Por: Great Place To Work®

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15 fevereiro, 2022 • 11:44

É normal que as empresas atravessem momentos críticos em algum ponto de sua existência e tenham que aplicar a gestão de crise. Esse processo é necessário para evitar que as adversidades causem impacto negativo, seja na estrutura organizacional ou financeira.

Diversos fatores podem desencadear e instaurar uma crise, sem aviso prévio ou controle da empresa. Quando a gestão é aplicada, os problemas não deixam de ocorrer, mas os gestores estão preparados para lidar melhor com os imprevistos e seus desdobramentos.

Mas, afinal, o que é a gestão de crise? Neste post, você vai entender seu conceito e importância para a empresa. Continue lendo e veja os benefícios da aplicação, o papel do RH e como realizar uma gestão de crise com eficiência!

O que é a gestão de crise?

É um processo que ajuda os gestores a lidarem com os problemas e terem mais clareza para encontrar soluções em tempo hábil. Em linhas gerais, se resume ao conjunto de estratégias e práticas empregado para lidar com adversidades e situações inesperadas.

Esse tipo de gestão é acionado na tentativa de evitar consequências mais drásticas, que comprometam o negócio junto ao mercado e todos que estão relacionados — clientes, fornecedores e colaboradores.

Qual a importância desse processo dentro da empresa?

Eventos econômicos e financeiros, instabilidade política, desastres naturais, comprometimento da reputação e sabotagem são alguns exemplos de acontecimentos que podem afetar as empresas — umas mais, outras menos, dependendo do segmento e ramo de atuação.

A gestão de crise, quando realizada corretamente, tende a reduzir as ameaças e minimizar os efeitos de situações como essas. Nesse sentido, os gestores conseguem, juntos, enxergar saídas e tomar decisões mais rápidas.

Os profissionais designados são responsáveis por identificar possíveis riscos e proteger a empresa dos perigos ocasionados por uma crise iminente. No período crítico, são pessoas treinadas previamente para administrar um cenário de caos e incertezas.

As organizações costumam manter um plano prévio de ações contingentes, que seja aplicável inicialmente a mais de um fato gerador da crise. Assim, com uma medida preventiva, dá tempo de analisar a situação e pensar em novas estratégias.

Como o RH deve se posicionar em meio à gestão de crise?

Dependendo da gravidade de uma crise, os impactos no mercado e no ambiente de trabalho são inevitáveis. Em muitos casos, os colaboradores são afetados por dúvidas e incertezas sobre seu futuro na empresa.

O RH tem papel fundamental no suporte à gestão, para conter os ânimos e mediar possíveis conflitos. Veja algumas ações necessárias.

Manter uma boa comunicação interna com os colaboradores

É essencial que os colaboradores sejam notificados sobre a crise e como a empresa pretende agir diante dos problemas. Nem sempre será possível divulgar todas as ações, de modo a preservar os passos, sobretudo se tiver relação à concorrência.

No entanto, a comunicação com os colaboradores por um canal institucional pode ser decisiva para estabelecer a confiança e transmitir segurança. As crises assustam, por isso, o RH pode servir de ponte e envolver aqueles que se dedicam diariamente, contribuindo para o crescimento e sucesso do negócio.

Ser transparente e objetivo

As crises podem ser apenas internas ou ter amplitude mais abrangente, por isso, não adianta ocultar dos colaboradores sua existência. Mesmo que não seja possível detalhar os acontecimentos, a transparência e objetividade são cruciais para que todos estejam cientes que pode haver mudanças, cortes ou reformulações no quadro de funcionários.

Utilizar dados para tomada de decisão

Pode chegar um momento em que seja necessário fazer mudanças nas equipes, seja de remanejamento ou demissão. Se a empresa não tinha planos de alteração no quadro funcional, essa pode ser uma decisão bastante complexa.

Com o uso de ferramentas adequadas, o RH pode ajudar coletando e analisando dados que avaliam o desempenho dos colaboradores. O People Analytics, por exemplo, fornece esses elementos, ampliando a visão da gestão de pessoas.

Fortalecer a cultura organizacional

A cultura organizacional de uma empresa diz respeito aos valores, condutas, comportamentos, crenças, políticas internas e externas. Se a organização defende a união, transparência e comunicação clara, é importante que o RH ajude a disseminar e fortalecer esse posicionamento.

Como realizar uma gestão de crise eficiente?

A gestão de crise existe para que em um cenário caótico e, por vezes, sem perspectivas, os gestores saibam o que fazer para evitar que o negócio sofra grandes impactos — é preciso planejar e se preparar, por isso, a melhor forma é estabelecer diretrizes e caminhos a serem seguidos.

