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25 junho, 2020 • 9:59

Em sua 4ª edição, o ranking GPTW Mulher reconheceu 70 organizações que se destacam pelas práticas de RH voltadas para a promoção da equidade de gênero.

 

Johnson & Johnson, Accor e Grupo Boticário foram as primeiras colocadas na categoria grandes. Entre as empresas de médio porte, LEVVO, Bristol-Myers Squibb e Mastercard ficaram nas primeiras posições. Confira aqui o ranking completo.

Esta edição do ranking contou com 575 inscritas, que, para concorrer a uma posição do ranking, deveriam cumprir com alguns critérios como ter no mínimo: 100 colaboradores, 15% de mulheres no quadro geral e 15% nos cargos de gestão. Os demais critérios para configurar no ranking estão explicados em detalhes no estudo que você pode baixar aqui.

As premiadas possuem, em média, 40 anos de existência e 34 delas têm operações no exterior. Os setores da economia que mais concentram organizações que se destacam pelo ambiente de trabalho equânime em termos de gênero são: Serviços Financeiros e Seguros (15 empresas), Tecnologia da Informação (11), Serviços Profissionais (9) e Serviços de Saúde (9).

gráfico - setores das empresas - gptw mulher

Dados do Great Place to Work revelam que o retorno financeiro daqueles que investem na gestão de pessoas e do clima organizacional é significativo. No caso dessa edição do ranking, o faturamento do ano passado das Melhores Empresas para a Mulher Trabalhar apresentou crescimento de 5,5% em relação ao período anterior, contra o crescimento de 1,1% do PIB do Brasil em 2019.

Quando analisamos o perfil dos/as colaboradores/as que atuam nestas organizações, percebemos que 52% do quadro geral é composto por mulheres, enquanto estas representam 43% do headcount das empresas não-premiadas. A presença delas nas melhores também é maior comparativamente no recorte da liderança, conforme é possível observar no gráfico abaixo:

gráfico - presença da mulher - gptw mulher

Gap salarial e turnover

No Brasil, as mulheres recebem 20% a menos que os homens para os mesmos cargos e funções, segundo dados de 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já nas empresas premiadas, essa diferença de remuneração entre os grupos cai para 2%.

Outro dado que chama atenção diz respeito ao índice de rotatividade. Enquanto a média de turnover geral no Brasil é de 24%, de acordo com o relatório do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) de 2018, nas Melhores Empresas Para a Mulher Trabalhar essa taxa é de 10%. Aliás, sobre esse tema, vale destacar que a rotatividade voluntária representou, no período, cerca de 39% do total de demissões e que 38% das pessoas que compõem os quadros de funcionários das empresas premiadas foram admitidas no último ano.

No quadro geral das organizações presentes neste ranking, se destaca uma atividade, uma função específica relacionada às questões de gênero, étnico-racial, orientação sexual e outras. É que, em 87% das empresas premiadas, há um(a) profissional responsável por combater a discriminação e promover a diversidade no ambiente de trabalho.

Nossas vozes

O tema deste ano focou na escuta, uma das práticas fundamentais para transformar e construir um excelente lugar para trabalhar. Isso porque, para valorizar diferentes vozes e ter não só diversidade, mas inclusão de fato, é fundamental exercitar o ato de escutar.

Sabemos que a voz é um instrumento muito poderoso. Ela nos permite comunicar ideias, compartilhar pensamentos, experiências, opiniões. E a verdade é que todo mundo tem algo a dizer sobre alguma coisa, mas nem todo mundo encontra espaço para a sua voz. Porque não basta ter voz, ela precisa ser escutada e, mais do que isso, acolhida. Escutar e acolher vozes diferentes é o que, em momentos críticos como o que vivemos agora, pode nos ajudar a ter uma visão mais ampla de um cenário complexo e, assim, chegar a soluções diversas.

Para abordar esse tema, o GPTW contou com vozes poderosas: Daniela Diniz, diretora de Educação Corporativa do GPTW, Adriana Carvalho, gerente dos princípios de empoderamento das mulheres da ONU Mulheres, Lídia Abdalla, presidente executiva do Sabin, Grazi Mendes, Head of People da ThoughtWork, e Milena Machado, jornalista e apresentadora. No debate entre as melhores, tivemos a participação de Vanessa Lobato, vice-presidente de RH do Santander, Carla Catelan, diretora de Talent Acquisition e Inclusão da Cognizant, e Renata Gomide, diretora de Marketing do Grupo Boticário. Quem não pôde conferir a programação no dia, terá a chance de assistir o conteúdo completo no canal do GPTW no YouTube.

 

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1 comentário

  • Postado por: Roberta de Queiroz •

    Adorei as informações estabelecidas referente à mulher, prático, eficaz e informativo. Precisamos de mais opiniões de mulheres bem sucedidas em todas as áreas e diferentes de diversidade e etnias que possam mostrar ao mundo que as diferenças existem e vieram para inovar e reinventar.
    O futuro precisa mais disso, experiências novas e oportunidades.

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