Nem sempre nos damos conta disso, mas inovação e liderança andam de mãos dadas nas empresas. Inovar não tem a ver apenas com a modernização de processos. Precisamos de líderes que incentivem equipes e tragam novas soluções.

Lideranças criam relações de confiança, deixam as pessoas seguras e confortáveis para sugerir e experimentar novos jeitos de fazer as coisas. E, quando essa criatividade produz resultados concretos, a empresa se beneficia com inúmeras soluções de inovação.

Neste conteúdo, explicamos como as tendências de mercado impactam esse processo e como a liderança deve interagir com as transformações. Continue a leitura!

A relação entre inovação e liderança

As mudanças recentes têm sido bastante relacionadas à inovação tecnológica. Embora nem toda inovação esteja nessa área, boa parte das transformações que vivenciamos nasceram com o mundo digital.

Em uma primeira onda, a transformação digital esteve associada à possibilidade de virtualização de processos e atividades. Passamos a trabalhar em editores de textos e planilhas, além de adotarmos os softwares de gestão, por exemplo.

No início dos anos 2010, os canais de comunicação, especialmente pelas redes sociais, permitiram uma produção de conteúdo e distribuição de informações descentralizadas. Ao longo de toda a década, vimos o nascimento e crescimento da acessibilidade a diversos serviços, como:

• streaming;
• bancos digitais;
• apps de delivery;
• armazenamento na nuvem.

Atualmente, temos uma terceira onda da transformação digital, ligada à:

• metaverso;
• inteligência artificial;
• automação robótica;
• diversas outras soluções.

Em cada estágio, o que torna uma empresa bem sucedida varia, assim como o papel que as lideranças precisam exercer nas organizações.

Veja, abaixo, as principais capacidades que líderes devem ter atualmente para inovar e assegurar o sucesso da empresa.

Mudanças da cultura organizacional

As lideranças são responsáveis por implementar uma cultura de empresa forte. Para isso, embora muitos valores organizacionais permaneçam por décadas, existe a necessidade de adaptação e mudança contínuos para acompanhar a evolução da sociedade.

Cenários muito dinâmicos

A capacidade de inovação é uma das transformações culturais essenciais para sobreviver e crescer nos ambientes de negócios atuais.

Em pouco mais de duas décadas, saímos da digitação de um texto no computador para inteligências artificiais imbatíveis até mesmo para os maiores campeões de xadrez, como o Alphazero da Google.

Velocidade de adaptação

A capacidade da empresa responder aos estímulos externos (novas tecnologias, mudanças nos hábitos do consumidor e regulações) e internos (feedbacks dos colaboradores, relatórios de desempenho e sugestões de novos produtos.) com inovação é o grande diferencial nesse mundo dinâmico e repleto de incertezas.

Nas pesquisas do Great Place to Work®, essa força organizacional é medida pelo índice de velocidade de inovação (Innovation Velocity Ratio — IVR). Em média, as empresas com resultados elevados nesse quesito veem um crescimento de receitas 5,5 vezes maior que as demais organizações.

Imagine, por exemplo, que a empresa observa um dos seus concorrentes ganhando destaque por um novo produto. O IVR mensurará se, diante do estímulo, a organização consegue rapidamente se adaptar, a partir de uma solução de inovação para responder ao cenário que se apresenta.

Os líderes podem ser facilitadores do processo ou causarem atrito, tornando a inovação mais lenta. Por isso, inovação e liderança estão sempre de mão dadas.

Potencialização de qualidades dos colaboradores

A liderança é responsável por potencializar as qualidades da equipe. É o que acontece com diversas práticas, desde o uso das soft skills, como escutar o(a) colaborador(a) e conceder feedbacks, até a adoção de metodologias de trabalho, como o Design Thiking. 

Tudo isso determinará se a inovação é impulsionada ou bloqueada pelas pessoas à frente das equipes.

Imediatismo dos clientes

Por fim, inovação e liderança caminham juntas em relação a colocar o cliente no centro, atendendo aos seus desejos e necessidades. Atualmente, o consumidor é imediatista, e as entregas de valor precisam ser rápidas e constantes por parte das empresas.

Houve grande mudança na maneira como a inovação acontece. Longos períodos de planejamento e soluções feitas com intuito de durar para sempre perderam espaço para:

• experimentação;
• entregas contínuas;
• desenvolvimento ouvindo o feedback do cliente.

