Por: Great Place To Work®

Por: Great Place To Work®

22 abril, 2025 • 8:56

O absenteísmo é um indicador de ausência dos membros da empresa e, quando elevado, pode indicar baixa produtividade e funcionários desengajados. Assim, entender sobre o indicador e seus efeitos é muito importante para quem atua na gestão de pessoas.

Esse índice representa as ausências dos profissionais no trabalho. Assim, especialmente quando falamos de situações evitáveis, a métrica fornece dados relevantes para melhorar as práticas de conduta.

O que é absenteísmo?

O absenteísmo é o indicador de ausência dos funcionários de seu local de trabalho durante os períodos designados para a execução de suas funções. Essas ausências podem ser justificadas, como por motivos de saúde ou licenças legais, ou injustificadas, quando não apresentam uma razão aceita pela empresa ou pela legislação.

Esse fenômeno é um indicador essencial para os profissionais de RH, ao refletir diretamente na saúde organizacional e na eficiência operacional da empresa. Por isso, a compreensão e monitoramento eficazes do absenteísmo são fundamentais para implementar estratégias que minimizem seu impacto e melhorem o ambiente de trabalho.

Quais os tipos de absenteísmo?

O absenteísmo pode ser categorizado de várias maneiras, como justificado, injustificado, voluntário, insatisfação, crônico e presenteísmo. Entender esses tipos ajuda o profissional de RH a diagnosticar problemas específicos na organização e a desenvolver intervenções mais direcionadas.

Afinal, por si só, o absenteísmo não é um problema, mas os motivadores que estão levando a uma  taxa de absenteísmo na empresa são os que devem ser analisados.

Justificado

O absenteísmo justificado ocorre quando as ausências são devidas a motivos reconhecidos e aceitos pela empresa e pela legislação, como doenças comprovadas, acidentes de trabalho, licenças parentais ou obrigações judiciais. Assim, esses casos são cobertos por políticas de RH e leis trabalhistas.

Injustificado

Já o absenteísmo sem justificativa ocorre quando um membro da empresa falta ao trabalho sem uma razão aceita pelas políticas internas da empresa ou pela legislação aplicável. Essas ausências não possuem justificativas legais ou autorizadas e podem indicar problemas mais profundos no relacionamento entre o colaborador e a organização.

Aqui é importante lembrar que as faltas sem justificativa podem impactar diretamente a remuneração, os direitos do colaborador e a sua própria permanência na empresa. Isso ocorre porque a própria legislação determina que, a partir de um número específico de faltas, o colaborador pode sofrer penalidades como:

  • perda do direito a férias;
  • demissão por justa causa por abandono de emprego;
  • impacto na remuneração do DSR (descanso semanal remunerado) e feriados.

Voluntário

O absenteísmo voluntário, de maneira distinta do que é presumido, abrange as ausências previamente programadas e acordadas com a empresa. Isso inclui folgas, compensações por banco de horas, licenças, participação em cursos e outras atividades similares que fazem parte do planejamento das organizações.

Insatisfação

O absenteísmo motivado por insatisfação surge quando os membros estão desmotivados com suas funções ou com a cultura da empresa. Este tipo de absenteísmo é um forte indicativo de que mudanças são necessárias para melhorar a cultura organizacional e a gestão de pessoas.

Aqui podemos associar este modelo ao conhecido movimento do quiet quitting, em que os membros estão desengajados e realizam apenas o essencial do seu trabalho. Isso pode ser tão prejudicial quanto às faltas regulares, pois afeta a qualidade do trabalho e a eficiência operacional.

Crônico

O absenteísmo crônico trata de um padrão de ausências frequentes e repetidas de um membro da empresa ao longo de um período prolongado. Essas ausências se caracterizam pela regularidade com que ocorrem, independentemente de serem justificadas ou não.

Assim, esse padrão constante de faltas impacta negativamente a produtividade, a eficiência e a moral da equipe, criando desafios adicionais para o gerenciamento e a coesão do grupo. Por isso, o acompanhamento constante do indicador é essencial para identificar e entender o que está levando ao excesso de faltas.

Presenteísmo

Embora não seja uma ausência física, o presenteísmo é considerado uma forma aproximada de absenteísmo. Assim, ele ocorre quando o membro da empresa está presente fisicamente, mas sua produtividade é comprometida devido a questões de saúde, estresse ou desmotivação que tiram sua mente do local de trabalho.

Qual a diferença entre absenteísmo, presenteísmo e turnover voluntário?

