Por: Great Place To Work®

Por: Great Place To Work®

26 setembro, 2024 • 9:25

O avanço do mercado, fez com que os modelos de trabalho evoluíssem. Atualmente, as pessoas não precisam deslocar-se para funções 100% presenciais, há opções híbridas e remotas. Assim como há um debate e pesquisas sobre os benefícios da jornada de 4 dias.

A transformação digital foi impulsionada em 2020, infelizmente com um cenário crítico do Coronavírus (Covid-19). Com a medida de proteção a partir do isolamento social, os trabalhos não essenciais avançaram com ferramentas e recursos que permitissem o home office 100%.

Neste período, muitas empresas “aposentaram” suas sedes, com a intenção de economizar. A alternativa foi investir em tecnologia para permitir o trabalho 100% remoto.

O que é Modelo de Trabalho?

Modelo de trabalho é a forma de organização do capital humano dentro da empresa. Ou seja, é a divisão de carga horária, hierarquias, setores e cargos de todos os funcionários dentro da empresa.

A jornada de trabalho, por outro lado, é uma composição do modelo de trabalho. Na jornada, é dividida a quantidade que a pessoa disponibiliza para sua função na organização.

Segundo a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), as horas de trabalho em relação ao tempo são:

  • 8 horas diárias e 44 horas semanais;
  • 12 horas de trabalho por 36 horas de descanso.

Essas jornadas dependerá da função e da profissão, compondo o modelo de trabalho que, atualmente, pode ser:

  • presencial;
  • remoto;
  • híbrido.

Os modelos de trabalho mais comuns

As organizações estão cada vez mais avançadas, desenvolvendo modalidades diferentes para que a jornada de trabalho seja desenvolvida.

Os avanços tecnológicos e sociais são fundamentais para a transformação do trabalho. Os impactos da Revolução Industrial — e suas ondas — modificaram a relação das pessoas com o trabalho (e com as empresas, consequentemente).

Entre os modelos de trabalho mais frequentes estão: o home office, o trabalho híbrido e o presencial. Cada um deles traz efeitos diferentes na experiência do colaborador.

Home Office

O home office é um modelo de trabalho no qual o funcionário desempenha sua função dentro da própria residência — ou de um espaço coworking. 

Neste modelo, as funções precisam de acesso a um computador — ou tablet — e à internet para poder ser desempenhado. As ferramentas de trabalho são plataformas onlines, que auxiliam todo o processo.

O home office estabelece uma relação de confiança entre empresa e funcionário, garantindo que as funções serão feitas sem a supervisão presencial.

Em muitos casos, o home office é associado à jornada flexível. Neste caso, é a própria pessoa funcionária quem estabelece o seu calendário de atividades, proporcionando equilíbrio entre a vida profissional e pessoal.

Híbrido

O modelo de trabalho híbrido associa os benefícios do trabalho home office e trabalho presencial. Neste modelo, os funcionários desempenham sua função em casa e, em alguns dias da semana, deslocam para um local específico — sede da empresa ou coworking.

Como aponta o Relatório de Tendências de Gestão de Pessoas 2024, as empresas estão dando menos liberdade de escolha para as pessoas funcionárias. A gestão e liderança que decidem os dias necessários para o deslocamento.

O modelo híbrido é uma opção adequada para as empresas que desejam garantir a flexibilidade remota, mas também querem garantir a proximidade do presencial.

Presencial

O modelo de trabalho presencial é, dentre todos, o mais tradicional. Em algumas funções e setores, ele é a única alternativa, visto que a presença do funcionário na empresa é essencial para desempenhar suas funções.

Este é um modelo mais rígido, se comparado aos dois anteriores. Nele, é necessário que as pessoas se desloquem até a sede da empresa todos os dias, além de permanecer toda a sua jornada de trabalho neste espaço.

Por conta desta rigidez, é difícil implementar a flexibilidade de horário.

O impacto do Covid-19 no modelo de trabalho

Difícil falarmos sobre modelo de trabalho sem mencionarmos o impacto promovido pela crise promovida pelo Covid-19.

No dia 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou que o mundo encontrava-se em estado de pandemia. O coronavírus (Covid-19) já estava presente em todos os continentes, alterando a rotina das pessoas em todo o Globo Terrestre.

Este foi um dos períodos mais desafiadores para a sociedade, enfrentado diariamente com medidas de proteção como o isolamento social. Todos precisamos adaptar a nossa vida àquela realidade.

No mercado de trabalho, a corrida para a transformação digital foi intensificada. De repente, era necessário transformar todo o processo para permitir segurança para os funcionários, possibilitando o trabalho remoto.

Naquele “novo normal”, muitos especialistas apontavam para uma verdadeira transformação do trabalho. A modalidade “remota” parecia ser uma evolução, um formato que dificilmente recuaria, mesmo com o fim da pandemia e suas medidas de segurança.

No dia 5 de maio de 2023, após três anos, a OMS declarou o fim da Emergência Pública. Isso só foi possível graças ao avanço da medicina e o desenvolvimento de vacinas que prevenissem quadros críticos dos sintomas do Covid-19.

O avanço e recuo da doença trouxe modificações profundas para o modelo de trabalho da maioria das empresas. Se antes o trabalho era 100% presencial, durante a pandemia muitas organizações tornaram-se 100% remoto e, mais recentemente, começaram a promover o modelo híbrido.

