Inovar é um caminho de transformação para as empresas. Conhecer as tecnologias do futuro ajuda a elaborar estratégias e ações que promovam a inovação.
Atualmente, as lideranças associaram a ideia de inovar ao uso da inteligência artificial. Em 2023, o crescimento do ChatGPT é um exemplo do uso da IA na rotina de trabalho.
Entretanto, existem diferentes ferramentas e tecnologias que promovem a inovação nos setores. Além disso, existem algumas barreiras que impedem que o pensamento de inovação tome conta de toda a empresa.
As 6 tecnologias do futuro com tendência de crescimento
Segundo o relatório realizado pela Manpower e divulgado pelo Fórum Econômico Mundial, embora a IA permaneça como o centro das atenções, existem outras mudanças tecnológicas que estão transformando a maneira de como trabalhamos.
Muitas dessas tecnologias já estão bem presentes nas rotinas das empresas, mas o relatório aponta que haverá crescimento no investimento. Ou seja, as empresas apostam na expansão dessas tecnologias para garantir fortalecimento e inovação.
1. Inteligência Artificial Generativa
Inteligência Artificial Generativa (IA generativa) é um tipo de inteligência capaz de criar e elaborar novos conteúdos e ideias, incluindo conversas, vídeos, músicas, histórias e imagens.
Treinada a partir da linguagem humana, esse tipo de inteligência artificial pode se desenvolver em diferentes estruturas, como linguagens de programação, arte, química, biologia, história e qualquer outro tópico. O ChatGPT é um exemplo de inteligência artificial generativa.
Segundo dados da PitchBook, em 2022, investidores injetaram US$ 1,37 milhões para o desenvolvimento e expansão da IA generativa em cerca de 78 modalidades de negócios diferentes.
2. Internet Das Coisas (IoT)
Internet Das Coisas (IoT) começou a se popularizar em 1991. Trata-se da capacidade de conexão dos objetos, ou seja, uma revolução tecnológica que conecta eletrodomésticos, meios de transportes, tênis, roupas e até maçanetas a uma rede mundial de computadores.
Alguns aparelhos estão no uso diário, como smartwatches, smart homes, carros inteligentes, sensores industriais, automação no varejo, smart cities e até drones.
Essas ferramentas são todas conectadas e desenvolvidas por meio da Internet Das Coisas.
Há uma previsão que 30 bilhões de dispositivos estarão conectados até 2030, impulsionando assim demandas por projetos arquitetônicos e de engenharia que considerem a IoT.
Com essa expansão, o mercado de TI, segundo a Manpower, tem um potencial de investimento de até 58 milhões de dólares até 2025 em serviços relacionados a IoT.
3. Avanços em Software
Software é uma sequência escrita e interpretada por um computador a fim de executar uma tarefa específica. Podem ser definidos, também, como programas, dados ou instruções de comando para o funcionamento de dispositivos eletrônicos.
Uma pesquisa da Gartner, empresa especializada no setor, indica que em 2024, 80% dos produtos e serviços tecnológicos serão construídos por pessoas e não por profissionais de tecnologia.
Isso significa que o desenvolvimento de software está acelerado, principalmente aqueles que têm baixa complexidade — sem ou com código baixo.
Por outro lado, a Gartner aponta que esse cenário indica uma demanda por profissionais de TI com experiência, capazes de desenvolverem programas complexos e que não tragam prejuízos para as empresas.
4. Computação em nuvem
Computação em nuvem torna mais fácil o acesso a recursos de computação sob demanda, eliminando a necessidade das empresas de terem, configurar ou gerenciar toda a infraestrutura.
Ela oferece serviços de computação e armazenamento, tornando mais fácil para as empresas aplicarem, desenvolverem e implementarem ações criativas e softwares.
Existe uma previsão da Manpower de que 50% das operações de computação serão baseadas em nuvem até 2025. Quem puxa esse crescimento são grandes players como Amazon, Microsoft e Google, que oferecem serviços nesta modalidade.
