Por: Dr. Pedro Shiozawa

Chief Medical Officer e Co-Founder da Jungle Medical.

Por: Dr. Pedro Shiozawa

Chief Medical Officer e Co-Founder da Jungle Medical.

5 janeiro, 2022 • 6:46

A Organização Mundial de Saúde (OMS) incluiu a Síndrome de Burnout na 11ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11) como um fenômeno ocupacional, não como uma doença médica específica, como o caso da depressão. 

A famigerada síndrome está, a partir de agora, enquadrada no capítulo “Fatores que influenciam o estado de saúde ou o contato com os serviços de saúde”, que engloba motivos pelos quais as pessoas entram em contato com serviços de saúde, mas que não são classificadas como doenças propriamente ditas.

A importância dessa percepção é absoluta: à luz do conhecimento atual, há que se considerar o burnout como uma questão a ser gerenciada dentro do ambiente do trabalho, ou seja, mais do que delegar aos serviços de saúde a abordagem do tema, faz-se urgente pautar o tema do esgotamento profissional no contexto corporativo. 

Segundo pesquisa da International Stress Management Association (Isma-BR), cerca de 32% dos mais de 100 milhões de trabalhadores brasileiros sofrem com a Síndrome de Burnout e, com a pandemia recente, há uma tendência global de aumento desse número.

O que é a Síndrome de Burnout? 

A Síndrome de Burnout tem como fundamento a seguinte tríade: 

  • exaustão física e mental,
  • distanciamento afetivo  (ou ceticismo);
  • baixa realização pessoal. 

É justamente aqui que repousa a chave desse processo: entender como esses fatores se manifestam e identificar os quatro pilares que embasam esse fenômeno há de ser o segredo para as lideranças abordarem de maneira objetiva e eficaz a questão do adoecimento mental no ambiente organizacional

Estudos recentes têm revisitado o tema do burnout e situam a origem da síndrome no eventual desbalanço de ao menos um dentre estes quatro pilares: 

  1. recompensa financeira;
  2. recompensa emocional;
  3. demandas;
  4. propósito. 

Quando qualquer um desses pontos está em desalinho, o resultado será turbulência, angústia e risco aumentado para a presença de burnout. 

Qual é o papel das lideranças?

A liderança pode atuar no limiar entre a saúde e adoecimento, uma gestão consciente pode gerar impactos positivos, evitando que o colaborador se aproxime da zona de sobrecarga, do estresse e do burnout. Seu papel é fundamental na prevenção do adoecimento.

É nesse contexto que a identificação dos processos subjacentes ao processo de esgotamento direcionado ao trabalho se faz fundamental, assim como o direcionamento dos colaboradores para intervenções customizadas, seja endereçando fatores profissionais dentro do escopo da dinâmica de trabalho, seja orientado a abordagem de questões pessoais  nos programas de bem-estar das empresas. 

Conheça o mapeamento de burnout da Jungle e meça o nível de proteção contra sintomas de esgotamento profissional na sua empresa gratuitamente!

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