
O clima organizacional é um importante indicador das práticas corporativas. Para um ambiente agradável e produtivo é fundamental que as pessoas se sintam bem e engajadas.
Um ambiente corporativo saudável e produtivo sugere boas práticas para manter o clima organizacional favorável a esse cenário. A percepção de importância e valorização do capital humano estimula a motivação e o engajamento.
A atmosfera de integração e participação efetiva nas decisões e projetos pode determinar o modo como as pessoas se relacionam entre si e com a empresa. Quanto mais envolvidas, maior o seu desejo de contribuir para o crescimento do negócio.
O que é o clima organizacional, como ele influencia o ambiente corporativo e por que é tão importante trabalhá-lo nas empresas? Neste post, vamos refletir sobre essas questões e ajudar você a entender melhor os impactos de um bom clima.
Boa leitura!
O que é clima organizacional?
É o modo como as pessoas, entre gestores e times, percebem o ambiente em que trabalham. Essa percepção tem o poder de influenciar o comportamento e determinar o estado motivacional, com impacto individual e coletivo.
Todas as ações da organização para proporcionar um ambiente favorável influenciam em um clima organizacional. A cultura, os valores, os processos e procedimentos exigem atenção para que sejam instituídos considerando o bem-estar e a satisfação pessoal e profissional.
A pesquisa de clima, quando aplicada corretamente, mostra como pessoas colaboradoras se sentem em relação ao que a organização oferece e onde pode promover melhorias para tornar o ambiente cada vez mais agradável para trabalhar.
Quais fatores impactam no clima organizacional?
O clima organizacional reflete as emoções, as percepções e as experiências das pessoas colaboradoras no ambiente de trabalho. São inúmeros fatores que podem moldá-lo, tanto positivos quanto negativos, influenciando diretamente a motivação, a produtividade e o senso de pertencimento.
Criar um espaço onde as pessoas se sintam valorizadas exige ações conscientes e consistentes, que vão desde a liderança até as práticas diárias.
1. Atitudes que sejam exemplos
Uma organização sustentável nasce da coerência entre discurso e prática. Quando líderes e gestores demonstram, por meio de suas próprias ações, os valores que desejam promover, a base para relações de confiança se solidifica. Isso inclui atitudes simples, como mostrar comprometimento em cumprir prazos ou tratar todas as pessoas com respeito, independentemente de suas posições hierárquicas.
As pessoas colaboradoras observam atentamente o comportamento das lideranças. Por isso, um líder que assume erros, celebra conquistas coletivas e continua aprendendo incentiva as equipes a replicarem essas práticas.
O exemplo não apenas inspira, mas também cria um alinhamento natural entre os valores organizacionais e o comportamento diário — o que, por sua vez, fortalece o clima da empresa.
2. Transparência entre empresa e pessoas colaboradoras
Comunicação clara é um dos pilares para um bom clima organizacional. Quando a empresa estabelece fluxos de diálogo transparentes, passa uma mensagem de confiança e respeito.
Mais importante do que dizer “o quê” é explicar “por quê”. As pessoas colaboradoras precisam entender as razões por trás de decisões estratégicas ou mudanças estruturais. E a transparência deve ser bilateral. Criar canais para ouvir dúvidas, opiniões e até críticas pode estreitar laços e eliminar mal-entendidos.
Um profissional que percebe comprometimento com a verdade tende a se sentir mais integrado ao propósito da empresa, o que gera uma conexão mais significativa com o ambiente.
3. Aplicar feedback
Dar e receber feedback é uma prática que transcende a ideia de troca de opiniões. Bem estruturado, ele se torna um excelente instrumento de desenvolvimento e fortalecimento de relações no trabalho.
O retorno, quando bem fundamentado, oferece um direcionamento claro para que as pessoas entendam suas forças e pontos a melhorar.
O feedback não deve ser limitado aos aspectos técnicos do trabalho. Reconhecer atitudes, iniciativas criativas e esforço genuíno humaniza ainda mais essa troca.
