Por: Great Place To Work®

Por: Great Place To Work®

30 abril, 2018 • 6:20

As práticas aplicadas em organizações espalhadas pelo Brasil são ótimas orientações de como melhorar a gestão da empresa. Pensando nisso, ações como o Benchmark ajuda a estimular novas estratégias de gestão.

Do cuidado de aproximar os gestores de grupos que comumente sofrem com o preconceito na sociedade à sacada de mudar a dinâmica de uma reunião periódica para engajar mais os participantes, as quatro empresas visitadas na última edição do evento GPTW Visitas de Benchmark compartilharam diversas práticas de gestão de pessoas que têm gerado bons frutos dentro das suas estruturas.

O objetivo, lógico, não é ditar um modelo ou vender uma fórmula mágica, mas inspirar. Afinal, uma boa gestão de pessoas é aquela alinhada à realidade de uma empresa e às necessidades dos seus funcionários.

Então, ainda que você não trabalhe em uma organização do mesmo setor ou porte da farmacêutica AstraZeneca, da empresa de tecnologia IBM, da multinacional Kimberly-Clark, conhecida por marcas como Neve e Intimus, e da rede de lojas de materiais de construção Leroy Merlin, confira como essas quatro organizações consideradas GREAT PLACE TO WORK estão inovando na área de RH. Quem sabe você não encontra justamente aquela solução que procurava faz tempo?

Como melhorar a gestão da empresa? 8 inspirações do Visitas de Benchmark

1. AskIT

Sabe aquele tradicional balcão de informação no meio dos shoppings? Agora, pense em um focado em sanar dúvidas específicas sobre tecnologia. Foi o que a AstraZeneza fez. Em um dos prédios instalados em Cotia, os funcionários contam com um “balcão” para soluções rápidas de TI. E o que é melhor: sem a necessidade de abrir um chamado.

2. BRGs

Quando o assunto é diversidade, a IBM se destaca, entre outros fatores, por ter uma área interna exclusivamente dedicada ao assunto. Além disso, existem grupos formados a partir de afinidades com foco em avaliar o impacto das ações de diversidade internamente e na comunidade, em discutir as questões relevantes para cada grupo e em identificar necessidades.

São funcionários que se voluntariam para compor os Business Resource Groups (BRGs), que hoje se dividem em sete pilares: adaptabilidade cultural, afrodescendentes, gerações, integração vida e trabalho, LGBT, mulheres e pessoas com deficiência.

3. Campus K-C

O aprendizado é mais dinâmico e amplo do que o tradicional esquema de um professor em uma sala de aula. Pensando nisso, a Kimberly-Clark decidiu reformular a troca de conhecimento internamente e criou o Campus K-C, uma iniciativa que visa tornar o ato de aprender mais dinâmica e mais próximo das pessoas.

A ideia é identificar dentro da própria empresa especialistas em temas variados – foram mapeadas 500 habilidades e nichos de conhecimento – e organizar sessões para promover essas trocas para que a expertise de um seja, a partir de agora, de todos.

4. Liderança 3.0

Do que adianta dispor de tecnologias de última geração se, quem está na ponta, não tem uma mentalidade alinhada à nova realidade? Essa foi a pergunta que motivou o RH da Leroy Merlin a criar uma ação focada em transformar os líderes 1.0 ou 2.0 – ou suas diferentes graduações – em 3.0.

Foram definidas as características de uma liderança com esse perfil, cuja orientação é para o compartilhamento do poder em vez da detenção do mesmo, e lançada uma campanha para ajudar o profissional nessa jornada rumo a uma nova mentalidade. Até 2019, todos os 500 líderes devem ter passado pelo processo, que também pretende atualizar a postura do não gestor.

5. Mentoria Reversa com foco em diversidade

Colocar os mais novos como “mentores” dos mais experientes não é novidade, mas aqui estamos falando de uma proposta diferente. A IBM criou um programa que reúne, uma vez por ano, funcionários homossexuais e gestores de áreas com o intuito de aumentar a empatia, deixando os executivos a par das dificuldades que o grupo enfrenta na carreira. Uma oportunidade de exercitar uma das práticas essenciais para criar um bom ambiente de trabalho: escutar.

6. No Dress Code

Esse é um verdadeiro exemplo do conceito giftwork, ou seja, uma ação com baixo investimento para quem faz, mas alto retorno para quem a recebe. No ano passado, a IBM lançou a campanha “No Dress Code”, reforçando que a única regra de vestimenta é o bom senso. Na verdade, o combo “terno e gravata” não é obrigatória na empresa desde 1996, mas em 2017, o RH decidiu ampliar a prática liberando bermuda, rasteirinha, enfim, qualquer peça. Para isso, o único “custo” foi a produção de um vídeo para reforçar a campanha. O ganho, por outro lado, foi imenso: a prática não só é muito elogiada pelos funcionários, como ajuda a valorizar uma das bandeiras levantadas internamente – a da valorização da diversidade.

7. Sem mesa cativa

Há quem diga que não passa de modismo, há quem garante que contribui para a inovação e para a horizontalização da estrutura hierárquica. Fato é que as quatro visitadas adotam o modelo open space. O diferencial, no entanto, é a aposta nos espaços abertos sem estação de trabalho fixa.

Na AstraZeneca e na Kimberly-Clark, por exemplo, os funcionários dispõem de armários no estilo “guarda volumes” para deixar os seus pertences – nada de porta-retratos ou de enfeitas nas mesas, afinal, tudo é compartilhado. A Leroy Merlin ainda está em fase de teste: o piloto acontece, hoje, no departamento de RH.

8. Reunião de calibragem

Foi praticando o escutar, que o RH da Leroy Merlin decidiu mudar a dinâmica da reunião de calibragem com os gerentes das lojas. A prática, até então, era vista como algo chato e extremamente longo. Agora, as apresentações extensas sobre cada time foram substituídas por pitches de cinco minutos; os feedbacks se tornaram mais visuais com o uso de post-its; e a estrutura antiquada deu lugar para a tão comentada metodologia agile. A transformação deu tão certo que, depois de consolidada em todas as unidades no Brasil, será exportada para outros endereços da multinacional.

Para conhecer um pouco mais do Visitas, assista o vídeo abaixo.

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