O absenteísmo é a ausência física do colaborador no ambiente de trabalho. Já o presenteísmo não tem relação com a presença física, mas com a baixa produtividade decorrente do desengajamento dos colaboradores. Por fim, o turnover é o desligamento de colaboradores da empresa, que pode sinalizar problemas no clima organizacional.

Absenteísmo

O absenteísmo concentra-se na ausência física dos colaboradores no ambiente de trabalho. Seja por motivos de saúde, licenças médicas ou faltas não justificadas, o absenteísmo impacta diretamente a disponibilidade da mão de obra.

Entender as causas desse fenômeno é crucial. Afinal, suas consequências vão além dos dias não trabalhados, afetando a continuidade operacional e a distribuição equitativa de responsabilidades entre os membros da equipe.

O monitoramento do absenteísmo exige que você as taxas de ausência e análise de padrões:

  • realizar avaliações de satisfação dos colaboradores;
  • levantar dados sobre controle de ponto;
  • comparar áreas e setores da empresa;
  • aplicar avaliações de desempenho.

Com o acompanhamento em mãos, precisamos de um ambiente de trabalho flexível para acomodar as necessidades individuais e promover uma cultura de apoio para diminuir esse índice.

Presenteísmo

O fenômeno do presenteísmo não se refere à presença física. Sua característica é quando os colaboradores estão no local de trabalho, mas sua produtividade é comprometida por desmotivação, estresse ou problemas de saúde

Essa complexidade destaca a necessidade de uma abordagem holística para avaliar o engajamento e o bem-estar dos colaboradores, apresentando desafios relacionados à qualidade e eficiência do trabalho. Isso porque, não basta a frequência da pessoa se não dispomos verdadeiramente de seu talento humano.

A identificação do presenteísmo exige que você observe indicadores reveladores dessa condição:

São sinais que indicam que os colaboradores podem estar presentes fisicamente, mas sua contribuição efetiva está comprometida.

Turnover voluntário

Já o turnover voluntário é a saída de colaboradores da empresa, em que a pessoa é quem pede o desligamento. Ele se diferencia da rotatividade involuntária, sendo influenciado por insatisfação, falta de oportunidades de desenvolvimento ou um clima organizacional ruim.

Cada partida representa a perda de um membro da equipe e o potencial declínio de conhecimentos e habilidades que contribuíram para o sucesso da empresa. A rotatividade eleva os custos com gestão de pessoas com rescisões trabalhistas, recrutamento, seleção e capacitação.

Acompanhar as taxas de rotatividade é o primeiro passo para identificar o turnover voluntário. Ademais, devemos realizar entrevistas de saída e conduzir pesquisas de clima organizacional para obter feedbacks valiosos sobre as razões subjacentes aos pedidos de demissão.

Compreender as nuances do presenteísmo, absenteísmo e turnover voluntário é essencial para implementar estratégias eficazes que promovam um ambiente de trabalho saudável e produtivo Esse cuidado facilita o atendimento às necessidades individuais e contribui para o sucesso global da organização.

Qual a importância de medir o absenteísmo?

O absenteísmo é um indicador-chave de recursos humanos. É uma métrica diretamente ligada à produtividade das equipes — que, por sua vez, impacta os resultados financeiros da organização.

Gerir a capacidade produtiva

A capacidade de produção é uma relação entre tempo e unidades produzidas. À medida que o absenteísmo subtraí horas disponíveis, seremos impactados na capacidade de criação e entrega de valor pela empresa.

Evitar a sobrecarga dos colegas

Para compensar as perdas, naturalmente outros membros da equipe terão de assumir as responsabilidades dos ausentes. Com o tempo, as ausências tendem a sobrecarregar o time, prejudicando a saúde, motivação e produtividade do grupo.

Controlar a taxa de rotatividade

O absenteísmo é um sinal claro de engajamento, saúde ou motivação insuficientes no trabalho. Sair da empresa será um passo natural para o integrante da equipe caso o quadro de insatisfação persista. Por isso, embora sejam fenômenos diferentes, o absenteísmo influencia o turnover.

Cuidar da saúde organizacional

Igualmente, à medida que as pessoas adoecem, seja por motivos de saúde física ou mental, existe um reflexo das ausências ao trabalho. O resultado é que o monitoramento sobre absenteísmo permite mapear desafios de saúde organizacional e implementar melhorias nas condições do ambiente de trabalho.

Reduzir custos financeiros

O absenteísmo também gera custos como horas extras, contratação de temporários e perda de receita. Medir essas ausências permite calcular os impactos financeiros e agir para minimizá-los, melhorando a eficiência organizacional.

