Por: Great Place To Work®

Por: Great Place To Work®

18 novembro, 2025 • 11:43

A jornada do colaborador representa todo o percurso vivido na organização, desde o primeiro contato até o desligamento. Compreender essa trajetória permite identificar experiências, percepções e pontos de melhoria que impactam diretamente o engajamento e a produtividade.

Ao analisar cada etapa dessa jornada, a liderança entende de forma mais ampla como políticas, processos e cultura influenciam o cotidiano das pessoas. Essa visão integrada fortalece o clima organizacional e orienta decisões estratégicas que sustentam o crescimento da empresa. Continue lendo!

O que é jornada do colaborador?

A jornada do colaborador é o conjunto de etapas e experiências que uma pessoa vive dentro da organização, desde o primeiro contato até o desligamento.

Essa trajetória permite compreender de forma estruturada como cada interação — com líderes, processos e cultura — influencia a percepção e o desempenho no trabalho.

Ao ser mapeada com intencionalidade, a jornada deixa de ser somente uma sequência de eventos e passa a representar uma estratégia de gestão de pessoas que orienta decisões, melhora o clima organizacional e impulsiona resultados.

Qual a importância da jornada do colaborador?

A jornada do colaborador é importante porque traduz a forma como a empresa se relaciona com quem faz parte dela. Cada experiência vivida influencia o engajamento, a produtividade e a permanência das pessoas, refletindo diretamente nos resultados do negócio.

Quando a organização entende essa jornada de ponta a ponta, consegue alinhar práticas de gestão, comunicação e desenvolvimento a uma cultura mais humana e consistente.

Esse olhar sistêmico permite antecipar desafios, fortalecer o sentimento de pertencimento e criar ambientes que estimulam a colaboração e o crescimento sustentável.

Qual a diferença entre Employee Journey e Employee Experience?

A diferença entre Employee Journey e Employee Experience está no foco de cada conceito:

  • a Employee Journey descreve as etapas e interações vividas pela pessoa colaboradora dentro da organização;
  • a Employee Experience reflete como ela percebe e sente essas experiências ao longo do tempo.

A jornada tem caráter estrutural, orienta processos e define pontos de contato. Já a experiência é subjetiva, moldada por fatores como cultura, liderança, reconhecimento e propósito.

Ao integrar as duas perspectivas, a empresa compreende não apenas o que acontece no ciclo de vida da pessoa colaboradora, mas também o impacto emocional e cultural de cada momento.

Quais as etapas da jornada do colaborador?

A jornada do colaborador é composta por etapas que refletem o ciclo de vida da pessoa dentro da empresa. Cada uma representa um momento-chave que influencia sua percepção sobre o ambiente e o vínculo com a organização. 

Compreender essas fases ajuda o RH a atuar com mais estratégia, criando experiências consistentes e coerentes com a cultura da empresa.

Atração e recrutamento

Essa é a porta de entrada da jornada. A empresa comunica sua proposta de valor, divulga oportunidades e inicia o contato com potenciais talentos.

Um processo de recrutamento transparente, ágil e alinhado à cultura organizacional fortalece a marca empregadora e atrai perfis mais adequados.

Onboarding

O onboarding marca o início da integração da nova pessoa colaboradora. Envolve treinamentos, apresentações e acompanhamento próximo nas primeiras semanas. Quando bem planejado, reduz o tempo de adaptação, aumenta a confiança e reforça o sentimento de pertencimento.

Desenvolvimento e crescimento

Essa etapa corresponde ao período de aprendizado e evolução dentro da organização, e inclui:

  • programas de capacitação;
  • mentorias;
  • feedbacks; e
  • oportunidades de ascensão.

Investir no desenvolvimento contínuo amplia o engajamento e gera impacto direto na performance individual e coletiva.

Retenção e engajamento

A retenção está relacionada à capacidade da empresa de manter pessoas motivadas e conectadas ao propósito. Políticas de reconhecimento, flexibilidade e equilíbrio entre vida pessoal e profissional contribuem para um ambiente mais estável e saudável.

Offboarding

O desligamento também faz parte da jornada da pessoa colaboradora. Um processo humanizado, que valoriza o histórico e oferece feedback construtivo, preserva a imagem da empresa e pode transformar ex-colaboradores em embaixadores da marca.

Quais os benefícios da jornada do colaborador?

A jornada do colaborador gera resultados que impactam toda a organização. Quando bem estruturada:

Cada benefício é consequência de experiências mais integradas, coerentes e humanas ao longo do ciclo profissional.

Aumento do engajamento e da satisfação de pessoas colaboradoras

Uma jornada bem conduzida faz com que as pessoas se sintam parte de algo maior. Quando percebem alinhamento entre propósito, cultura e práticas diárias, passam a enxergar sentido no trabalho e se tornam mais motivadas.

Essa conexão genuína reflete na satisfação e no engajamento, que deixam de depender somente de incentivos pontuais e passam a ser sustentados por relações de confiança e reconhecimento.

