O Design Thinking no RH permite identificar problemas e melhorar a experiência dos colaboradores. Logo, é uma excelente ferramenta para os gestores de pessoas.
Em busca de metodologias que agreguem valor para os colaboradores, podemos usar o Design Thinking no RH e obter resultados significativos. Essa ferramenta traz um roteiro para resolver problemas, exercitando a criatividade, colaboração e experimentação. Logo, facilita a inovação para promover uma excelente employee experience.
As empresas que enfrentam dificuldades com turnover, absenteísmo, clima organizacional e produtividade podem se beneficiar bastante com o uso da metodologia. Afinal, haverá um passo a passo para ir da identificação do problema até a implementação de medidas corretivas, usando o feedback para melhorar continuamente as soluções.
Por isso, vale a pena conhecer o Design Thinking e adotar essa metodologia junto a sua equipe de RH. Ao fazer isso, vocês terão os instrumentos para promover mudanças importantes e causar um grande impacto nos resultados organizacionais. Confira!
O que é Design Thinking?
O Design Thinking é fruto de um processo de síntese. O modo de pensar dos designers ao mapear processos, problemas e possíveis soluções é aplicado a contextos diferentes da sua concepção inicial. Assim, cria-se uma ferramenta flexível, que pode ser utilizada para criar produtos, planejar serviços, melhorar atividades, etc.
No meio corporativo, essa metodologia já tem um grande reconhecimento como um processo criativo. Até porque, ela destaca a humanização das atividades: as pessoas são valorizadas por sua empatia, criatividade, ideias, participação, experiências e afins, em vez de realizarem trabalhos repetitivos e padronizados. Aliás, a diversidade é uma característica que só favorece o potencial de inovação da ferramenta.
Os profissionais também desenvolvem a autonomia por meio de atividades descentralizadas. No Design Thinking, os envolvidos devem não apenas ter a responsabilidade, mas os poderes para participar ativamente das discussões, experimentar soluções e tocar projetos. Assim, a metodologia ajuda os profissionais de RH a redescobrirem seu papel na empresa.
Quais são as etapas principais da metodologia?
Para ter uma visão macro do Design Thinking no RH, é importante conhecer as etapas de aplicação dessa metodologia. Em cada fase, são realizadas inúmeras atividades, e outras ferramentas podem ser combinadas. Veja o passo a passo!
Imersão
A imersão é a etapa de descoberta, conhecimento e delimitação do problema. Ao usar o Design Thinking no RH, é o momento de escutar o colaborador, explorar o benchmarking, aplicar avaliações de desempenho, usar pesquisas de clima organizacional e outras ferramentas para compreender a situação e mapear as questões-chave a serem abordadas ao longo do processo.
Ideação
A seguir, os envolvidos no processo levantam as possíveis soluções em reuniões de equipe, brainstorming, mapas mentais, etc. Essa fase funciona como um funil, em que várias opções são geradas no topo para serem gradativamente restringidas até sobrarem as com maior potencial e viabilidade.
Prototipagem
As propostas com maior potencial e viabilidade são desenhadas em versões simples, com o objetivo de testar a proposta de valor.
Fazer o fluxograma com o passo a passo do processo de recrutamento, criar o roteiro das aulas de um treinamento, elaborar um resumo do plano de benefícios são alguns exemplos de resultados dessa etapa.
Desenvolvimento
Por fim, a versão simples da solução é testada junto ao público-alvo, colhendo o feedback dos destinatários. A partir desse retorno, a proposta pode ser descartada, corrigida ou transformada em uma solução definitiva, partindo para o seu desenvolvimento.
As etapas podem ter algumas alterações, sofrendo adaptações para diferentes tipos de atividade nas empresas. Em alguns casos, são adotadas subdivisões, em outras mudanças no passo a passo. Porém, com essas quatro fases essenciais, você já consegue começar a aplicar o Design Thinking no RH.
Como essas técnicas beneficiam o RH?