Como calcular o absenteísmo na empresa?

A fórmula mais simples para medir esse indicador é:

  • (horas perdidas/ horas de trabalho esperadas) x 100.

As horas de trabalho esperadas são o tempo total previsto para o período. Nas horas perdidas, incluímos todos os períodos em que a pessoa deveria estar disponível, mas esteve ausente do trabalho.

Para ilustrar, considere um time de 6 pessoas e uma jornada de 5 dias por semana, sendo 8 horas de trabalho. Ao todo, são esperadas 240 horas de trabalho na semana.

Agora, considere que um membro da equipe se ausentou por 2 dias. Haveria, portanto, 16 horas perdidas. Aplicando a fórmula, teríamos o seguinte resultado:

  • 16/240 = 0,066;
  • 0,066 x 100 = 6,6%.

Uma segunda maneira de calcular o absenteísmo é contar as horas perdidas e trabalhadas, somando ambas para entender o impacto das ausências. Ela facilita o cálculo em meses com muitos feriados e demais variações na jornada.

A fórmula é a seguinte:

  • [horas de ausência/ (horas de ausência + horas trabalhadas)] x 100.

O primeiro passo dessa fórmula é fazer a contagem das horas de ausência e de trabalho nos registros da empresa. Imagine que uma equipe com 10 pessoas trabalhou 18 dias no mês, em uma jornada de 8 horas por dia. Ao mesmo tempo, constam 10 faltas de colaboradores.

Nesse caso, o total de horas trabalhadas foi de 1.444 horas (18 dias x  8 horas x 10 pessoas). Por sua vez, as faltas totalizam 80 horas (8 horas x 10 dias). Aplicando a fórmula, teríamos o resultado abaixo:

  • [80/ (80 + 1.444)] x 100;
  • [80/1.520] x 100;
  • 0,052 x 100 = 5,2%.

Escolha entre os cálculos conforme as informações que são mais fáceis de acompanhar na realidade da sua empresa.

Existe uma taxa aceitável de absenteísmo?

A taxa aceitável de absenteísmo varia entre diferentes setores e também pode depender do porte e das políticas específicas de cada empresa. Assim, não existe um valor único ou consenso universal sobre o índice ideal, já que diferentes indústrias enfrentam desafios e dinâmicas distintas que influenciam essa métrica.

Por exemplo, no setor de serviços, a taxa média de absenteísmo é de cerca de 5%. Este setor envolve de forma frequente interações diretas com clientes e uma necessidade contínua de disponibilidade de pessoal, o que torna as ausências particularmente desafiadoras.

Já no setor varejista, a taxa de absenteísmo pode variar de 7% a 10%, refletindo desafios como o alto turnover de funcionários e a natureza física do trabalho, que podem levar a mais licenças médicas e faltas.

Dessa forma, muitas empresas consideram um índice de até 4% como uma taxa aceitável de absenteísmo. No entanto, é fundamental que cada organização estabeleça seus próprios benchmarks internos, considerando suas condições específicas de trabalho, a cultura organizacional e as expectativas de desempenho.

Os principais impactos do absenteísmo no trabalho

Quando esse indicador está elevado, ele gera consequências negativas para a empresa, já que tem uma relação inversamente proporcional à capacidade produtiva máxima da equipe. Assim, quanto maior o absenteísmo, menor é a quantidade de serviços que o time consegue entregar ao longo do mês, gerando impactos como:

Redução na produtividade da equipe

O absenteísmo frequentemente leva à redução na produtividade da equipe. Quando um ou mais membros estão ausentes, em especial de forma não planejada, o ritmo de trabalho e a eficiência geral podem ser comprometidos.

Isso ocorre porque as tarefas desses membros ausentes muitas vezes precisam ser redistribuídas entre os colaboradores presentes, o que pode desviar o foco de suas próprias responsabilidades e atrasar a conclusão dos projetos.

Redução na qualidade da entrega

A qualidade das entregas também pode ser afetada negativamente pelo absenteísmo. Afinal, toda a empresa funciona em uma relação de equilíbrio, e quando a equipe está com menos membros para executar as tarefas, a pressa em cumprir prazos e a sobrecarga de trabalho podem levar a erros e a uma menor atenção aos detalhes.

Dessa forma, ele não só afeta o produto ou serviço final, mas também pode prejudicar a reputação da empresa e a satisfação do cliente.

Elevação de custos para empresa

O absenteísmo resulta em custos diretos e indiretos para as empresas. Os custos diretos incluem pagamentos por horas extras a outros colaboradores ou a contratação de pessoal temporário para cobrir as ausências.

