Por: Great Place To Work®

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30 abril, 2019 • 10:53

Oferecer benefícios às pessoas colaboradoras vai além de um diferencial — é uma estratégia essencial para atrair e reter talentos. As empresas que investem em um pacote de benefícios bem estruturado demonstram valorização de seus funcionários, o que impacta diretamente na motivação e na produtividade. 

Mas oferecer benefícios não basta; é necessário gerenciá-los de forma eficiente. Continue a leitura para entender como funciona uma gestão de benefícios corporativos e quais as vantagens para as empresas.

Entenda o que são benefícios corporativos

Os benefícios corporativos são vantagens concedidas pelas organizações às pessoas colaboradoras e que vão além do salário. Eles podem assumir diferentes formas e objetivos, desde o cuidado com a saúde até incentivos para o desenvolvimento profissional. 

A oferta de benefícios varia conforme a cultura organizacional e a legislação trabalhista de cada país. No Brasil, alguns benefícios são obrigatórios, como o vale-transporte, enquanto outros são considerados um diferencial competitivo no mercado de trabalho.

Os benefícios vão além de meros “extras”; eles representam uma forma de garantir o bem-estar do funcionário, com condições para que ele possa desempenhar suas funções da melhor maneira possível. São, também, um reflexo do compromisso da empresa com o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Exemplos de benefícios corporativos

Entre os benefícios corporativos mais conhecidos, estão: 

  • vale-alimentação: um dos mais populares, pode ser usado em supermercados para a compra de alimentos;
  • vale-refeição: utilizado em restaurantes e lanchonetes, garantindo que o colaborador tenha acesso a uma refeição durante o expediente;
  • plano de saúde: uma cobertura médica oferecida pela empresa, que pode incluir consultas, exames e até tratamentos especializados;
  • plano odontológico: complementa o plano de saúde, focado na saúde bucal do funcionário;
  • auxílio-educação: contribuições financeiras para cursos e treinamentos, incentivando o desenvolvimento profissional;
  • seguro de vida: oferece suporte financeiro para a família do colaborador em caso de falecimento ou invalidez;
  • auxílio-creche: voltado para pais e mães que precisam de apoio financeiro para custear a creche de seus filhos pequenos;
  • programas de bem-estar: ginástica laboral, apoio psicológico, atividades físicas e outras iniciativas voltadas para a saúde mental e física dos funcionários.

Esses são apenas alguns exemplos, e cada empresa pode personalizar o pacote de benefícios conforme seu público interno e seus objetivos estratégicos.

Entenda o que significa gestão de benefícios

A gestão de benefícios é o processo pelo qual o departamento RH organiza, administra e monitora os benefícios oferecidos

É esse trâmite que permite que as vantagens concedidas sejam realmente atrativas e que sua administração seja feita de maneira eficiente para evitar desperdícios de recursos e assegurar o retorno sobre o investimento.

Saiba como funciona

O processo de gestão de benefícios envolve uma série de etapas, desde a escolha dos benefícios adequados até a sua implementação e monitoramento. Confira os 5 principais passos.

Pesquisa e análise das necessidades

O primeiro passo para uma boa gestão de benefícios é entender o que os funcionários realmente precisam e valorizam — por meio de pesquisas internas ou benchmarking com outras empresas do mesmo setor.

Escolha dos benefícios

Com base nas necessidades levantadas, a empresa escolhe os benefícios que serão oferecidos. É importante considerar o orçamento disponível e o perfil das pessoas que trabalham na empresa, para que os benefícios façam realmente sentido para quem vai os receber.

Negociação com fornecedores

Muitos benefícios, como planos de saúde e seguros de vida, são oferecidos por empresas especializadas. O RH precisa negociar com esses fornecedores para obter as melhores condições para empresa e para colaboradores.

Implementação e comunicação

Após escolher os benefícios, é hora de implementá-los para que todas as equipes tenham acesso. A comunicação é essencial, pois os funcionários precisam entender quais são os benefícios disponíveis e como utilizá-los.

Monitoramento e ajustes

A gestão de benefícios não termina na implementação. O RH deve acompanhar regularmente o uso dos benefícios, avaliar a satisfação de colaboradores e fazer ajustes sempre que necessário, garantindo que o pacote continue relevante.

A importância da gestão de benefícios

Uma gestão eficiente de benefícios é fundamental para garantir que os recursos da empresa sejam bem aplicados e que pessoas colaboradoras se sintam valorizadas. 

Sem uma gestão adequada, a empresa pode acabar investindo em benefícios pouco utilizados ou mal avaliados pelos funcionários, resultando em desperdício de recursos. Além disso, a falta de uma administração eficaz pode gerar insatisfação, impactando negativamente o clima organizacional e a produtividade.

