapidamente. “Leva tempo para fazer isso”, diz ele. Bush sugere que os líderes se concentrem em investir em seus funcionários – e os resultados para o negócio virão. 

Esta não é uma tática utilizada para recrutar novos funcionários, mas sim um dos fundamentos essenciais de longo prazo do negócio.” — Jim Kavanaugh, CEO, World Wide Technology. “Colocar as pessoas em primeiro lugar, leva a um alto nível de satisfação do cliente e consequentemente desempenho financeiro”, diz ele. “Acreditamos que um leva ao outro.”

Bem-estar e flexibilidade

Todos os líderes perceberam a importância de priorizar o bem-estar dos funcionários e a flexibilidade no trabalho. 

Na Synchrony, as dificuldades e lições durante a pandemia, despertaram um compromisso com a flexibilidade. “Não exigimos que os funcionários estejam no escritório”, diz Doubles. “Nós permitimos que eles escolham o que é melhor para eles e o que é melhor para suas equipes.” Na Synchrony, a confiança em seus funcionários é o principal compromisso da empresa. “Mesmo não estando no escritório, temos a certeza que eles entregam para nossos parceiros e clientes com a mesma performance, como se estivessem no escritório”, diz Doubles. 

A Synchrony foi recompensada por sua confiança nos funcionários. A oferta de trabalho flexível fez com que o número de candidatos interessados em trabalhar na empresa aumentasse em 30%, e a rotatividade foi reduzida a metade quando comparado a outras empresas no setor financeiro. E, Doubles admite que o compromisso com o trabalho flexível é um caminho mais difícil. “É preciso muita comunicação e coordenação”.

Colocar as pessoas em primeiro lugar, leva a um alto nível de satisfação do cliente e consequentemente desempenho financeiro.” — Michael C. Bush, CEO do Great Place To Work 

Mas, quando os funcionários têm o incentivo certo para comparecer ao escritório, a assiduidade não é um problema. Quando a Synchrony realiza uma reunião regional ou global em um de seus escritórios, os funcionários são convidados a comparecer pessoalmente. “Não exigimos isso deles, mas vemos uma grande participação”, diz Doubles. Ouça mais sobre no podcast “Better”.

Um novo tipo de liderança 

Para possibilitar um trabalho flexível, os participantes do painel concordaram que os líderes devem mudar. “Todos nós mudamos como líderes durante a pandemia e quando George Floyd foi assassinado. Se não tivéssemos tratado dessas coisas quando as pessoas na empresa estavam sofrendo, elas teriam ido embora”, diz Griffith. 

Um elemento-chave dessa nova liderança, é o aumento da vulnerabilidade e uma comunicação autêntica. Griffith diz que usa sua própria história como uma ferramenta para construir confiança e fortalecer o relacionamento com os funcionários, ao compartilhar que teve que se ausentar do trabalho, para participar de reuniões de pais e professores dos seus 6 filhos.  

Você cria essa cultura contando essas histórias”, diz Griffith. “É uma maneira mais divertida de liderar.” 

Você não pode mais dizer que se preocupa com seus funcionários se não estiver atuando pelo planeta.” — Michael C. Bush, CEO do Great Place To Work 

A confiança começa com o CEO, diz Kavanaugh. “Você tem que demonstrar que confia em seus funcionários – e isso não é fácil.” 

Embora sempre haja alguns funcionários que tentam burlar o sistema, Kavanaugh argumenta que os resultados justificam os esforços. 

Se você tratar seus funcionários corretamente, apoiá-los, contratar as pessoas certas e mantê-los engajados … você terá um time incrivelmente produtivo.” 

Mas os benefícios só aparecem quando os líderes ganham a confiança de seus funcionários.

Uma estratégia à prova de recessão

Para todos os participantes do painel, criar uma ótima cultura no ambiente de trabalho não foi uma resposta a um mercado de trabalho mais escasso; mas sim, reflete uma crença mais profunda no valor dos funcionários para o negócio. “Esta não é uma tática utilizada para recrutar novos funcionários, mas sim um dos fundamentos essenciais de longo prazo do negócio“, diz Kavanaugh.  

E os dados confirmam essa visão. A pesquisa do Great Place To Work mostra que as empresas que priorizam a experiência do funcionário, podem evitar a dor das crises econômicas. As empresas na lista das 100 Melhores Empresas Para Trabalhar 2023 (EUA) também venceram o mercado de ações por um fator de 3,36. “Sentimos que obtemos um retorno desse investimento”, diz Doubles. “Se os funcionários se sentirem apoiados e ouvidos, retribuirão mais.” 

Para Bush, é o compromisso para com os funcionários que permitirá às empresas enfrentar os imensos desafios da próxima década. “Toda empresa que conheço precisa aumentar sua produtividade”, afirma. “Toda empresa que conheço precisa aumentar seu desempenho… sua capacidade de inovação.” 

Bush também vê como mandatório para as empresas adotarem medidas para prevenir a mudança climática, já que um planeta em aquecimento ameaça a segurança e o bem-estar das pessoas em todo o mundo. “Você não pode mais dizer que se preocupa com seus funcionários se não estiver atuando pelo planeta”, diz ele. 

Os líderes precisarão de pessoas extraordinárias trabalhando para eles para resolver esses desafios. “Você precisa ter as melhores pessoas do mundo”, diz Bush.

Para os líderes, isso significa tornar a cultura do ambiente de trabalho sua prioridade número 1. 

Confira o vídeo completo!

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Ted Kitterman 

Ted Kitterman é Gerente de Conteúdo do Great Place To Work (EUA). Ted tem experiência em ambientes de trabalho, comunicação empresarial, relações públicas, comunicações internas, cultura organizacional, bem-estar dos funcionários, propósito da marca e muito mais. Seu trabalho traz brilho aos inigualáveis dados e ideias ​​oferecidos pelas décadas de pesquisa do Great Place To Work, ajudando a empresa a compartilhar sua visão de um Excelente Lugar Para Trabalhar para todos!

 

  

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