Além disso, há custos indiretos como a perda de produtividade e a possível perda de receita devido à diminuição da qualidade nas entregas. Esses custos acumulados podem afetar significativamente o orçamento operacional da empresa.

Sobrecarga de outros colaboradores

A sobrecarga de trabalho sobre os colaboradores que estão presentes é uma das consequências mais imediatas do absenteísmo. Esses membros da equipe precisam assumir cargas de trabalho adicionais, o que pode levar ao estresse e ao desgaste profissional.

No longo prazo, isso reduz a eficiência da equipe e pode contribuir para um ciclo vicioso de mais absenteísmo, desta vez devido a questões de saúde mental e física causadas pela sobrecarga de trabalho.

Quais as causas do absenteísmo no trabalho?

Entre as causas do absenteísmo, boa parte pode ser trabalhada com práticas de gestão de pessoas. Quando excluímos os verdadeiros imprevistos, oito deles são bastante recorrentes:

Falta de motivação do colaborador

Se os colaboradores estão desmotivados, a tendência é que exista certa indiferença com a pontualidade e disciplina na organização. Essa falta de disposição pode ter diversas fontes:

  • problemas pessoais;
  • relação ruim com o líder ou com os colegas;
  • falta de significado no trabalho;
  • ausência de perspectiva de crescimento;
  • questões de saúde.

Geralmente, motivação e engajamento caminham juntos. A falta de vontade para trabalhar reflete no comprometimento com os objetivos e metas.

Gaps de competência

A pontualidade e a disciplina são soft skills bastante ligadas à capacidade de gerir o tempo e ter organização. Consequentemente, parte dos colaboradores pode ter dificuldades em cumprir as jornadas propostas, elevando as ausências ao trabalho.

Clima organizacional

Outro fator decisivo é o sentimento dos colaboradores sobre trabalhar na empresa. O clima organizacional oferece grande margem para melhorias por estar relacionado às experiências no ambiente de trabalho que podem ser diversas.

Nesse sentido, o contexto é fundamental. Trabalhar em lugares onde as pessoas são tratadas de forma justa reduz o absenteísmo, pois há confiança entre líder e liderado, os colegas se ajudam e a empresa reconhece o trabalho prestado.

Cultura da empresa

O absenteísmo também pode ser causado por comportamentos de indisciplina tolerados. Ou seja, o que deveria ser excepcional se torna uma norma, e todos os colaboradores são negativamente influenciados para adotar as mesmas atitudes.

Condições ruins de trabalho

Ambientes de trabalho inadequados são uma causa significativa de absenteísmo. Isso pode incluir condições físicas precárias, como iluminação insuficiente, ruído excessivo, e equipamentos desatualizados e ergonomicamente inadequados.

Além disso, um ambiente psicológico negativo, caracterizado por falta de apoio, ruídos de comunicação ou alta pressão, também pode levar à falta de comparecimento dos colaboradores.

Jornada de trabalho excessiva

Jornadas de trabalho excessivamente longas ou intensivas sem períodos adequados de descanso podem causar esgotamento físico e mental dos colaboradores. Esse desgaste não só diminui a produtividade, mas também pode levar a problemas de saúde mais sérios, resultando em faltas frequentes no trabalho.

Doenças relacionadas ou não ao trabalho

Doenças, sejam elas diretamente relacionadas ao ambiente de trabalho ou de natureza pessoal, são uma das causas mais comuns de absenteísmo.

Assim, problemas de saúde relacionados ao trabalho podem incluir condições como estresse ocupacional, lesões físicas devido a acidentes ou má ergonomia, e doenças causadas por exposição a materiais perigosos.

Doenças não relacionadas ao trabalho também impactam a presença dos colaboradores, especialmente quando não há políticas de suporte à saúde.

Conflitos

Conflitos interpessoais no trabalho, incluindo desentendimentos com colegas ou gestores, podem criar um ambiente desagradável e levar a um aumento no absenteísmo. Tais situações podem ser intensamente estressantes, levando os colaboradores a evitar o ambiente de trabalho para escapar do estresse emocional e das tensões contínuas.

Como identificar o absenteísmo na empresa?

Estratégias eficazes para a identificação precoce e o enfrentamento do absenteísmo são essenciais para promover ambientes de trabalho saudáveis e produtivos.