A boa gestão de benefícios também é importante para a permanência de talentos. Funcionários que se sentem bem cuidados tendem a permanecer por mais tempo na empresa, o que reduz o turnover e os custos associados à contratação e ao treinamento de colaboradores.

Um levantamento recente realizado pela empresa de benefícios corporativos Niky revela que os trabalhadores brasileiros continuam a valorizar os tradicionais auxílios de alimentação e saúde, mas a demanda por benefícios flexíveis está em alta. 

Entre as novas preferências, destaca-se o auxílio para pets, que tem sido solicitado por muitos como uma forma de incluir os animais de estimação, considerados parte da família, nos pacotes de benefícios oferecidos pelas empresas.

Além disso, a pesquisa identificou o interesse crescente por outros tipos de benefícios, como massoterapia e alimentação saudável, refletindo uma preocupação maior com o bem-estar. 

As vantagens da gestão de benefícios para as empresas

A gestão eficiente de benefícios corporativos oferece vantagens para as empresas, incluindo:

  • atração de talentos — um pacote de benefícios bem estruturado é um diferencial que atrai candidatos qualificados e torna a empresa mais competitiva no mercado de trabalho;
  • permanência de funcionários — colaboradores que se sentem valorizados por meio de benefícios bem geridos tendem a permanecer mais tempo na empresa;
  • aumento da produtividade — benefícios como planos de saúde e programas de bem-estar ajudam a reduzir o absenteísmo e a melhorar a saúde física e mental dos funcionários;
  • clima organizacional positivo — uma gestão de benefícios bem-sucedida contribui para um ambiente de trabalho mais harmonioso, onde os funcionários se sentem cuidados e motivados a desempenhar suas funções;
  • economia para a empresa — ao otimizar a escolha e a administração dos benefícios, a empresa pode obter melhores negociações com fornecedores.

As responsabilidades do setor de RH

A gestão de benefícios corporativos é uma das responsabilidades mais importantes do setor de RH. Cabe a essa área garantir que os benefícios oferecidos estejam alinhados com as expectativas das pessoas colaboradoras e as estratégias da empresa. Entre as principais responsabilidades do RH na gestão de benefícios, destacam-se:

  • análise e definição do pacote de benefícios: o RH deve conduzir pesquisas internas e externas para entender quais benefícios são mais valorizados pelos funcionários e, com base nisso, definir o pacote de benefícios mais adequado;
  • negociação com fornecedores: a área de RH é responsável por negociar com prestadores de serviços, como empresas de planos de saúde e seguros, buscando as melhores condições para a empresa e os colaboradores;
  • comunicação interna: o RH deve garantir que todas as equipes estejam informadas sobre os benefícios disponíveis, como utilizá-los e quais são as regras de cada um;
  • monitoramento do uso e da satisfação: a equipe de RH precisa acompanhar o uso dos benefícios e realizar pesquisas de satisfação, para identificar possíveis ajustes necessários no pacote oferecido;
  • acompanhamento das tendências: a gestão de benefícios não é estática. O RH deve estar sempre atento às tendências do mercado e às mudanças na legislação trabalhista, para garantir que a empresa ofereça benefícios competitivos e em conformidade com a lei.

5 passos para criar o seu modelo de gestão de benefícios

Elaborar um modelo de gestão de benefícios não é um trabalho fácil. Por acumular muitas funções, o departamento de RH tem dificuldades de dar os primeiros passos para criar um plano consistente e eficiente para agradar às pessoas colaboradoras.

Pensando nisso, convidamos a Convenia, plataforma de gestão que otimiza as rotinas da área de Recursos Humanos, para apresentar 5 passos fundamentais para quem está elaborando o seu modelo de gestão de benefícios. Vamos a eles!

1. Analise os seus recursos e o que deve ser obrigatório

Quando se pensa em gestão de benefícios, o primeiro passo para montar um pacote adequado às necessidades do público interno é planejar o seu orçamento de RH. Ao projetar as despesas com remuneração e encargos, o RH terá um panorama dos recursos financeiros disponíveis para entender quanto a empresa tem para investir.

Atualmente, os benefícios que devem ser obrigatoriamente concedidos às pessoas colaboradoras contratadas em regime celetista são:

  • vale-transporte, cujo valor total não pode ultrapassar 6% do salário;
  • vale-refeição ou alimentação, obrigatório para empresas com mais de 300 vidas;
  • FGTS, ou Fundo de Garantia por Tempo de Serviço;
  • férias, ou 30 dias de descanso a cada 12 meses trabalhados;
  • 13º salário, ou um salário adicional ao final de cada ano.