Essa prática constrói uma cultura de aprendizado contínuo e estimula um ciclo onde todos contribuem para o crescimento em conjunto — o que fortalece laços e contribui para um ambiente mais colaborativo.
4. Remuneração e benefícios oferecidos
A percepção de justiça na remuneração é um fator determinante no clima organizacional. Ninguém gosta de sentir que seu esforço é subvalorizado. Muito além de salários, os benefícios têm papel ativo na construção de um ambiente acolhedor. Eles devem ser pensados como um complemento à qualidade de vida e ao propósito da empresa.
Por exemplo, oferecer horários flexíveis, programas de previdência complementar, apoio à saúde mental e oportunidades de qualificação reforça a mensagem de que a organização se preocupa com as pessoas como um todo.
Esses pequenos cuidados nunca passam despercebidos, pois fazem diferença no dia a dia de quem compõe a equipe e mostram o quanto a empresa valoriza suas contribuições.
5. Mais autonomia para as pessoas colaboradoras
Um ambiente que promove autonomia transforma o trabalho em algo mais envolvente. Quando quem faz parte das equipes sente que tem liberdade para tomar decisões, propor ideias ou adaptar práticas, ocorre um senso imediato de valorização das habilidades individuais.
A autonomia mostra confiança no potencial das pessoas colaboradoras, algo que eleva a autoestima no ambiente de trabalho.
Autonomia precisa vir acompanhada de suporte. A empresa deve deixar claro quais são os limites, os objetivos e os recursos disponíveis para auxiliar as decisões.
Um equilíbrio entre liberdade e direcionamento cria um espaço seguro para que as pessoas testem iniciativas, assumam responsabilidades e se sintam parte da construção do sucesso da organização.
Quais os principais indicadores do clima organizacional?
Mensurar o clima organizacional vai além de intuições ou impressões isoladas. Diversos indicadores ajudam a medir e compreender de forma objetiva o que está funcionando bem e o que precisa de atenção.
Um deles é a rotatividade, que indica o volume de desligamento de funcionários. Quando os índices são altos, pode ser um sinal de problemas no ambiente ou no alinhamento entre as expectativas da empresa e as de profissionais.
Outro alerta relevante está no aumento do absenteísmo. Ausências frequentes ou adoecimentos constantes não surgem do nada e podem estar ligados à insatisfação ou a um ambiente que não prioriza a saúde e o bem-estar das equipes.
Não menos importante, há os resultados de pesquisas formais de clima, que capturam de forma estruturada as opiniões e as percepções das pessoas colaboradoras. E o nível de engajamento reflete uma combinação de satisfação, motivação e compromisso, tornando-se um termômetro confiável de qualquer organização.
Qual a importância de trabalhar o clima organizacional nas empresas?
Se o clima está diretamente ligado ao comportamento e ao sentimento positivo que profissionais têm em relação à empresa em que trabalham, o clima organizacional é um dos principais pontos de atenção e cuidados.
É fundamental que as pessoas saiam de casa rumo ao trabalho certas de que encontrarão um ambiente seguro e agradável. A confiança é a base do relacionamento saudável entre equipes e lideranças.
Sem ela, em tempos de crise, por exemplo, as relações podem sofrer abalos e conflitos difíceis de resolver. Um time unido, caminhando na mesma direção, tende a permanecer mais forte quando sujeito a situações complexas.
Quando o clima organizacional é sadio, as pessoas sentem um desejo real de ajudar a empresa a atravessar momentos desafiadores e orgulho por defender a marca, os colegas e suas lideranças.
Impactos da boa gestão do clima organizacional
A união de uma boa gestão do negócio com a promoção de um clima organizacional favorável é um desafio para empreendedores, líderes e gestores do RH. Pode levar algum tempo até que todos os aspectos estejam mapeados e identificados para a aplicação das melhorias.
