Por: Bruno Arins

redator do GPTW

Por: Bruno Arins

redator do GPTW

29 junho, 2020 • 7:08

Cuidar da reputação corporativa durante uma crise em que muitas empresas estão sofrendo baixas pode parecer um desafio impossível, mas algumas delas estão mostrando que não. Mesmo em meio à turbulência é possível não só fazer uma boa gestão de pessoas – lembrem-se: pessoas sempre em primeiro lugar – e dos negócios, bem como uma gestão estratégica visando o reforço da marca. Aliás, várias organizações que estão nos rankings do Great Place To Work têm feito um excelente trabalho nesse sentido.

Boticário, Mercado Livre, Magazine Luiza e Natura, por exemplo, são algumas empresas com o selo de excelente lugar para trabalhar que constam no levantamento recente da HSR Specialist Researchers, empresa de pesquisa de mercado. No final de março, ela lançou um ranking das marcas transformadoras, listando aquelas que estão conseguindo se mostrar relevantes para o consumidor mesmo em meio a pandemia. O indicador utilizado para avaliar e classificar o comportamento das marcas durante a crise leva em consideração três aspectos: lembrança espontânea da marca em ações voltadas para o combate à pandemia, o potencial de comunicação considerando o número de seguidores nas redes sociais e a associação da marca aos seis atributos essenciais para construção de imagem de marca transformadora. Sobre este último item, vale destacar um aspecto interessante. Dentre os seis atributos utilizados para analisar a relevância de uma marca, três deles dizem respeito os colaboradores: investir na segurança de seus funcionários, inovar em momentos de crise e ser justa e ética.

No vídeo abaixo, você confere a Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho do Magazine Luiza e presidente do Grupo Mulheres do Brasil, compartilhando a experiência do Magazine Luiza como marca de consumo e marca empregadora durante a crise. Spoiler: a empresa, assim como o GPTW, se baseia nos pilares de cuidado com as pessoas, incentivo aos negócios e estímulo à cidadania.

Pessoas e negócios

Não é de hoje que o Great Place To Work aponta a ligação entre bons resultados nos negócios e boa gestão de pessoas. Investir nas pessoas é fundamental para a sustentabilidade de uma empresa no momento de crise ou no de bonança. Quando a empresa confia e cuida dos seus colaboradores isso traz grande impacto na inovação, por exemplo. De acordo com o estudo do ranking do Great Place to Work de 2019, foram enviadas 2.623 sugestões por organização dentre As 150 Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil e, destas, implementadas 2.077 por empresa — ou seja, 79% das sugestões enviadas foram colocadas em prática. Após tiradas do papel, as ideias renderam um ganho médio de R$ 201 milhões no total.

Para além do impacto na capacidade de inovar de uma empresa, a boa gestão de pessoas mostra que o cuidado com os colaboradores neste momento reforça a imagem da marca junto aos consumidores. Segundo o Linkedin, existe uma forte correlação entre a marca empregadora e a marca de consumo de uma empresa: quando a primeira é bem trabalhada, a segunda tende a ser mais bem reconhecida por potenciais clientes.

Marcas solidárias chamam a atenção dos consumidores

Outra pesquisa recente, desta vez da consultoria Demanda, revelou as marcas mais lembradas pelos consumidores em termos de solidariedade em meio à pandemia. O estudo ouviu 1.045 pessoas de todo o brasil no final do mês de abril. Todas as três empresas que lideram o ranking já estiveram em algum ranking do Great Place To Work, mostrando mais uma vez que a ligação direta entre marca de consumo e Employer Branding.

Aqui no Great Place to Work, aliás, nós identificamos que o índice de confiança das melhores empresas para trabalhar costuma ser acompanhado pelo feedback positivo dos consumidores dessas organizações. Assim, quanto maior a confiança dos funcionários, maior o nível de satisfação do público externo.

Dicas para manter a boa reputação corporativa durante a crise

Para reduzir o impacto da Covid-19, separamos algumas dicas simples que podem ser colocadas em prática tanto por pequenas quanto por grandes organizações.

1. Seja transparente sobre as decisões tomadas pela empresa

O medo e a insegurança sobre o futuro do negócio e a permanência no emprego podem afetar a qualidade de vida dos seus colaboradores. Isso pode piorar quando a liderança resolve os problemas a portas fechadas e sem diálogo. Se a sua empresa não costuma se comunicar abertamente com os funcionários, esse é um momento oportuno para melhorar essa relação.

2. Se precisar demitir, ofereça apoio aos ex-colaboradores

Nós compreendemos que nem todas as organizações poderão manter seu quadro de funcionários intacto. Caso os desligamentos sejam inevitáveis, além de ser transparentes sobre os motivos e critérios para isso, procure oferecer algum tipo de suporte aos ex-colaboradores. Algumas empresas, por exemplo, estão indicando os profissionais para o mercado.

3. Conecte-se genuinamente clientes e colaboradores

De acordo com a Kantar Insights, durante o período da pandemia, 67% das pessoas esperam que as marcas ajudem o público e 75% repudiam que elas façam autopromoção. Karina Collenghi, especialista da consultoria, sugere que as empresas procurem amparar funcionários e consumidores de forma sincera. “Nós percebemos quando alguém está tentando se autopromover”, comenta.

Se você quer compartilhar o que a sua empresa está fazendo neste momento para contornar a crise, passe no nosso site Bom Para As Pessoas e Para os Negócios. Lá, é possível não só divulgar as boas práticas corporativas, como conferir a de outras organizações e aprender de forma colaborativa! Outra maneira de ampliar o conhecimento é conferindo os benchmarks dos rankings do Great Place To Work.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Conteúdos Relacionados

Assine a newsletter do GPTW

e fique por dentro das nossas novidades

Inscreva-se