A performance e os resultados dizem muito sobre a confiança estabelecida no ambiente de trabalho. O B.R.A.V.I.N.G pode ser uma excelente estratégia para alcançar e estabelecer uma relação segura entre as equipes.
É importante buscar mecanismos que ajudem os colaboradores a se sentirem valorizados e pertencentes. Ao aplicar um conceito que tem como base a confiança, a tendência é que todos se tornem mais próximos e colaborativos.
O objetivo deste post é trazer o conceito do B.R.A.V.I.N.G, sua importância e benefícios de aplicação nas empresas. Continue lendo e veja 3 formas de tornar seus times mais confiantes e produtivos!
O que é o B.R.A.V.I.N.G?
O conceito criado pela pesquisadora da Universidade de Houston, Brené Brown é definido como a anatomia de uma nova definição de confiança. Trata-se de um acrônimo que identifica os requisitos necessários para uma reflexão sobre a integração e o relacionamento no ambiente de trabalho.
Para entender a ideia é preciso conhecer o significado de cada sigla!
B — Boundaries (Limites)
Para que as relações sejam saudáveis dentro de uma organização, a confiança e o limite devem caminhar juntos. Essa é uma forma de blindar o relacionamento, não deixando ultrapassar uma intimidade além da permitida e suficiente para a sintonia no trabalho das equipes.
Em uma percepção de mão dupla, profissionais que se respeitam, entendem os limites uns dos outros e sabem até onde ir para não interferir ou prejudicar o trabalho alheio — como elemento base, a confiança aperfeiçoa esse comportamento.
R — Reliability (Confiabilidade)
Para um time funcionar bem, a confiança deve ser recíproca, chegando a um grau seguro na rotina. A confiabilidade vale, sobretudo, entre líderes e liderados, na delegação de tarefas e atribuição de responsabilidades.
Quando um líder distribui as atividades entre os membros da equipe, deve confiar que serão executadas com qualidade e de acordo com os prazos. Sem isso, o ambiente de monitoramento e cobranças constantes pode quebrar esse elo e confiança e comprometer todo o resultado.
A — Accountability (Responsabilidade)
O senso de responsabilidade intensifica o alerta sobre falhas e erros, deixando os colaboradores mais atentos sobre as atividades e tarefas para as quais forem encarregados.
É importante disseminar a ideia de que cada um é responsável pelas suas conquistas, mas também por aquilo que não for executado corretamente. Nesse contexto, da confiança surge a transparência e a coragem de assumir os erros, sem o receio de ser punido em vez de corrigido.
V — Vault (Cofre)
Palavras como proteção, zelo, discrição e sigilo sintetizam a ideia de confiança sobre a guarda, seja de um segredo ou de um objeto, sem o medo de ser traído ou exposto. As confidências (que diferem de fofocas) são mantidas respeitando o tempo e o espaço do outro.
I — Integrity (Integridade)
Não se pode falar em confiança sem englobar a integridade, pensando nas questões morais que envolvem a cultura organizacional e o relacionamento interpessoal.
Mesmo de conceituação ampla, a integridade é um pilar da confiança e nela muitos profissionais depositam sua coragem de agir e tomar decisões considerando os princípios compartilhados.
N — Non-Judgment (Não-Julgamento)
Empresas que trabalham a inclusão e diversidade, incentivando que pessoas compartilhem o mesmo ambiente profissional, livre de rótulos ou segregações, constroem uma cultura organizacional muito mais forte, tornando seus colaboradores mais engajados e colaborativos. Dessa forma, é possível reunir indivíduos de diferentes gerações, culturas, etnias e habilidades, sem o medo das ainda comuns, ocorrências de racismo e preconceito.
O exercício da empatia deve ser constante, o que ajuda aqueles que se entendem diferentes a se sentirem mais confortáveis.
G — Generosity (Generosidade)
Quando a generosidade faz parte da cultura de uma empresa, certamente, as pessoas que compõem os times trazem consigo, boas intenções. Nesse processo as práticas e ações positivas estimulam um clima organizacional favorável, suportado pelo desejo genuíno de todos para que tudo dê certo.
Todos se envolvem e desejam o bem, investindo em pensamentos positivos e condutas que sejam benéficas para a organização como um todo. A competitividade é saudável e harmoniosa.
Qual a importância desse conceito para as organizações?
Por melhor que seja o produto ou serviço de uma organização, seu verdadeiro diferencial está no modo com os profissionais se relacionam internamente e tratam seus clientes. O que os colaboradores vivenciam em seu dia a dia, reflete o modo como defendem a empresa onde trabalham.