2. Entenda quem é o seu público e quais as necessidades dele

Geralmente, um pacote tradicional é formado pelos benefícios citados acima e incluem, também, seguro de vida e planos de saúde e odontológico. Porém, nem sempre esse pacote atende às necessidades da pessoa colaboradora. Estamos nos referindo não só aos benefícios propriamente ditos, mas à maneira como eles são ofertados.

Com exceção do FGTS, das férias e do 13º salário — que têm especificações restritas —, os demais permitem uma gestão de benefícios maleável. Por isso, procure conversar com colaboradores e compreender, por exemplo, se o público necessita realmente de vale-transporte ou se o desconto padrão de 6% não ultrapassa o valor total do benefício.

No caso dos vales-refeição e alimentação, estude as possibilidades práticas de uso nas duas modalidades. Muitas vezes, ao optar por vale-refeição, não há estabelecimentos disponíveis nas redondezas da empresa — o que torna o vale-alimentação mais apropriado, já que pode ser usado em supermercados e estabelecimentos similares.

3. Tenha atenção à convenção coletiva e à legislação da categoria

Ainda que os benefícios sejam obrigatórios, é fundamental observar as regras estabelecidas pela convenção coletiva do sindicato para evitar passivos trabalhistas. As legislações costumam estabelecer o piso dos valores. Ainda assim, é importante usar essas informações como ponto de partida para a gestão de benefícios.

É o caso do vale-refeição. Mesmo seguindo o valor mínimo estipulado pela convenção, procure avaliar se ele é adequado à localização da empresa. 

Segundo Gabriel Miranda, consultor da Convenia, nos últimos anos, muitos sindicatos também passaram a reivindicar o seguro de vida. Por isso, sugerimos novamente que você dê atenção à convenção coletiva, pois o benefício pode ter se tornado obrigatório para a sua categoria. 

4. Tome cuidado com os descontos feitos para o colaborador

Dividir o custo com o funcionário não é visto com maus olhos. O problema é quando a empresa não faz uma boa gestão de benefícios e acaba diminuindo demais o poder de compra dele.

Por isso, todo e qualquer benefício oferecido em sistema de coparticipação precisa ser avaliado — sobretudo os não obrigatórios. Segundo Gabriel Miranda, “Quanto menos descontos o colaborador tiver, mais feliz ele vai estar”.

5. Desenhe uma política de benefícios que alinhe expectativas

Lembra do que falamos acima sobre a maneira como os benefícios são ofertados? Isso inclui também como eles são comunicados para colaboradores desde a fase de recrutamento e seleção. Ao deixar claro quais são e como é feita a gestão de benefícios na sua empresa, o RH evita frustrações e não prejudica a jornada do funcionário.

A comunicação interna tem um papel crucial nesta etapa. Agora que você já planejou e montou o seu pacote, organize essas informações em uma política de benefícios e coloque-a à disposição de pessoas candidatas e colaboradoras. Assim, detalhes como porcentagens de descontos não serão vistos como surpresa na folha de pagamento.

Dica extra: ofereça um clube de benefícios a colaboradores

Algumas operadoras especializadas em gestão de benefícios trabalham com sistemas de parcerias comerciais que permitem vantagens exclusivas para os funcionários das empresas que as contratam. 

Uma das linhas de atuação da Convenia, por exemplo, é a gestão de um clube de benefícios em redes de operadoras de vale-refeição, que oferecem descontos e ofertas em uma série de produtos e serviços.

No GPTW Partners, a rede de parceiros estratégicos do Great Place to Work, você também encontra a New Value, uma plataforma de benefícios exclusivos. 

O clube vai além de promoções e cuponagens tradicionais ao permitir que colaboradores potencializem o seu salário por meio de descontos em serviços comuns do dia a dia, economizando e estendendo essas vantagens aos seus familiares.

Apesar dos esforços em equilibrar folha de pagamento e gestão de benefícios, eles não são suficientes para manter os funcionários na empresa. Aproveite para conferir se o seu ambiente de trabalho atende aos principais fatores de permanência indicados por colaboradores das Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil!

Em resumo

O que são benefícios corporativos?

Os benefícios corporativos são vantagens concedidas pelas organizações às pessoas colaboradoras e que vão além do salário. 

Quais os tipos de benefícios corporativos?

Entre os exemplos mais comuns de benefícios corporativos, estão: vale-alimentação, vale-refeição, plano de saúde, plano odontológico, auxílio-educação, seguro de vida, auxílio-creche e programas de bem-estar.

Quais as vantagens da gestão de benefícios para as empresas?

Entre as vantagens da gestão de benefícios para as empresas estão: atração de talentos, permanência de funcionários, aumento da produtividade, clima organizacional positivo, economia para a empresa.

Crédito da imagem: Freepik.

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1 comentário

  • Postado por: Oseas •

    Parabéns pelo artigo.

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