Quais são os impactos de uma boa gestão do clima organizacional? Ao longo dos 30 anos de atuação e aplicação de pesquisas de clima, o GPTW chegou a dados importantes, que comprovam o quanto o melhor lugar para trabalhar pode ser uma excelente estratégia para o negócio. Confira alguns resultados:
- ganhos de R$ 201 milhões com ideias das pessoas colaboradoras — o ranking do Great Place to Work de 2019 aponta que das 2.623 sugestões enviadas por organização dentre As 150 Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil, 2077 foram implementadas;
- rotatividade três vezes inferior ao restante do mercado — quando estimuladas, as pessoas tendem a permanecer no trabalho;
- retorno financeiro três vezes mais atraente para acionistas — profissionais felizes e autoconfiantes são 12% mais produtivos;
- elevação da confiança interna e do engajamento — a comunicação entre líderes e pessoas lideradas, com feedbacks bem construídos, ajuda a elevar o nível recíproco de confiança e engajamento.
Como o clima organizacional pode influenciar o ambiente de trabalho?
Os profissionais, no geral, passam mais horas dedicadas às empresas do que à sua própria vida. Essa é uma expressão enfatizada em diversos momentos da vida corporativa. Para valer a pena, a organização precisa oferecer mais que salários e benefícios.
Os maiores talentos, inclusive, estão em busca de desafios e oportunidades que correspondam às suas expectativas profissionais, de desenvolvimento e crescimento na carreira.
Um ambiente envolvente, com participação ativa de todos as pessoas colaboradoras nos projetos e decisões, estimula o sentimento de pertencimento, o que aumenta o engajamento e a produtividade.
A valorização e reconhecimento do desempenho, individual e coletivo, fortalece o modo como cada profissional enxerga a empresa. Todos esses aspectos contribuem para, cada vez mais, melhorar o clima organizacional.
Os cuidados com o clima organizacional não estão apenas no campo motivacional e emocional. As percepções dos indivíduos vão além e esbarram nas principais necessidades humanas como apontadas na pirâmide de Maslow.
Necessidades fisiológicas
As pessoas têm necessidades básicas que remetem à ideia de sobrevivência. São aspectos fisiológicos como comer, descansar, se proteger do frio ou calor. É importante que no ambiente de trabalho, elas sintam que podem contar com a empresa.
Necessidades de segurança
A segurança é um dos quesitos importantes e essenciais para a vida humana. A motivação para melhorar continuamente a qualidade do trabalho parte do sentimento de segurança em relação à estabilidade e à permanência no emprego — ter um vínculo duradouro proporciona meios de manter a vida segura.
Necessidades sociais
Ser participativo e sociável é também uma necessidade que se estende para as relações de trabalho. O tempo dividido com os colegas e liderança aproxima as pessoas, que podem se tornarem amigas fora do ambiente corporativo.
O clima harmonioso dentro da empresa favorece o modo que agem na vida pessoal. O contentamento e a realização profissional tornam as pessoas mais alegres, bem dispostas e abertas a aproveitar as horas de lazer sem se sentirem tensas e pressionadas.
Necessidades de autoestima
O reconhecimento das habilidades e competências, assim como a valorização de um trabalho bem executado, elevam a autoestima. Com isso, o profissional passa a ser visto como peça fundamental para o êxito dos projetos, ganhando autoconfiança e respeito dos que estão à sua volta.
Necessidades de autorrealização
A permanência de talentos de uma empresa não se resume mais a bons salários e benefícios, sobretudo, entre o público mais jovem. Os profissionais querem ser desafiados em suas carreiras, contribuir para algo grandioso e prazeroso.
O desejo de autorrealização tem relação com o tratamento recebido na empresa, a autonomia de trabalho e a confiança depositada na capacidade de executar determinada tarefa — são pontos que tornam o clima acolhedor.
A empresa que deseja profissionais comprometidos e empenhados em fazer um bom trabalho precisam analisar e identificar o que cada um almeja para a sua vida pessoal e profissional.