Melhora da produtividade e desempenho

A clareza sobre as etapas da jornada reduz ruídos e incertezas no dia a dia. Quando há entendimento sobre papéis, expectativas e oportunidades de desenvolvimento, as pessoas atuam com mais foco e autonomia.

Essa segurança influencia diretamente a produtividade e o desempenho, criando um ambiente em que metas são alcançadas de forma mais natural e sustentável.

Redução do turnover e retenção de talentos

O acompanhamento contínuo da jornada permite identificar sinais de desmotivação antes que eles se transformem em desligamentos.

A partir dessa visão, o RH pode agir preventivamente, ajustando políticas, práticas de reconhecimento e planos de carreira. Essa atenção reduz a rotatividade e fortalece o vínculo entre pessoas e empresa, favorecendo a permanência de talentos estratégicos.

Fortalecimento da marca empregadora

A experiência vivida por quem trabalha na organização é um reflexo direto da marca empregadora. Quando a jornada do colaborador é positiva, cada etapa gera percepções favoráveis que se espalham dentro e fora da empresa.

Isso fortalece a reputação, aumenta o interesse de novos talentos e consolida a imagem da organização como um bom lugar para trabalhar.

Identificação de pontos de dor e oportunidades de melhoria

Mapear a jornada permite visualizar claramente onde estão os gargalos e os momentos críticos da experiência da pessoa colaboradora. Esses insights orientam:

  • o redesenho de processos;
  • a melhoria de comunicações internas; e
  • o aprimoramento de políticas de gestão.

Ao tratar cada ponto de dor como uma oportunidade de evolução, a empresa constrói um ambiente mais responsivo e adaptável às necessidades das pessoas.

Tomada de decisões mais eficientes no RH

A análise dos dados e feedbacks obtidos ao longo da jornada oferece uma base para decisões mais estratégicas. Em vez de ações isoladas, o RH passa a direcionar esforços conforme evidências e prioridades reais do negócio.

Essa postura analítica aproxima a gestão de pessoas das metas corporativas e fortalece o papel da área como agente de transformação organizacional.

Como mapear a jornada do colaborador?

Mapear a jornada do colaborador significa compreender em profundidade as etapas, as percepções e as interações que moldam a experiência na empresa. Esse processo ajuda o RH a identificar:

  • o que funciona bem;
  • o que precisa ser aprimorado; e
  • quais ações podem gerar mais engajamento.

Um bom mapeamento depende de método, escuta ativa e visão integrada sobre pessoas e processos.

Defina o escopo e os objetivos

O primeiro passo é estabelecer o propósito do mapeamento. A empresa precisa entender se o foco está em melhorar o onboarding, reduzir o turnover, fortalecer a cultura ou redesenhar políticas internas.

Definir metas claras orienta a coleta de dados e dá direção ao processo. Essa etapa garante que o mapeamento tenha resultados práticos e contribua para decisões estratégicas no RH.

Identifique as personas das pessoas colaboradoras

Cada grupo na empresa tem expectativas e necessidades distintas. Criar personas ajuda a representar esses perfis de forma mais humana e próxima da realidade.

Ao identificar padrões de comportamento e motivações, o RH consegue desenhar jornadas que reflitam as experiências de diferentes áreas, cargos ou gerações. Esse olhar segmentado torna o processo mais preciso e empático.

Liste todos os pontos de contato

Os pontos de contato são os momentos em que a pessoa colaboradora interage com a empresa — da candidatura à saída. Listá-los permite entender como essas experiências se conectam e onde estão os principais desafios.

Recrutamento, integração, feedbacks e comunicações internas são exemplos de etapas que precisam ser observadas com atenção. Cada ponto pode reforçar a cultura ou gerar ruídos na experiência.

Colete dados e feedbacks

As percepções das pessoas colaboradoras são a base do mapeamento. Entrevistas, pesquisas de clima, grupos focais e formulários ajudam a captar sentimentos e percepções em diferentes momentos da jornada.

Esses dados revelam a experiência real e oferecem evidências para aprimorar políticas e práticas de gestão. O segredo está em combinar escuta qualitativa e dados quantitativos para gerar uma visão equilibrada.

Visualize a jornada

Com as informações organizadas, o próximo passo é traduzir o percurso em um mapa visual. Essa representação mostra todas as etapas, emoções e pontos de contato da pessoa colaboradora com a empresa.

Ferramentas de mapeamento facilitam a leitura e ajudam lideranças a compreender como cada decisão impacta a experiência das equipes. O mapa se torna um guia prático para alinhar estratégias e ações.

Analise os pontos de dor e oportunidades

A leitura crítica do mapa permite identificar gargalos e potenciais de melhoria. Momentos de frustração, comunicação falha ou ausência de reconhecimento precisam ser tratados como oportunidades de mudança.