Ou seja, os deslocamentos que eram comuns tornaram-se escassos e agora voltam a ser optativos. Isso fez com que processos seletivos ampliassem, empresas contratassem talentos espalhados por todo o país — e o mundo.

Qual é o modelo de trabalho mais adotado no Brasil em 2024?

O modelo 100% presencial tornou-se o mais adotado em território nacional em 2024, isso é o que afirma um estudo exclusivo realizado pelo Great Place To Work, corroborando os dados apontados pelo Relatório de Tendências de Gestão de Pessoas 2024.

O Great Place To Work consultou 1.390 pessoas, durante os meses de junho e julho de 2024, para desenvolver a pesquisa: “Modelos de Trabalho: Panorama comparativo entre certificadas GPTW e o mercado”. Por meio das respostas foi possível traçar uma análise comparativa entre a realidade dos modelos de trabalho nas empresas nacionais.

Por meio desta análise pudemos detectar que o modelo 100% presencial tornou-se uma realidade, em 2024, para a maioria das empresas brasileiras (48%). Isso contraria a perspectiva de alguns especialistas de mercado que afirmavam no período da pandemia, que o trabalho remoto era uma realidade sem retorno.

A redução do trabalho 100% remoto, que atualmente está em apenas 10% das empresas, indica que apesar da transformação digital, a presença física da pessoa funcionária tornou-se uma necessidade para as gestões brasileiras.

Ao fazermos o recorte comparativo entre as organizações, considerando a Certificação do Great Place To Work, podemos dizer que empresas GPTW resistem mais ao retorno 100% presencial. Nelas, o modelo presencial aparece em 47% das respondentes; já nas não Certificadas, esse modelo representa mais da metade (51%).

O Estudo “Modelos de Trabalho: Panorama comparativo entre as Certificadas GPTW e o mercado”

O Estudo “Modelos de Trabalho: Panorama comparativo entre as Certificadas GPTW e o mercado” foi realizado pelo Great Place To Work por meio de uma pesquisa on-line, que contou com a participação de 1.390 pessoas.

Consultando funcionários de empresas Certificadas e não Certificadas pelo GPTW, esta pesquisa criou um comparativo entre os padrões do modelo de trabalho vigente atualmente. A participação era voluntária, disponível por meio de acesso online. Dentre as pessoas participantes:

  • 929 (67%) estão trabalhando em empresas Certificadas pelo GPTW;
  • 461 (33%) estão em empresas não Certificadas.

Para estabelecer uma análise profunda e comparativa, o estudo foi desenvolvido por meio de 15 questões — sendo 13 fechadas e duas dissertativas. As interrogações abordaram o modelo de trabalho atual na organização, se houve alteração desde a pandemia do Covid-19, entre outras temáticas.

Para este estudo, consideramos o número de funcionários para definir o porte da organização. Com isso, pudemos fazer a análise comparativa do Modelo de Trabalho considerando o tamanho da empresa. Neste cenário, fizemos a seguinte divisão:

  • Micro empresas: 10 a 100 funcionários;
  • Pequenas Empresas: 101 a 500 funcionários;
  • Quase Médias Empresas: 501 a 999 funcionários;
  • Médias Empresas: 1.000 a 2.999 funcionários;
  • Grandes empresas: 3.000 a 9.999 funcionários;
  • Super Grandes Empresas: 10.000 ou mais funcionários.

Os modelos de trabalho conforme o porte da organização

Outra análise apresentada pelo “Relatório de Modelos de Trabalho: Panorama comparativo entre as Certificadas GPTW e o mercado” é o recorte por portes.

Ao considerarmos os modelos de trabalho adotados em 2024, considerando o tamanho da empresa, percebemos que o híbrido é mais frequente nas Pequenas Empresas (101 a 500) e nas Super Grandes (10.000 ou mais funcionários); sendo 49% nas primeiras e 55% nas últimas.

Outro aspecto que podemos perceber neste gráfico, é que o modelo 100% presencial compreende a metade (ou mais) das organizações dos outros portes. Sendo que nas organizações com 1.000 a 2.999 funcionários (Médias), ele chega ao seu ponto máximo com 58%.

O impacto do fim da pandemia no modelo de trabalho das empresas brasileiras

Com o fim da pandemia, a maioria das organizações brasileiras alteraram o seu modelo de trabalho. Dentre as alterações, 70% das empresas deixaram de atuar no modelo 100% remoto, optando preferencialmente pelo híbrido (57,2%).

Essa foi a principal alteração para empresas Certificadas pelo GPTW e também para as não Certificadas. As organizações que receberam o Selo GPTW tendem a adotar o modelo híbrido com mais frequência, enquanto as outras têm um equilíbrio maior entre a mudança para o híbrido ou para o presencial.

Se pensarmos no recorte por portes, pudemos analisar que as Pequenas Empresas (101 a 500 funcionários) foram as que mais alteraram o modelo de trabalho do 100% remoto para o híbrido, 48%.

Se atualmente as organizações brasileiras adotam, em sua maioria, o modelo 100% presencial, isso é reflexo da mudança de comportamento do mercado de trabalho. Compreender em detalhes os diferentes modelos de trabalho é fundamental para oferecer mais satisfação para os colaboradores.

Aqui apresentamos apenas alguns detalhes dos dados coletados neste Estudo realizado exclusivamente pelo Great Place To Work, aproveite para conferir a íntegra do Relatório “Modelos de Trabalho: Panorama comparativo entre as Certificadas GPTW e o mercado”.

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