Assim, será mais fácil harmonizar o ambiente, de modo a atender e corresponder às expectativas. Talvez não seja possível alcançar um nível de excelência em totalidade, mas o mais próximo disso, mudará o clima significativamente.
É primordial cuidar para que as instalações estejam adequadas e priorizem a saúde e o bem-estar das pessoas. Estruturas como banheiros, cozinha, estações de trabalho e iluminação devem estar em boas condições de uso.
As práticas de segurança do trabalho e ergonomia são importantes para assegurar que a pessoa colaboradora tenha qualidade de vida no ambiente de trabalho. A preocupação real e verdadeira com a saúde da equipe é um ponto positivo para a organização que não se detém apenas nas obrigações trabalhistas.
A comunicação interna é outro fator de grande relevância e que influencia no clima organizacional. Quando a informação circula de forma adequada, as conversas paralelas e desencontradas perdem a força, eliminando a “fofoca”, tão prejudicial nas relações de trabalho.
Uma comunicação eficaz é aquela que garante a informação padronizada, aos componentes da empresa. As mudanças, novidades, ocorrências ou atribuições devem ser compartilhadas periodicamente.
Os líderes devem confiar em seus liderados a ponto de delegar atividades, estabelecer os prazos e deixar que executem suas tarefas sem cobranças infundadas, ou monitoramento agressivo.
Os bons profissionais, interessados no desenvolvimento da carreira, sabem o que deve ser feito e não medirão esforços para se fazerem notados. Mas, para isso, é essencial dar a eles a autonomia sobre o trabalho em andamento.
Quais os impactos de um clima organizacional negativo?
Um clima organizacional prejudicado age como uma espécie de alerta silencioso sobre as dificuldades internas da empresa. Ele mina a produtividade, já que desmotivação dificilmente resulta em entregas de alta qualidade.
Sem contar que a falta de alinhamento entre as equipes tende a gerar conflitos desnecessários e desarmonia, afetando o andamento de projetos e até as relações interpessoais.
Mas os danos não são apenas operacionais. Sob um clima desorganizado, as pessoas colaboradoras podem chegar ao limite emocional, enfrentando esgotamento, frustração e até problemas de saúde mental.
O resultado disso é um ambiente tóxico que dificulta a retenção de talentos e reduz o potencial de crescimento da organização no mercado. Instituições que não priorizam esse cuidado muitas vezes perdem sua capacidade de inovar e engajar seus times.
A relação entre o clima organizacional e a cultura da empresa
A cultura organizacional engloba os valores, os hábitos e as crenças difundidas pela empresa e compartilhados com as pessoas colaboradoras. Ela deve funcionar em total sintonia com as estratégias do negócio e expectativas dos profissionais.
O alinhamento das informações e dos propósitos coletivos é que dá consistência e direcionamento à cultura, interagindo com o comportamento dos indivíduos e com as interferências externas.
As pessoas no centro do negócio
Por melhor que seja o produto ou serviço oferecido por uma empresa, as principais ferramentas e diferenciais de competitividade são as pessoas. Os profissionais que executam as tarefas têm mais condições de opinar sobre o que pode ou não dar certo.
É preciso escutar atentamente o que as pessoas colaboradoras têm a dizer sobre os processos e os projetos. Certamente, quem está na operação tem maior expertise para sugerir mudanças, alterações ou inclusões.
Colocar as pessoas no centro do negócio é dizer a elas o quanto são importantes e que a empresa depende das suas habilidades para se diferenciar no mercado. A consequência de evidenciar as competências traz benefícios para a organização, em médio e longo prazo.
Motivação e satisfação de profissionais
Profissionais que são valorizados e chamados a contribuir com o que sabem tendem a uma maior satisfação no ambiente de trabalho. O espaço compartilhado entre pessoas motivadas e engajadas fortalece o clima organizacional e une os membros de um time para juntos alcançarem melhores resultados.