Veja alguns passos importantes para realização eficaz da gestão de crise!

Fazer um diagnóstico organizacional

O primeiro passo é entender o cenário atual da empresa, os possíveis danos e impactos que uma crise causaria se fosse instaurada. É importante que esse diagnóstico seja prévio, se antecipando aos fatos como medida preventiva.

Esse levantamento ajuda a dimensionar o quanto a empresa está preparada para enfrentar imprevistos e quais ações devem ser implementadas para proteger o negócio. O diagnóstico organizacional mostra as fragilidades e potencialidades de uma empresa, aumentando as chances de reação positiva na ocorrência de crises.

Investigar as causas do problema a ser enfrentado

De onde vem a crise? Ela é interna ou externa? Identificar a origem do problema ajuda a entender melhor como a organização pode ser afetada. Uma forma eficaz de fazer essa investigação é aplicar a Análise SWOT, método que elenca os pontos fortes e fracos, as oportunidades e ameaças de um negócio.

Mapear os riscos para a organização

Com o diagnóstico organizacional nas mãos e a identificação das causas será mais fácil mapear os riscos e entender os impactos que a empresa pode sofrer. Se a gestão entende quais são os possíveis riscos, terá mais chances de êxito nas ações de enfrentamento da crise.

Criar o comitê gestor de crise

Como as crises tendem a promover um cenário de instabilidade, é preciso ter pessoas que saibam lidar com os momentos de tensão e pensar racionalmente. A gestão de crise precisa de lideranças responsáveis e representantes, preferencialmente, dos setores de maior projeção dentro da empresa.

Assim, colaboradores, stakeholders e empreendedores podem se unir em um comitê para discutir o problema e as estratégias de contenção. É fundamental ter pessoas com perfil analítico, visão estratégica, capacidade de lidar com imprevistos e tomar decisões imparciais.

Identificar os setores mais afetados pela crise

A crise pode abalar um setor mais fortemente que outro e, dependendo da situação, provocar danos irreversíveis para o negócio. Por isso, saber quem precisa de maior atenção possibilita que as ações sejam bem planejadas, personalizadas e executadas de modo prioritário.

Priorizar a comunicação

Se a boa comunicação já é imprescindível em uma organização, nos momentos de crise pode salvar o negócio. O compartilhamento de um diagnóstico e das ações previstas pode levar a insights importantes e surgimento de ideias, sugestões e apontamentos que passam despercebidos aos gestores.

Todas essas dicas levam à construção de um plano de ação consistente, que prepara a organização para enfrentamento da crise. A união dos departamentos, a atuação do RH e a sabedoria da gestão em contar com o apoio de pessoas-chave, são aspectos determinantes para resolução e superação dos problemas.

Quais os benefícios de realizar a gestão de crise?

Na proximidade de uma crise, a agilidade é primordial para proteger a organização dos estragos causados. O modo como os gestores lidam com as dificuldades e conduzem a situação pode trazer um saldo positivo a longo prazo.

Acompanhe algumas vantagens de colocar a gestão de crise em prática!

Preserva a imagem da empresa no mercado

A gestão de crise ajuda na preservação da imagem de uma empresa, mostrando para o público interno e externo a preocupação em evitar os danos colaterais. Essa é a hora de demonstrar firmeza, um plano de recuperação consistente, vontade genuína de superar os desafios, além de preservar a marca.

Demonstra respeito com a sociedade

Em meio a uma crise, espera-se das empresas um posicionamento sobre as medidas que serão implementadas. O modo de lidar com as eventualidades e envolver aqueles que estão direta ou indiretamente ligados ao negócio demonstra respeito com a sociedade.

Garante que problemas não se repitam

Uma crise pode mostrar as vulnerabilidades de uma organização, o que, apesar da instabilidade, soma positivo se os gestores aprenderem com os erros. Esse é um momento complexo, mas que ensina como evitar que aconteçam novamente.

A gestão de crise é, portanto, um meio estruturado de sobrevivência que favorece as empresas que estiverem um passo à frente. Com ela, a gestão e demais membros do comitê estarão munidos de boas ações estratégicas, que, quando aplicadas corretamente, podem ser o grande diferencial para que a empresa saia vitoriosa lá na frente.Se você gostou do post, aproveite a visita e para ampliar o seu conhecimento e leia também o nosso conteúdo sobre como praticar a empatia nos momentos de crise e, também, fora deles!

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