O Setembro Amarelo é um período para reflexão sobre a saúde mental. Um verdadeiro incentivo para que as pessoas abordem temáticas sensíveis como a prevenção ao suicídio.
Neste período, reforça-se a importância das empresas em desenvolver práticas e ações de segurança emocional. Um ambiente saudável promove o bem-estar para todas as pessoas.
Embora Setembro Amarelo seja um marco para essa reflexão, a saúde mental precisa ser uma pauta nas organizações ao longo de todo o ano. Neste artigo, detalharemos esse mês especial e apontaremos práticas para adotar na sua empresa.
O que é o Setembro Amarelo?
Setembro Amarelo é a campanha oficial de prevenção ao suicídio no Brasil. A iniciativa tem como objetivo desmistificar o tema da saúde mental e oferecer apoio às pessoas que estão enfrentando desafios emocionais.
A campanha foi criada em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM). Uma ação conjunta para promover a conscientização sobre o suicídio e seus fatores de risco.
Desde então, o mês de Setembro foi escolhido para tratar do tema de forma recorrente. Esta seleção foi celebrada, pois o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio acontece no dia 10 de Setembro.
Qual a importância do Setembro Amarelo?
Em primeiro lugar, precisamos lembrar que a campanha trata sobre um tema que, infelizmente, ainda é muito estigmatizado no Brasil e no mundo: o suicídio.
O Setembro Amarelo oferece uma oportunidade de desmistificar o assunto, mas, principalmente, de ajudar pessoas que possam eventualmente estar em risco.
Falamos de uma escolha ou ação que tem graves implicações sociais. Pessoas de todas as idades e classes sociais cometem suicídio.
Por si só, o ato não é uma doença ou transtorno mental. Tampouco é, necessariamente, a manifestação de um. Existem muitas situações mentais que estão associadas ao suicídio.
O entendimento sobre o que é saúde mental se prova extremamente valioso para que possamos falar de forma eficaz sobre a prevenção do suicídio.
É neste sentido que o Setembro Amarelo ganha importância. A ação promove a conscientização sobre esses temas anualmente.
Vale dizer que o Setembro Amarelo é importante, mas apenas um passo quando se trata de cuidar das pessoas.
A saúde mental no ambiente de trabalho
Saúde mental é um assunto que ultrapassa o âmbito pessoal e alcança o ambiente de trabalho. Segundo o Dr. Pedro Shiozawa, co-fundador da Jungle, “não é possível deixar as emoções na catraca do trabalho; elas fazem parte do nosso dia a dia”.
No Relatório de Tendências de 2023, 96,4% das pessoas responderam que consideram a saúde mental/emocional um ponto relevante para a Gestão de Pessoas na empresa.
Contudo, somente 49,7% dessas pessoas afirmaram que há orçamento direcionado para ações voltadas ao tema.
Mas se a saúde mental começou a subir no ranking das prioridades de Gestão de Pessoas, por que as empresas não estão investindo mais no assunto?
A resposta é simples: em uma perspectiva organizacional, é importante reforçar que saúde mental não é somente sobre programas de benefícios ou ausência de doença, mas sim, sobre colocar as pessoas no centro da estratégia.
Para construir ambientes de trabalho saudáveis é preciso traçar um plano de ação contínuo, levando em conta as necessidades de cada time.
Por que as empresas devem se importar com a saúde mental das pessoas?
A saúde mental é um tema que possui influência direta sobre o desempenho dos colaboradores.
Estudos apontam que pessoas que enfrentam problemas de saúde mental são mais propensas a faltar ao trabalho e apresentar baixa produtividade.
Dependendo do quadro, é possível que o colaborador seja afastado por um período. Estes e outros fatores causam um impacto significativo nos resultados da empresa.
Investir em ações de saúde mental dentro das organizações não só beneficia o bem-estar das equipes, como também gera resultados tangíveis para os negócios.
Dados levantados pela Jungle apontam que ambientes emocionalmente saudáveis crescem 5 vezes mais e apresentam rotatividade de colaboradores 4 vezes menor em comparação a empresas que não investem no tema.
O ambiente de trabalho exerce um papel essencial sobre o bem-estar de cada indivíduo.
Estudos da neurociência comprovam que o trabalho é um fator protetor para a saúde mental das pessoas, desde que o indivíduo não esteja inserido em um ambiente tóxico.
Ou seja: investir em saúde mental não apenas traz retornos para as empresas, como ajuda na prevenção de adoecimentos.
Como estruturar um programa recorrente de saúde mental?
O primeiro passo para um programa eficiente em saúde emocional é fazer um mapeamento fidedigno das características comportamentais das pessoas.
O uso de uma ferramenta é fundamental para conseguir levantar dados precisos e corretos, considerando todos os diferentes grupos da empresa.
Iniciar com capacitações voltadas para a liderança ajuda a criar uma mudança de cultura na empresa.
É preciso praticar a escuta ativa e tomar cuidado com a prática de dar conselhos, pois isso pode acabar prejudicando o colaborador em vez de ajudá-lo.
Saúde mental é o resultado de uma equação entre a empresa oferecer canais de ajuda e o indivíduo ter uma percepção de suas próprias necessidades.
É importante que a saúde mental saia do plano das ideias. Não adianta entendermos a teoria e identificar os sintomas de um colaborador que adoece, é preciso prevenir.
Exemplo prático de empresa que investe na Saúde Mental
Com a missão de potencializar as pessoas e os negócios por meio da neurociência, a Jungle atua junto com as empresas para promover o bem-estar.
Por meio de quatro pilares, oferecemos serviços direcionados para líderes, colaboradores, RH e médicos do trabalho.
Em 2023, a General Motors compartilhou — por meio de um webinar — sua experiência transformadora com a Jungle.
A GM é uma empresa destaque em saúde emocional, e demonstrou como as organizações podem implementar uma cultura emocionalmente saudável.
Os resultados e impactos na saúde mental vem com ações de longo prazo e devem começar de cima para baixo.
Ou seja: a estratégia precisa partir da alta liderança e estar voltada para um plano de segurança psicológica para formar bons resultados.
Nesse contexto, os times de RH e saúde ocupacional têm o papel de oferecer suporte para ouvir quem levanta a mão pedindo ajuda.
É assim que a GM tornou-se um espaço seguro e de destaque para a saúde mental.
Abaixo separamos 10 rotinas que podem ser incorporadas para facilitar a criação de uma cultura de saúde mental:
- reconhecimento de competências;
- flexibilização de rotinas;
- realização, atingir objetivos;
- ambiente físico seguro;
- promoção de segurança psicológica;
- política rigorosa contra assédio;
- percepção e inclusão da diversidade;
- clareza das funções pelos colaboradores;
- critérios de promoções claros;
- equilíbrio pessoal e profissional.
Cuidar da saúde mental dos colaboradores vai além das ações focadas no Setembro Amarelo, é necessário que o assunto faça parte da estratégia organizacional.
É preciso articular uma cultura de bem-estar que envolve todas as pessoas, a começar pela alta liderança.
Assim, os colaboradores vão se sentir seguros em compartilhar suas dores e acolher quem precise de ajuda.
Se você deseja ir além do Setembro Amarelo e promover uma verdadeira cultura de bem-estar na sua empresa, aproveite para conhecer mais sobre destaques na saúde emocional.