Essa análise ajuda a priorizar iniciativas que gerem impacto real na experiência das pessoas e promovam avanços consistentes no clima organizacional.

Priorize e crie planos de ação

O mapeamento só gera valor quando se transforma em ação. Após identificar as prioridades, o RH deve construir planos estruturados com metas, responsáveis e prazos.

O ideal é começar por pequenas melhorias que tragam resultados rápidos e sirvam como aprendizado para mudanças maiores. A jornada do colaborador é dinâmica, e os planos precisam acompanhar essa evolução.

Como medir o sucesso da sua jornada do colaborador?

Medir o sucesso da jornada do colaborador é essencial para entender se as ações de gestão estão gerando impacto real na experiência e no desempenho das pessoas.

Os indicadores ajudam o RH a:

  • acompanhar o progresso das iniciativas;
  • identificar ajustes necessários; e
  • demonstrar o valor estratégico da área para a organização.

A combinação entre métricas quantitativas e qualitativas oferece uma visão completa dos resultados.

Taxa de retenção

A taxa de retenção mostra o percentual de pessoas que permanecem na empresa em determinado período. Quando esse número é alto, indica que o ambiente oferece boas condições de desenvolvimento e satisfação.

oscilações constantes podem sinalizar falhas na cultura ou na liderança. Acompanhar o indicador ao longo do tempo ajuda a avaliar a consistência das práticas de engajamento.

Taxa de absenteísmo

O absenteísmo mede o número de faltas e ausências não programadas. Altos índices podem refletir sobrecarga, desmotivação ou problemas de clima organizacional.

Entender as causas por trás do indicador permite adotar medidas preventivas, como:

  • ajustes na carga de trabalho;
  • melhoria de benefícios; e
  • incentivo ao equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Engajamento das pessoas colaboradoras

O engajamento revela o nível de envolvimento emocional e profissional das pessoas com a empresa. Pesquisas internas e feedbacks contínuos ajudam a mensurar esse sentimento.

Quando há alto engajamento, o reflexo aparece em maior colaboração, inovação e produtividade. Esse indicador é um dos principais termômetros da efetividade da jornada.

Satisfação das pessoas colaboradoras (NPS)

O NPS — Net Promoter Score — mede o quanto as pessoas recomendariam a empresa como um bom lugar para trabalhar. É um indicador direto da percepção de valor e da experiência interna.

Ao comparar resultados entre áreas e períodos, o RH identifica pontos fortes e aspectos que precisam ser aprimorados para aumentar o bem-estar e o orgulho de pertencimento.

Custo de contratação

O custo de contratação mostra quanto a empresa investe para atrair e integrar novas pessoas.

Quando a jornada do colaborador é eficiente, esse valor tende a diminuir, já que há menos rotatividade e maior compatibilidade entre cultura e perfil profissional.

O indicador também ajuda a avaliar a eficácia dos processos de recrutamento e seleção.

Tempo médio de permanência

Esse dado demonstra por quanto tempo, em média, as pessoas permanecem na organização. Uma permanência equilibrada indica que há oportunidades de crescimento e satisfação no trabalho.

Quando o tempo médio é muito baixo, o RH pode usar o mapeamento da jornada para entender o que motiva saídas precoces e ajustar processos de retenção.

Feedback em pontos-chave

Ouvir as pessoas em momentos estratégicos — como após o onboarding, avaliações de desempenho ou desligamentos — ajuda a mensurar percepções específicas da jornada. Esses feedbacks oferecem insights importantes sobre a experiência real vivida na empresa e orientam melhorias contínuas em políticas e práticas de gestão.

Pesquisa de clima organizacional

A pesquisa de clima consolida a percepção coletiva sobre a cultura, a liderança e o ambiente de trabalho. Seus resultados mostram se as ações de gestão estão sendo bem recebidas e onde é possível evoluir.

Realizar esse levantamento com regularidade garante uma leitura atualizada da experiência das pessoas e orienta decisões mais acertadas no RH.

Medir a jornada do colaborador vai além de analisar números. É compreender comportamentos, percepções e sentimentos que traduzem a saúde da cultura organizacional.

Ao combinar dados e escuta ativa, a empresa constrói ambientes mais coerentes, humanos e sustentáveis — e encontra, no clima interno, o reflexo mais fiel do seu sucesso. E a pesquisa de clima do GPTW é uma ótima ferramenta para dar o primeiro passo.

Em resumo

O que é jornada do colaborador?

Jornada do colaborador é o conjunto de etapas e experiências vividas por uma pessoa dentro da empresa, do recrutamento ao desligamento. Cada momento molda sua percepção, engajamento e relação com a cultura organizacional.

Como mapear a jornada do colaborador?

Mapear a jornada do colaborador envolve identificar etapas, pontos de contato e percepções das pessoas. O processo combina dados, feedbacks e análises para compreender a experiência e orientar melhorias em clima e gestão.

Créditos da imagem: Freepik

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