Os incentivos para aplicar o Design Thinking no RH estão relacionados à contribuição para com a gestão de talentos e à melhoria da experiência dos colaboradores. Podemos identificar, ao menos, cinco diferenciais dessa metodologia para justificar a aplicação nessas áreas de competência da gestão de pessoas. Confira!
Promover a participação dos colaboradores
Todas as etapas do Design Thinking incentivam os colaboradores a serem parte da solução.
Inicialmente, ouvimos os funcionários para delimitar o problema e levantar as possíveis soluções. Depois, todo o processo de experimentação e desenvolvimento tem como base o feedback do público-alvo.
Aproximar as decisões da realidade
A consequência imediata é que as decisões são tomadas com base na opinião de quem vivencia o problema, estando mais próxima do dia a dia do colaborador.
É um processo que descentraliza a autoridade e constrói mudanças internas, usando dos conhecimentos das partes interessadas nas soluções.
Contar com uma ferramenta de baixo custo
Os profissionais de RH conseguem economizar custos com projetos e serviços. Afinal, as soluções são validadas em versões mais simples, e o investimento só acontece após o resultado positivo junto aos colaboradores.
Usar uma ferramenta flexível
Além do dia a dia do colaborador, o Design Thinking no RH pode atuar para melhorar qualquer processo de gestão de pessoas.
Um exemplo é a qualidade dos treinamentos oferecidos, outro é a elaboração das escalas de trabalho e uma terceira é a melhoria da experiência do candidato nos processos de recrutamento e seleção de pessoas.
Ter um roteiro para chegar às soluções
Vale reforçar que o Design Thinking não é apenas um conceito, mas uma ferramenta prática. Com ele, a equipe de RH tem um roteiro para desenvolver soluções criativas de ponta a ponta, com base em pesquisa, colaboração, testagem e feedback.
Quais ações podem melhorar o dia a dia dos funcionários?
Entre as aplicações do Design Thinking no RH, vimos que uma das mais importantes é a melhoria da experiência do colaborador.
Então, reunimos ações que podem ser adotadas dentro da metodologia para melhorar o dia a dia dos funcionários. Veja a seguir!
Fazer a análise de concorrentes
Além de realizar pesquisas internas, podemos identificar boas práticas organizacionais em nossos concorrentes. Aliás, para isso vale a pena buscar o benchmarking das empresas mais bem-sucedidas em promover um excelente lugar para trabalhar.
Analisar as oportunidades de melhoria
As práticas levantadas devem ser comparadas com aquilo que a empresa já realiza, verificando se os modelos de sucesso atendem às suas necessidades. Assim, a imersão nas práticas dos concorrentes é complementada por uma análise interna.
Filtrar quais fazem sentido para o negócio
Logo após, verificamos o potencial e viabilidade das mudanças levantadas. Aqui, as práticas podem inspirar ações internas e metas. Porém, não basta simplesmente copiar o que os concorrentes fazem sem considerar as próprias particularidades. O RH deve adaptar as práticas à realidade da organização.
Testar as novas ideias na prática
As novas práticas, então, dão origem aos protótipos. Nesse caso, uma maneira de testar atividades ligadas à experiência do colaborador é realizar a mudança em uma equipe ou setor, expandindo a solução à medida que o projeto-piloto é validado.
Avaliar os resultados e implementar o que deu certo
O último passo é mensurar os resultados obtidos. Em relação à experiência do colaborador, isso pode ser feito com a comparação entre duas pesquisas de clima organizacional — antes e depois de implantar a mudança.
Por exemplo, se após implementar um novo benefício, reduzimos o gap na satisfação dos colaboradores, temos um forte indício do sucesso da medida e podemos expandir para o restante da empresa.
Viu só?! O Design Thinking no RH é uma ferramenta com diversas aplicações, destacando-se na busca por soluções para melhorar o dia a dia dos funcionários. Por isso, é importante compartilhar esse conhecimento com a equipe de RH e contar com essa metodologia entre as ferramentas à disposição do seu time.
Se quiser conquistar resultados ainda mais significativos, leia também o artigo “Transformação Digital: por que a teoria não vira prática?” para unir boas ferramentas de gestão com soluções de tecnologia!