Aumento da produtividade
A união faz a força, logo, a reciprocidade no trabalho estimulará maior produtividade. Ao colocar as pessoas no centro do negócio, tornando-as parte crucial da empresa, com possibilidades de mostrar do que são capazes, os resultados surgirão naturalmente.
Redução dos índices de turnover
As boas práticas da empresa que colocam profissionais como protagonistas e não apenas como espectadores ou meros coadjuvantes são, seguramente, favoráveis a plantar uma experiência enriquecedora na memória e no coração dos profissionais
A era do employee experience chegou para ressignificar as relações e fortalecer os vínculos de trabalho. Entre as consequências estão redução expressiva nos índices de turnover — pois, funcionários satisfeitos e valorizados não sentem a necessidade de buscar outro lugar para mostrar o seu talento.
Qual o papel da liderança no clima organizacional?
Gestores e líderes influenciam a maneira como cada pessoa se sente em relação à empresa. Portanto, o comportamento deles reflete imediatamente no ambiente coletivo. Uma boa liderança inspira, oferece suporte e promove um senso de pertencimento.
Além de ser um exemplo vivo, o líder moderno precisa se conectar com as necessidades de sua equipe, o que envolve:
- escutar ativamente;
- reconhecer esforços;
- intervir quando necessário.
Também está no papel da liderança disseminar a visão da empresa de forma clara e motivadora. Pessoas colaboradoras que enxergam propósito no que fazem têm mais chances de se engajar enquanto se desenvolvem pessoal e profissionalmente.
Por outro lado, lideranças inadequadas podem trazer mais desvantagens do que soluções. Em situações de autoritarismo, negligência ou falta de apoio, o resultado é um clima propício à insatisfação e ao conflito interno.
É por isso que investir no desenvolvimento dos gestores é essencial para criar uma cultura organizacional que respeite e inspire todos da equipe.
Avaliação do clima organizacional: uma importante ferramenta de gestão
Até que aqui falamos sobre as características de um clima organizacional favorável para a empresa e profissional, mas como reconhecer o clima ideal para a sua organização?
A avaliação do clima organizacional é uma importante ferramenta utilizada pela gestão em parceria com a área de Recursos Humanos para identificar os desejos e as percepções dos funcionários com relação à empresa.
Os resultados ajudam a traçar estratégias para a melhoria da saúde organizacional. A pesquisa de clima realizada com a metodologia GPTW auxilia as organizações no entendimento do ambiente de trabalho e o efeito causado nas pessoas colaboradoras.
Os descuidos com o ambiente de trabalho podem acarretar sérios danos para a organização. Ao menor sinal de conflito, quanto antes forem levantados os pontos de melhorias, mais rápido a empresa restabelece o clima organizacional.
Para Idalberto Chiavenato, um dos maiores especialistas em Recursos Humanos, a definição de clima organizacional é clara e objetiva, se dividindo em 2 aspectos:
“O conceito de clima organizacional envolve um quadro amplo e flexível da influência ambiental sobre a motivação. O clima organizacional é a qualidade ou propriedade do ambiente organizacional que: 1. É percebida ou experimentada pelos membros da organização. 2. Influencia o seu comportamento.”
Dessa forma, a organização deve saber que o clima organizacional, além de influenciar o estado emocional das pessoas colaboradoras, pode causar forte impacto nos resultados financeiros, em função do baixo nível motivacional e queda da produtividade.
A aplicação da pesquisa de clima pode revelar indicadores, por meio de apontamento e situações mensuráveis, não percebidas no dia a dia. Voltamos à importância de ouvir profissionais e estar preparado, inclusive, para feedbacks negativos, que sejam usados de modo construtivo no futuro.
As interferências externas não permitem que a evolução de uma empresa seja estática. É preciso lidar com a competitividade, as inovações tecnológicas e, sobretudo, com as possíveis crises econômicas.