As quatro principais formas de incentivar a liderança inovadora nas empresas

Diante das tendências, as empresas precisam capacitar suas lideranças inovadoras. Isso pode ser feito buscando soluções de desenvolvimento e incentivando o protagonismo dos profissionais, por exemplo.

Confira, a seguir, quatro medidas para promover essas mudanças!

Incentive a atualização frequente de lideranças considerando as novas tendências de mercado

Para unir inovação e liderança, a busca por conhecimento deve ser uma atitude incentivada na empresa. Para isso, a gestão deve premiar colaboradores(as) que se mostram dispostos a conhecer as tendências e trazer novas práticas à organização.

Na prática, o principal desafio é traduzir a intenção em mudanças concretas, por exemplo:

• cargas horárias de capacitação como requisito da progressão de carreira;
• abertura para receber sugestões de mudanças em processos e atividades;
• benefícios ligados à atualização profissional, como auxílios para adquirir cursos de capacitação e materiais;
• facilitação da compreensão de jornada de trabalho para frequentar capacitações, workshops, eventos e imersões;
• criação de eventos, grupos de discussão, workshops, palestras internas para entender tendências e disseminar esse conhecimento na empresa.

São diversas opções de mudança em processos e atividades que vão consolidar a nova mentalidade na empresa. Procure ouvir as pessoas e avaliar quais alterações fazem sentido, diante das particularidades do negócio.

Utilize o recrutamento externo para oxigenar a cultura da empresa

A empresa pode realizar mudanças no processo de recrutamento. É possível buscar candidatos com novas competências e experiências que possam oxigenar a cultura e as práticas do negócio, por exemplo:

• candidatos com experiência em atividades ligadas à inovação;
• experiência de trabalho em empresas com cultura ágil;
• formações em Design Thinking e metodologia ágeis;
• personalidades e maneiras de pensar diferentes das existentes na empresa, de modo a ter diversidade de ideias.

O segredo é promover o equilíbrio entre buscar profissionais no mercado de RH e realizar o recrutamento interno. Além disso, tanto em relação a quem está na empresa como aos recém-contratados, a capacitação e desenvolvimento de líderes é indispensável.

Incentivo à tomada de decisões estratégicas

A inovação acontece principalmente onde existe uma cultura de confiança, que afetará os diferentes níveis de comportamento organizacional: geral, grupal e individual.

Isso ocorre porque inovar requer que as pessoas saiam da zona de conforto e assumam riscos. Afinal, tentativa e erro são parte do processo de negócios.

Em primeiro lugar, a empresa precisa dar suporte às lideranças para que elas tomem as decisões estratégicas. Quem está à frente da equipe precisa ter o respaldo necessário. Assim, será fácil transmitir confiança ao time de modo a terem iniciativa e usarem suas criatividades.

A autogestão, por exemplo, pode tirar esse modelo do papel, pois existe autonomia nas regras. Nele, a pessoa sabe em que assuntos e áreas têm liberdade para decidir, aceitar as sugestões e experimentar mudanças. Logo, na maior parte do tempo, as tentativas de inovar não esbarram em longos processos de aprovação e burocracias.

Desenvolvimento contínuo de liderança

O processo mais significativo será o desenvolvimento contínuo de liderança. É a solução de gestão de pessoas que permite a atualização e capacitação de maneira consistente ao longo do tempo, mantendo a empresa preparada para se adaptar a novos cenários.

Durante sua jornada na organização, a pessoa será preparada para evoluir em suas competências de liderança. O desenvolvimento de pessoas identificará pontos fortes e a serem melhorados, buscando maneiras de auxiliar seu crescimento.

Atualmente, se dá muita ênfase às soft skills, pois elas facilitam o processo de lidar com as mudanças e incentivar a inovação nas empresas devido ao incentivo à:

• escuta;
• empatia;
• comunicação;
• trabalho em equipe;
• inteligência emocional.

Logo, se continuamente desenvolvidas, geram ganhos à empresa e pessoas contratadas..

É um processo técnico, que envolve identificar as lacunas e buscar soluções de educação personalizadas, valorizando o potencial de cada colaborador(a).

E ainda sobre tendências, fique por dentro das tendências de gestão de pessoas para 2023. Acesse o material e confira!