Por: Caroline Maffezzolli

Diretora de Marketing Digital e Vendas no GPTW

Por: Caroline Maffezzolli

Diretora de Marketing Digital e Vendas no GPTW

31 janeiro, 2023 • 11:42

Entre as atividades mais relevantes da gestão de pessoas, está a construção de motivos para trabalhar na empresa. Afinal, o fator de permanência é um dos pontos-chave para o sucesso dos negócios.

Ao criar um bom clima organizacional, as pessoas terão razões para escolher a empresa enquanto empregadora. Isso, para a empresa, representa o acesso a competências e experiências necessárias para atingir os objetivos empresariais.

Neste conteúdo, apresentamos 8 estratégias que fazem as pessoas ficarem de maneira voluntária. Continue a leitura!

1. Posicione as pessoas colaboradoras de acordo com suas aptidões

Uma mudança importante na gestão é reconhecer que as pessoas são diferentes entre si. E, entre os pontos que mais afetam o desejo de permanecer na empresa, está a adaptação ao cargo.

Esse cuidado é possível muito em função da People Analytics. Podemos conhecer e melhor encaminhar as pessoas levantando dados sobre informações, como:

  • competências;
  • soft skills;
  • perfil comportamental.

Um planejador, por exemplo, certamente não estará tão confortável ao atuar na linha de frente e atender ao cliente como aconteceria com um comunicador. Precisamos entender o perfil comportamental exigido pelas funções e escolher pessoas que estejam adaptadas a eles.

Outro cuidado são as lacunas e excessos de competências. No primeiro caso, o trabalho exige uma competência em estágio acima do que foi desenvolvido pela pessoa. Já no segundo, as competências são muito maiores ao nível de desafio do cargo.

Ambos podem desmotivar a pessoa em suas atividades e provocar uma saída. Ao mesmo tempo, são amenizados se a empresa capacita os membros das equipes e oferece meios de alcançar desafios maiores à medida que evoluem suas competências profissionais.

2. Crie uma cultura de feedback

A cultura de feedback oferece transparência e deixa clara as expectativas, porque podem falar abertamente sobre elas. Para a empresa, é uma forma de escutar e promover os ajustes necessários.

Por outro lado, ao receberem retornos sobre seus trabalhos e comportamentos, as pessoas enxergam a perspectiva de crescimento. Afinal, sabem como agir e como não agir para alcançar os objetivos dentro da organização. Por isso, os feedbacks ajudam a construir motivos para trabalhar na empresa.

3. Invista em um ambiente de trabalho agradável

A experiência de trabalhar na empresa deve ser positiva. É importante que as pessoas:

  • sejam tratadas com respeito;
  • sentem orgulho do que fazem;
  • contem com equipamentos adequados;
  • apreciem as pessoas com quem trabalham.

Também devemos ficar atentos à liderança. Boas lideranças fazem a diferença para manter ótimo clima na equipe e tornar o ambiente mais agradável.

Além disso, atuam com feedbacks que podem ajudar os integrantes da equipe a melhorarem as interações com o grupo. Igualmente, podem gerenciar conflitos, evitando que o desgaste dessas disputas prejudique os relacionamentos.

4. Seja flexível na construção de motivos para trabalhar na empresa

A flexibilidade é um caminho para que a empresa atenda às necessidades das pessoas. Podemos citar três pontos em que essa prática é cada vez mais aplicada.

Em primeiro lugar, existe a flexibilidade de horários. Quando é compatível com as funções, a possibilidade de fugir das tradicionais 8 horas por dia pode ser bem vista pelas equipes. Alguns exemplos são:

  • bancos de horas;
  • meio-expediente;
  • semana de 4 dias.

É possível pensar em flexibilidade no modelo de trabalho. Além do home office, o trabalho híbrido e o anywhere office são caminhos em que existe a possibilidade de trabalhar fora da empresa.

Por fim, os benefícios podem ser diferentes para cada pessoa. Esse sistema é, inclusive, uma boa forma de implantar a gamificação, com os colaboradores acumulando pontos e trocando pelas recompensas que fazem sentido para suas necessidades.

5. Invista em equilíbrio e qualidade de vida

A preocupação com os efeitos do trabalho na saúde e bem-estar das pessoas também é uma forma de dar motivos para permanecer na empresa. Diversas ações podem ser implantadas e influenciarão o interesse em trabalhar na empresa.

Benefícios ligados à saúde e qualidade de vida são bem-vindos. Entre eles estão:

  • planos de saúde;
  • passe livre para academia;
  • parcerias para descontos em produtos saudáveis.

O balanço entre vida profissional e pessoal também é muito importante. Entre as práticas, estão ações como respeitar as folgas e horários fora de expediente, assim como realmente compensar as horas extras com períodos de descanso.

A gestão de pessoas precisa ficar atenta à sobrecarga de tarefas ou horas de trabalho. O diálogo entre liderança e pessoa colaboradora será importante para gerenciar esses limites, assim como tecnologias que tragam automação de tarefas e reduzam os volumes de trabalho sem perder a produtividade.

