Por: Great Place To Work®

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29 outubro, 2021 • 10:43

A escuta ativa é uma importante habilidade no contexto corporativo. Um líder que tem essa competência é capaz de ouvir seus colaboradores e realizar mudanças necessárias, se for o caso. Confira 8 dicas para executar essa prática em sua empresa.

A escuta ativa é um dos pilares para desenvolver um ambiente de trabalho de excelência, com vínculos de confiança e camaradagem entre os colaboradores. No entanto, frequentemente os gestores têm dificuldades para tirar essa competência do papel.

É que, quando pensamos em escutar o colaborador e assimilar o que foi dito, não há uma única atitude ou comportamento decisivo. Você terá de adotar um conjunto de providências para que, nos momentos de diálogo, sua atenção e energia estejam no lugar certo.

Se quiser transformar esse conceito em prática, continue a leitura deste conteúdo. A seguir, explicamos como desenvolver a escuta ativa em 8 dicas. Vamos lá?!

1. Entenda o que é escuta ativa

A escuta ativa é a capacidade de dedicar atenção genuína àquilo que os outros falam, tomando providências para manter o foco, demonstrar interesse, compreender e interpretar o que é dito. Portanto, é uma forma de ouvir ligada à ação.

Para os gestores, essa habilidade é importante. Escutar é a principal ferramenta para esclarecer os cenários dentro dos quais precisamos decidir. Mesmo quando estamos orientados por números e estatísticas, haverá informações que explicam os dados e que precisam ser ouvidas.

A escuta ativa também valoriza as pessoas e melhora a experiência do colaborador. Se você dedica tempo e atenção a uma pessoa, provavelmente ela será considerada importante. Até porque, o tempo é um recurso cada vez mais escasso nas empresas.

Sem contar que compreender o que as pessoas dizem é determinante para um processo de comunicação eficaz e livre de ruídos. Negociações, gestão de conflitos, concessão de feedbacks, orientação sobre o trabalho e diversas outras rotinas são mais bem executadas a partir do momento em que escutamos ativamente.

2. Evite distrações

O primeiro passo para estar presente na comunicação é eliminar possíveis distrações e interrupções. Boas providências são as seguintes:

  • não fazer uso do computador ou celular;
  • silenciar as notificações;
  • bloquear o horário da reunião na agenda;
  • orientar os demais colaboradores para que só interrompam em emergências;
  • escolher um ambiente mais silencioso, sempre que possível.

Logicamente, o contexto dirá quais medidas podem ser adotadas, pois ouvir alguém em uma conversa de corredor é diferente de uma reunião, por exemplo. Contudo, tente priorizar a pessoa com quem você fala, mesmo que seja rapidamente.

3. Faça perguntas abertas

As perguntas são uma ferramenta importante para exercitar a escuta ativa. Afinal, para colocar uma questão pertinente, precisamos prestar atenção à fala, e as respostas ajudam a entender o que foi dito, não é mesmo?

Na comunicação interpessoal, as perguntas fechadas são utilizadas para encerrar um assunto ou mudar o tema de uma conversa. Já as perguntas abertas dão continuidade ao diálogo, pois a pessoa tem mais liberdade para prosseguir e expandir o discurso. Logo, esse segundo grupo de questões é mais indicado.

Para fazer perguntas abertas, formule as questões com os pronomes “como” ou “por que”. Por sua vez, iniciar com “qual”, “o que”, “quanto” e “quem” pode gerar uma pergunta fechada.

4. Escute as respostas com muita atenção

A escuta ativa exige que a atenção seja colocada nas respostas do outro. Para isso, evite pensar em assuntos paralelos ou, até mesmo, na própria argumentação enquanto a outra pessoa fala. Além disso, deixe de filtrar a conversa antes de ouvir e parta da premissa de que sempre é possível aprender com os demais.

5. Aguarde seu momento de falar

Um ponto que exige bastante esforço é esperar o momento de falar. É uma situação difícil por diversos motivos. A vontade de colocar a própria opinião, o receio de esquecer o que será dito e o fato do interlocutor não saber a hora de parar são alguns deles.

Em reuniões, é possível contornar essa situação anotando o que será apontado em uma folha de papel para não esquecer. Além disso, você pode esperar o fechamento de um raciocínio e fazer uma pergunta fechada, que levará a uma pausa natural.

O mais importante é não tornar a interrupção uma regra, usando esse recurso apenas se, realmente, a outra pessoa agir de modo a atrapalhar a comunicação.

6. Faça pausas sempre que possível

A tendência é que, conforme a conversa avance, tenhamos cada vez mais dificuldade para manter a atenção. Por isso, os intervalos — que já são considerados em técnicas de produtividade, como o pomodoro — são uma alternativa para lidar com reuniões e conversas longas no ambiente de trabalho.

7. Domine a comunicação não verbal

Lembre-se também de que a comunicação pode acontecer de forma não verbal. A linguagem corporal, por exemplo, pode evidenciar insegurança, agressividade, passividade, descontentamento, alegria e outros sentimentos e emoções.

8. Treine a mente

Outro cuidado é condicionar a mente para que você consiga dar a atenção devida à comunicação. Uma boa técnica para fazer isso pode ser encontrada em “A Regra dos 5 segundos”, da advogada e coach Mel Robbins.

A ideia é realizar uma contagem regressiva de 5 segundos e lançar-se para realizar a tarefa, que no caso será a comunicação. Essa técnica é baseada em como os hábitos funcionam.

Resumidamente, o estresse, o tédio e a ansiedade seriam gatilhos que levam a rotinas automatizadas de distração. Ao realizar a contagem regressiva, rompemos essa cadeia de eventos que causaria a dispersão durante a conversa, redirecionando o foco para dar atenção ao interlocutor.

Com essas dicas, você tem ferramentas para melhorar a qualidade da comunicação, usando a escuta ativa. Vale ressaltar, no entanto, que ela não deve ser uma prática de um único gestor, mas fazer parte do modo de ser da empresa.

Ouvir o colaborador é um dos elementos que sustentam os melhores ambientes de trabalho, gerando uma excelente experiência.

Por isso, na jornada de certificação, oferecemos diversas soluções para que as empresas consigam colocá-las em funcionamento e conquistem os indicadores necessários para obterem o selo Great Place to Work.

Resumidamente, as competências comportamentais — entre elas, a escuta ativa — são determinantes para que consigamos construir um excelente ambiente de trabalho. E, dentro da jornada de certificação, ouvir os colaboradores é uma prática cultural, não estando restrita a um departamento ou líder específico, mas envolvendo todos.

Para ter outros insights e enriquecer os seus conhecimentos de gestão de pessoas, acompanhe os conteúdos e publicações do GPTW!

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