A decisão de realizar a pesquisa de clima em momentos de crise, por exemplo, pode revelar medos e inseguranças que afetam o bom desempenho do trabalho. É ouvindo as pessoas colaboradoras que a empresa terá condições de adotar medidas apropriadas à realidade.
Cuidar do ambiente pode evitar adversidades e consequências mais graves, como:
- aumento do desperdício de materiais e perdas na produção;
- aumento dos conflitos;
- baixa na produtividade;
- baixo engajamento e desinteresse;
- diminuição da criatividade;
- falta de motivação e comprometimento;
- aumento dos índices de absenteísmo;
- aumento dos índices de turnover;
- perda de talentos.
Melhores práticas para um bom clima organizacional na empresa
Um bom clima organizacional se constrói com a colaboração de todos. Contar com as sugestões, opiniões ou até reclamações de profissionais pode ajudar a formular melhor um conceito de clima organizacional personalizado.
Cada empresa tem o ritmo e o modo de trabalho impostos pelo tipo de negócio. Identificar o que faz bem às pessoas colaboradoras e estimula sua produtividade é o melhor caminho para desenhar e favorecer o clima organizacional.
Algumas boas práticas também contribuem para um ambiente excelente de trabalho e redução dos níveis de estresse que acometem os profissionais que não se sentem confortáveis em seus locais de trabalho.
Descubra o que você pode aplicar na sua empresa!
Criação de um ambiente de confiança
A empresa que deseja um clima organizacional favorável ao ambiente corporativo precisa, acima de tudo, reconhecer a importância das pessoas que atuam dentro dela. Sendo assim, a qualidade de vida no trabalho é uma prioridade.
O ambiente deve oferecer segurança para que pessoas colaboradoras se sintam confiantes para desempenhar suas funções, sem se sentirem pressionadas. Dos equipamentos às pausas para descanso, preocupe-se em demonstrar aos profissionais que a empresa se importa com seu bem-estar.
As lideranças têm participação direta e efetiva no estado de segurança de profissionais. O relacionamento entre líder e times deve ser pautado na confiança, no diálogo e na troca de ideias — com foco no crescimento profissional e do negócio.
Promoção do equilíbrio da vida pessoal e profissional das pessoas colaboradoras
As longas jornadas com horas extras e excesso de trabalho são inimigas mortais da qualidade de vida e da saúde mental. Profissionais que não conseguem estabelecer limites para suas atividades tendem à queda de produtividade.
Mesmo que estejam dispostos e disponíveis a ultrapassar as horas normais de trabalho para a conclusão de um projeto, é responsabilidade da empresa adotar um planejamento que proporcione o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional das pessoas colaboradoras.
Existem novas formas de trabalho, como o home office, que podem ser uma boa alternativa para flexibilizar o horário e melhorar a qualidade de vida profissional de um talento imprescindível.
Descansar o corpo e a mente é primordial para a renovação de ideias. As boas horas de sono, o lazer e a pausa para realizações fora do ambiente de trabalho colaboram para um estado constante de astral elevado e boas energias.
Criação de programas de benefícios
Quanto mais customizados e aderentes à cultura e ao perfil de funcionários forem os benefícios oferecidos pela empresa aos seus profissionais, mais seguros eles se sentirão em relação à escolha de se manterem na empresa. O pacote de benefícios possibilita que cada profissional analise o que melhor atende às suas necessidades.
Se para uns o plano de saúde e odontológico para toda família é o melhor, para outros, ter uma jornada de trabalho flexível será uma excelente alternativa, que possibilitará buscar o filho na escola.
A criação dos programas de benefícios se dará conforme a realidade e as condições da empresa. É essencial, antes de implementar as políticas, ouvir profissionais para entender suas necessidades.
Realização de pesquisas de clima
As pesquisas são como termômetro e proporcionam um diagnóstico mais efetivo, possível de mensuração e adoção de medidas preventivas e corretivas. As variações do mercado e das perspectivas das pessoas colaboradoras, assim como as expectativas da empresa, sugerem a aplicação de tempos em tempos.