6. Reconheça as pessoas que trabalham na empresa

A relação entre pessoas e organizações precisa ser de parceria, em que as equipes sentem-se reconhecidas pelas entregas que realizam. Por isso, a atitude de reconhecer e valorizar terá um impacto na construção de motivos para trabalhar na empresa.

As recompensas podem ser materiais ou não. Algumas medidas que podem estar em pauta são:

  • bonificar metas alcançadas;
  • fornecer benefícios interessantes;
  • ter um bom nível de competitividade salarial;
  • reconhecer a pessoa pelo bom trabalho, podendo ser por meio de um feedback, juntamente com o time, uma surpresa em alguma reunião e etc.

Contudo, nem todas as necessidades são básicas e solucionadas com os recursos financeiros. Alguns pontos precisam andar lado a lado com essa questão, como:

  • feedbacks positivos;
  • respeito das pessoas no dia a dia;
  • agradecimentos públicos pelo trabalho;
  • oportunidades de crescimento pessoal e profissional.

7. Estruture um programa de gamificação

Os motivos para trabalhar na empresa serão mais fortes se houver um sistema de incentivos que faça sentido. Nesse contexto, podemos aproximar as atividades das dinâmicas presentes em jogos, implementamos a chamada gamificação.

Criar um ambiente de trabalho com dinâmicas de jogos (emoções, narrativa, progressão, relacionamento e restrições) será um passo para deixar o ambiente de trabalho mais estimulante e incentivador. E para isso, você pode usar as mecânicas e componentes de jogos, que é a base da gamificação dos processos

Em artigo da PUCPR, encontramos os elementos da gamificação, segundo a classificação dos pesquisadores Kevin Werbach e Dan Hunter (dinâmicas, mecânicas e componentes):

Dinâmicas

A dinâmica diz respeito a como as pessoas vivenciam o jogo.

Emoções

Os jogos precisam estimular as pessoas a querem continuar, criando emoções positivas.

Narrativa

A sequência de acontecimentos precisa estar encadeada de maneira coerente.

Progressão

Os jogos fazem os jogadores experimentarem uma jornada de crescimento e evolução.

Relacionamento

Jogos também promovem a interação e comunicação entre pessoas.

Restrições

As dinâmicas de jogos são criadas a partir de regras, que definem o que é válido e distribuem as recompensas.

Mecânicas

Mecânicas são modelos de ação dentro do jogo, que conduzem ações dos participantes, por exemplo:

  • turnos;
  • vitória;
  • chance;
  • feedback;
  • transações;
  • recompensas;
  • aquisição de recursos;
  • cooperação e competição.

As mecânicas podem ser reproduzidas de diferentes maneiras nos processos. Para ilustrar, um caso é a divisão de programas de desenvolvimento em jornadas com pequenas metas, unindo desafios e recompensas.

Componentes

Os componentes são os elementos externos do jogo, que servem de referência. Há vários exemplos:

  • níveis;
  • pontos;
  • coleções;
  • rankings;
  • conquistas;
  • conteúdo desbloqueável.

Para a gamificação ser implementada o RH não precisa de um grande respaldo tecnológico e nem de softwares específicos. Na verdade, a gamificação pode ser facilmente implementada pelo time de People, mas exigirá um planejamento da estratégia, uma comunicação clara com os funcionários sobre como vai acontecer e acompanhamento dos resultados. Aqui vale a criatividade.

8. Implemente um plano de carreira atrativo

Para fechar, mas não menos importante, a proposta de valor da empresa para a pessoa colaboradora deve ser relevante em comparação com outras marcas empregadoras. Para sair na frente, precisamos ficar atentos aos componentes de um bom EVP.

Entre os motivos para ser atraído e permanecer na empresa, encontramos as oportunidades. Muitas vezes, o que muda entre duas organizações não é o que se terá hoje, mas a perspectiva de crescimento.

Nesse sentido, o plano de carreira deve estar muito bem definido e contar com atrativos para o grupo de colaboradores. Vale a pena pensar em formas diferentes de crescer, como as carreiras lineares, em Y e em W, para adequar diferentes perfis profissionais.

As estratégias apresentadas terão efeitos positivos em relação ao clima organizacional. Afinal, para que as pessoas enxerguem a empresa como um bom lugar para trabalhar, a relação deve ser mutuamente satisfatória, com necessidades atendidas de ambas as partes.

Nesse contexto, o RH não pode estar voltado apenas para questões burocráticas e legislação trabalhista. O setor precisa participar estrategicamente na busca pelas competências e experiências, principalmente contribuindo para um excelente ambiente de trabalho.

Assim, o GPTW apoia as empresas que desejam implementar mudanças efetivas para transformar seus ambientes de trabalho e ser um excelente lugar para trabalhar para todos.

Contribuímos para que você implemente melhorias e ofereça bons motivos para trabalhar na empresa. O que, a partir de um excelente clima organizacional, impactará a tão desejada satisfação dos funcionários.

Aproveite para conferir as soluções do GPTW e conte com os melhores talentos na sua organização!

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