O B.R.A.V.I.N.G, junto com outras estratégias de gestão de pessoas, pode estimular a permanência dos profissionais de alta performance. Os talentos satisfeitos com o lugar onde trabalham, possivelmente encontrarão a confiança necessária para vislumbrar as oportunidades de crescimento e desenvolvimento.
De modo geral, para se manter em vantagem no mercado, as empresas precisam de pessoas engajadas e comprometidas com os objetivos do negócio. Um conceito como o B.R.A.V.I.N.G explora vertentes importantes e potencializa o comportamento otimista de todo um time.
Quais os benefícios de aplicação do B.R.A.V.I.N.G?
O B.R.A.V.I.N.G mais que um conceito, é um verdadeiro plano de boas ações que traz resultados expressivos em médio e longo tempo. Veja alguns benefícios da sua aplicabilidade!
Melhora do clima organizacional
Onde há confiança, há entrega e todos trabalham mais felizes em prol de um mesmo objetivo. Trabalhar em um lugar próspero e focado no crescimento coletivo — empresa e colaboradores — deixa o ambiente mais feliz, dinâmico e produtivo.
Evolução do ambiente de trabalho
A produtividade tende a aumentar quando os times sentem confiança em seus líderes e na empresa. O ambiente de trabalho se torna um espaço de troca de ideias, inovações, em que todos são encorajados a contribuir com opiniões, sugestões e até mesmo feedbacks com foco na melhoria contínua.
Autonomia dos colaboradores
Se o líder confia na equipe, a delegação de demandas se torna algo mais natural e não haverá constante cobrança das entregas. A confiança sedimentada dá vazão ao autogerenciamento e o próprio colaborador é capaz de administrar a rotina — cronograma e prazos — com a segurança de quem é dono do processo.
Como elevar o nível de confiança entre os times com o B.R.A.V.I.N.G? Veja 3 dicas para colocar em prática
A confiança é fruto de uma construção que não ocorre da noite para o dia. É preciso preparar o terreno para um plantio fértil e uma colheita produtiva. Assim, se você deseja adotar o B.R.A.V.I.N.G para aumentar a confiança entre os times, siga essas 3 dicas!
1. Incentive a transparência
Estimule uma conduta transparente e objetiva, tanto das lideranças, quanto dos times. Em uma organização focada em ser a melhor, não existe espaço para meias-palavras ou interpretações equivocadas, a comunicação deve ser clara e eficiente.
Os erros são erros, os problemas precisam de solução e aquilo que não estiver de acordo com a conduta organizacional precisa ser corrigido para voltar aos trilhos. É essencial primar pela clareza das informações, de modo que todos saibam quais são os objetivos da empresa e necessidades dos talentos, para equilibrar as expectativas.
2. Criar uma cultura organizacional pautada na responsabilidade e confiança
A cultura organizacional diz respeito ao conjunto de regras, normas, valores e condutas de uma empresa. Associada à responsabilidade e confiabilidade, as relações tendem a melhorar e unificar os objetivos, fortalecendo os times para um grupo consolidado que trabalha junto para o bem de todos.
Nesse cenário, os talentos não têm medo de errar, pois sabem que as lideranças estarão mais preocupadas em encontrar soluções, entendendo de fato, que as falhas fazem parte da jornada humana em busca do crescimento e do acerto.
3. Crie ambientes de diálogo
O diálogo amplia a visão sobre um assunto, um problema ou um processo e mostra percepções diferentes diante de um impasse. A troca de ideias e feedbacks ajuda a encontrar respostas, fornecendo insights importantes que podem ser úteis para a empresa como um todo.
Quando o líder dá aos colaboradores o direito de fala, demonstra respeito e confiança nas habilidades e competências, incentivando as contribuições. Por outro lado, o profissional se sente motivado a se posicionar sempre que tiver a oportunidade de ser ouvido.
Se você percebeu, o B.R.A.V.I.N.G é um grande incentivador de um ambiente de trabalho saudável e produtivo. Proporcionar um espaço que prioriza o crescimento e o desenvolvimento funcional coloca a organização em uma posição diferenciada em relação às práticas da gestão de pessoas aumentando sua vantagem competitiva.
Gostou do post? Se você deseja aplicar o conceito do B.R.A.V.I.N.G na sua empresa, conheça as soluções do GPTW e entenda como podemos ajudar na conquista da Certificação como um excelente lugar para se trabalhar!