Por: Cauê Oliveira

Diretor da Youleader Brasil - Empresa parceira do GPTW

Por: Cauê Oliveira

Diretor da Youleader Brasil - Empresa parceira do GPTW

28 junho, 2022 • 10:30

Em junho de 1969, aconteceu a famosa Rebelião de Stonewall. Ocorrido em Nova York, o movimento foi marcado por manifestações da comunidade LBGTQIA+ contra a invasão policial do bar Stonewall Inn. Mais de 50 anos depois, a data continua sendo importante, pois deu início à luta por direitos relacionados à diversidade sexual e de gênero. Por isso, a cada 28 de junho comemora-se o Dia do Orgulho ou Pride Day.

Devido à relevância desse tema, muitas empresas usam a data para realizar campanhas e ações focadas no público LGBTQIA+. Porém, é preciso ir além e pensar na inclusão diária para ter resultados efetivos — em vez de focar em iniciativas apenas pontuais.

Por isso, este artigo apresenta boas práticas e medidas necessárias para incorporar a diversidade e a inclusão LGBTQIA+ no dia a dia da empresa — e muito além do mês do Orgulho.

Confira!

O que a liderança pode fazer para incluir, de verdade, o público LGBTQIA+?

Diante da importância do Mês do Orgulho, é interessante adotar práticas voltadas para a inclusão LGBTQIA+. No entanto, o ideal é que as ações não sejam pontuais e não se limitem ao mês de junho.

Em vez disso, é essencial focar em práticas perenes, mensuradas e acompanhadas ao longo do tempo. Assim, é possível garantir o efetivo alinhamento entre as práticas e a empresa, gerando benefícios para toda a equipe.

Além disso, é essencial considerar que não basta contratar profissionais LGBTQIA+, pois é necessário pensar no acolhimento dessas pessoas e no efetivo desenvolvimento delas na organização.

Nesse sentido, a liderança pode ajudar a implementar práticas relevantes e que podem ser fortalecidas ao longo de todo o ano. Confira algumas possibilidades:

  1. Extensão da licença maternidade e da licença paternidade a casais homoafetivos;
  2. Oferta de outros benefícios destinados a casais heterossexuais para casais homoafetivos;
  3. Desenvolvimento de lideranças com foco em diversidade;
  4. Criação de grupos e comitês voltados para o trabalho com a diversidade;
  5. Apoio e parceria com ONGs relacionadas ao público LGBTQIA+;
  6. Apoio médico e psicológico para profissionais trans;
  7. Criação de banheiros neutros;
  8. Utilização de linguagem neutra de gênero, entre outras iniciativas.

Como as lideranças podem contribuir para a implementação dessas práticas?

Além de definir as práticas de inclusão LGBTQIA+ para o mês do Orgulho, é fundamental que a liderança aja de modo a apoiar e implementar essas ações.

Assim, é possível garantir que o ambiente da empresa seja efetivamente mais diverso e capaz de apoiar profissionais com diferentes características e desafios.

Na sequência, descubra como as lideranças podem contribuir nesse sentido!

Busca de apoio das altas lideranças

Um dos papéis mais importantes de quem ocupa a posição de líder envolve o acesso à alta liderança, como os profissionais C-level e os integrantes da diretoria. No caso das práticas de inclusão LGBTQIA+, o objetivo é ter o apoio de quem ocupa cargos mais altos para efetivamente conseguir uma implementação estruturada de boas práticas.

A liderança, portanto, tem a função de sensibilizar e buscar o apoio de quem ocupa o cargo mais elevado. Assim, é possível estruturar profundamente as mudanças, bem como dispor dos recursos necessários, como o orçamento para iniciativas específicas.

Documentação da estratégia

Uma vez que a liderança consiga o apoio dos profissionais que ocupam posições mais elevadas, é essencial desenvolver uma política completa voltada para a inclusão de profissionais LGBTQIA+. Porém, mais que definir as ações a serem tomadas, é necessário documentar todas as informações.

Esse processo é importante para garantir a continuidade das medidas de inclusão, mantendo a proposta alinhada com os valores da empresa, com as necessidades mapeadas e com a estratégia definida.

Além disso, a documentação é fundamental para definir claramente as medidas e expectativas. Assim, todos podem ficar cientes com mais facilidade a respeito do que deve ser implementado.

Comunicação das boas práticas

Depois que as medidas a serem adotadas estiverem documentadas, é essencial atuar na comunicação dessas boas práticas definidas. A intenção, portanto, é garantir que todos os profissionais e setores entendam questões como:

  • medidas de inclusão a serem adotadas;
  • importância dessas medidas;
  • formas de mensuração das iniciativas e mais.

Assim, a liderança precisa garantir que as informações cheguem às pessoas de maneira consistente e alinhada, o que ajuda a aumentar as chances de sucesso em relação à implementação das boas práticas.

Apoio a grupos de diversidade

Outra função essencial da liderança para a inclusão LGBTQIA+ envolve o apoio aos grupos de diversidade. Embora uma das práticas envolva, justamente, o fomento a esses conjuntos, a liderança precisa estar preparada para apoiá-los para além da composição de times desse tipo.

É preciso, por exemplo, favorecer a comunicação entre os grupos de diversidade e a alta liderança. Assim, é possível implementar medidas com mais efetividade, em busca de resultados sólidos.

Ainda, é necessário considerar etapas relevantes, como a captação de feedback dos times de trabalho e a implementação de ações propostas pelos grupos. Assim, a inclusão pode ocorrer de maneira mais efetiva.

Realização de treinamentos

Para fortalecer as boas práticas e garantir que elas sejam executadas, é interessante realizar treinamentos focados na estratégia documentada. Por isso, a liderança deve ter atenção com o mapeamento de necessidades e a adoção geral de treinamentos para incluir todos os times.

É importante garantir que outras pessoas líderes e os demais profissionais se envolvam com os treinamentos e com as boas práticas definidas. Assim, é possível garantir que a implementação das estratégias seja efetiva, apoiando a diversidade LGBTQIA+.

Manutenção da cultura

Ao adotar boas práticas voltadas para a diversidade, a liderança também deve ter atenção com a manutenção da cultura nesse sentido. Ou seja, não basta colocar em prática ações isoladas se as medidas não fizerem realmente parte do cotidiano do negócio.

Nesse sentido, é importante manter os valores alinhados e garantir que todos compreendam a necessidade de fortalecer essas iniciativas. Assim, é possível construir um ambiente que seja realmente diverso e focado na integração de todos.

Como você acompanhou, a inclusão LGBTQIA+ deve fazer parte da realidade da empresa muito além do mês do Orgulho. Para isso, é preciso rever as práticas e garantir que as lideranças ajudem a conduzir e implementar estratégias inclusivas. Desse modo, sua empresa pode se tornar, para todas as pessoas, um excelente local para trabalhar.

Quer garantir um ambiente de trabalho cada vez mais plural e diverso e precisa de ajuda para transformar isso em realidade? Confira nosso workshop de Diversidade & Inclusão e saiba como podemos ajudar!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Conteúdos Relacionados

Assine a newsletter do GPTW

e fique por dentro das nossas novidades

Inscreva-se