5. Cibersegurança
Cibersegurança é a prática de proteger ativos de informações — como sistemas, computadores, servidores — de ataques maliciosos e ameaças cibernéticas.
Com a regulamentação promovida pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), as empresas tornam-se mais atenciosas e cuidadosas com as informações que circulam em sua rede.
O relatório divulgado no Fórum Econômico Mundial aponta que 75% das empresas aumentaram seus investimentos em tecnologia para proteção de dados.
6. Automação e robótica
Processos repetitivos estão mais sujeitos a erros humanos. Isso provoca prejuízos, principalmente em setores que englobam atividades ligadas aos recursos financeiros da empresa.
Imagine o dano que um erro de digitação pode causar em uma planilha de pagamentos. Ou até mesmo na solicitação de novos materiais.
A automação, portanto, tornou-se fundamental para a transformação digital. Ela agiliza os processos, diminui os erros humanos e deixa as pessoas focadas em ações estratégicas para a empresa.
Até o ano de 2025, a automação promete gerar uma economia de 55 milhões de dólares anuais.
Robótica é parte desse processo de automação, pois os robôs muitas vezes são utilizados para automatizar atividades nas empresas.
E o crescimento do setor é absurdo. Segundo o relatório, o setor global de robótica deve chegar a um investimento total de 260 bilhões de dólares até 2030.
O índice da velocidade de inovação da empresa
O Índice de Velocidade da Inovação (IVR) é a métrica que mede o nível crucial da velocidade e agilidade organizacional, quantificando a capacidade da força de trabalho de se adaptar e inovar.
Ou seja, esse índice permite mensurar a capacidade das empresas de serem inovadoras.
O IVR foi desenvolvido pela Great Place To Work™, constatando as melhores empresas para trabalhar o desempenho nesse quesito.
Quanto maior o resultado, mais forte é a capacidade da organização em adaptação e inovação. Sendo que as organizações são classificadas em três tipos: Acelerado, Funcional e Atrito.
Por exemplo, uma empresa em estágio “Acelerado” gera ideias de alta qualidade e tem alta velocidade para implantação. Isso eleva o crescimento da receita em 5,5 vezes, se comparado com empresas de tipos de IVR inferiores.
Além disso, empresas com IVR Acelerado tem pessoas colaboradoras 4 vezes mais propensas a se sentirem orgulhosas do seu trabalho.
Liderança como empecilho para inovação
Inovar só é possível quando acontece um ambiente seguro e de confiança. Pessoas que temem serem demitidas ou responsabilizadas por cometerem erros, ficam apreensivas em propor novas fórmulas, estratégias e processos.
O medo de tentar, muitas vezes, é uma barreira que impede o crescimento. E, por isso, é fundamental que as lideranças desenvolvam nas pessoas trabalhadoras a confiança de arriscarem.
Segundo o Relatório de Tendências de Gestão de Pessoas, desenvolvido pela parceria Great Place To Work e Great People, a “mentalidade da liderança” é o principal empecilho para a inovação nas empresas.
Desde 2020, quando começou a série histórica deste relatório, a “mentalidade da liderança” foi indicada, pela maioria das pessoas, como a principal barreira para inovar.
Esse dado nos mostra como a liderança precisa superar o seu medo de arriscar, criando um ambiente seguro e saudável para que as pessoas busquem a inovação.
Ouvir as pessoas colaboradoras e dar espaço para novos processos são duas das principais maneiras de garantir que o IVR da empresa aumente, dando espaço para o crescimento de receita.
As tecnologias do futuro só podem ser aplicadas em um ambiente no qual a confiança é a principal qualidade. Elas podem transformar o trabalho, mas não conseguem se desenvolver se a mentalidade das pessoas e liderança não estiverem abertas.
Aproveite a sua visita e confira as principais dicas para uma liderança de excelência e inovação na empresa.