Uma pesquisa bem alinhada e fiel ao ambiente da organização, com perguntas direcionadas ao bem-estar das pessoas colaboradoras e que consideram as interferências do momento, apresentará resultados relevantes.
Com os dados apurados em mãos, a organização terá condições de evidenciar os pontos mais fortes e corrigir suas fraquezas. A pesquisa GPTW, por exemplo, é uma ferramenta completa que segmenta o público e identifica suas necessidades.
Sabemos que entre homens, mulheres, terceira idade e jovens, as diferentes necessidades condicionam sua forma de trabalho e comportamento. Com dados por segmento, a gestão de pessoas terá uma atuação mais direcionada e eficaz, no atendimento por demandas.
Qualquer empresa pode ser considerada o melhor lugar para trabalhar. Com as estratégias adequadas e mapeamento do que pessoas colaboradoras esperam da organização, é possível traçar objetivos claros e metas alcançáveis que tragam benefícios para todos.
Se o ambiente melhora, o clima organizacional se transforma e, com ele, as pessoas. É por meio delas e seu desejo de fazer um bom trabalho que se faz jus ao que a empresa oferece — e os bons retornos financeiros se tornam mais evidentes.
Gestão eficiente da experiência do profissional
As garantias de uma experiência enriquecedora para a pessoa colaboradora são desafiadoras e exigem que a empresa entenda as necessidades, além do momento de cada profissional, e ofereça aquilo que estimule seu engajamento.
Apesar da realidade e vida diferentes, alguns elementos são comuns em um ambiente corporativo. A inspiração é um fator que influencia a decisão de trabalhar todos os dias na mesma organização.
A valorização e o reconhecimento são essenciais se você deseja que sua empresa seja sempre lembrada com carinho e fidelidade por seus profissionais. Agradecer a parceria, dedicação e empenho faz toda a diferença no relacionamento.
Treinamento e desenvolvimento
O investimento na capacitação de profissionais é uma boa forma de mostrar que a empresa se importa com a renovação do conhecimento. Quanto mais habilidosos e competentes, melhor será a entrega.
Pessoas colaboradoras que recebem treinamento sem precisar pagar por isso se sentem valorizadas e estão propensas a querer devolver à empresa em forma de trabalho, no intuito de ajudar a organização a crescer e se consolidar no mercado.
A formação técnica é tão importante quanto o desenvolvimento pessoal. Por isso, conte com a equipe do RH para ajudar no diagnóstico das competências que devem ser trabalhadas individual e coletivamente.
O clima organizacional é como uma trilha que exige observação, mapeamento e identificação ao longo do percurso. Com curvas sinuosas, bifurcações e pouca sinalização, cabe aos gestores, contar com o auxílio dos companheiros de jornada para, juntos, encontrarem o melhor caminho.
Se você gostou deste post e deseja entender mais sobre os métodos de trabalho do GPTW, conheça agora mesmo a nossa metodologia de pesquisa e as suas ações destinadas à melhoria do clima e desempenho organizacional!
Em resumo
O que é clima organizacional?
É o modo como as pessoas, entre gestores e times, percebem o ambiente em que trabalham. Essa percepção tem o poder de influenciar o comportamento e determinar o estado motivacional, com impacto individual e coletivo.
Quais fatores impactam no clima organizacional?
Entre os fatores que impactam no clima organizacional estão:
- Atitudes que sejam exemplos;
- Transparência entre empresa e colaboradores;
- Aplicar feedback;
- Remuneração e benefícios oferecidos;
- Mais autonomia para os colaboradores.
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O clima organizacional é de suma importância para que os gestores e colaboradores cumpram seus objetivos com prazer e obstinação.
Além disso, conduz os gestores à forma correta de liderar e buscar o melhor de cada liderado.
Enfim, o clima organizacional sadio impacta direta e positivamente na operação, estrutura e desenvolvimento da empresa.