Colete os dados sobre tempo das equipes

A tecnologia, como softwares de gestão tempo e controle de ponto, é importante para o cruzamento de dados sobre as ausências. É importante não só calcular as taxas de absenteísmo, como identificar padrões e tendências nas faltas, como motivos mais comuns, presença de justificativa,frequência de atrasos e impacto na produtividade.

Mantenha um histórico do registro médico

Os registros médicos são importantes para entender se o absenteísmo foi justificado ou injustificado. Outro ponto é que, a partir deles, podemos entender se as razões para ausência são doenças e acidentes ligadas ao trabalho:

  • burnout;
  • lesões por esforço repetitivo;
  • asma ocupacional;
  • dermatoses.

Também será importante entender se a ocorrência foi um caso isolado ou se existe uma padrão que levará a mais absenteísmo no futuro.

Organize os feedbacks recebidos

As razões apresentadas para as ausências podem ser organizadas e categorizadas para mapear as causas mais comuns. Por exemplo, faltas por problemas de saúde, motivos pessoais, atrasos recorrentes ou falta de motivação são exemplos. Isso permite entender o tipo de absenteísmo, se ligado a questões médicas, desengajamento ou fatores externos, como problemas de transporte ou responsabilidades familiares.

Quais exemplos mais comuns de absenteísmo?

Os casos mais comuns de absenteísmo são as doenças e lesões, insatisfação no trabalho e problemas pessoais.

Doenças e lesões

A saúde é uma influência direta no absenteísmo. Colaboradores enfrentando problemas de saúde, sejam eles físicos ou mentais, muitas vezes necessitam de licenças médicas ou dias de ausência para cuidar de si.

Insatisfação no trabalho

Colaboradores descontentes podem ver as faltas como uma maneira de evitar um ambiente que não atende às suas expectativas ou necessidades profissionais.

Problemas pessoais

Questões pessoais, como problemas familiares, dificuldades financeiras ou eventos traumáticos, podem afetar diretamente a presença no trabalho. A necessidade de lidar com questões pessoais muitas vezes leva a ausências temporárias.

13 estratégias para reduzir o absenteísmo 

Agora que já entendemos o significado e quais são as causas, podemos aplicar medidas corretivas para melhorar esse indicador. Como é sempre importante ter prioridades, listamos as 13 ações com maior impacto.

1. Aplique avaliações de desempenho

Em primeiro lugar, devemos compreender quais são os colaboradores, equipes e setores que mais afetam este índice. Para isso, inclua questões sobre pontualidade, presença dos colaboradores nos questionários de avaliação de desempenho ou utilize os registros de ponto da empresa para levantar informações.

2. Faça a pesquisa de clima organizacional

O passo seguinte é coletar dados, ouvindo os colaboradores sobre como é trabalhar na empresa. A pesquisa de clima organizacional é bastante ampla e oferece uma percepção completa do ambiente de trabalho, por exemplo:

  • bem-estar;
  • employee experience;
  • satisfação com benefícios;
  • relação com líderes e colegas;
  • perspectiva de crescimento.

Com os resultados da pesquisa de clima, você saberá quais são os pontos de melhoria. Além disso, pode correlacionar os dados e os resultados da avaliação de desempenho, verificando se os departamentos em que há maior absenteísmo são também os de pessoas mais insatisfeitas com as práticas da empresa.

3. Defina metas de melhoria

A melhoria dessa prática é uma via de mão dupla. De um lado, o colaborador precisa ser informado sobre o desempenho insatisfatório e ter orientações para melhorar. De outro, a empresa deve atuar nos pontos fracos do ambiente de trabalho.

As metas para o colaborador podem ser elaboradas com a metodologia OKR, conectando a presença ao trabalho como resultado-chave para um objetivo do trimestre. Já as medidas empresariais podem se basear no benchmarking, se inspirando em organizações que foram bem-sucedidas em desafios semelhantes.

4. Melhore as práticas culturais

Outra medida importante é adotar processos que contribuam para a melhoria do clima organizacional, motivação e engajamento dos colaboradores. Aqui no GPTW, por exemplo, sugerimos 9 práticas culturais como forma de construir um excelente lugar para trabalhar:

  • inspirar — envolvimento das pessoas pela missão, visão, valores e metas da empresa, dando significado às suas tarefas;
  • falar — compartilhamento de informações com clareza, linguagem adequada e transparência;
  • escutar — colaboradores são ouvidos e suas sugestões são realmente consideradas;
  • agradecer — reconhecimento do trabalho de forma justa e imparcial;
  • desenvolver — contribuição para o crescimento do profissional;
  • cuidar — foco no bem-estar físico e mental, bem como nas necessidades dos colaboradores;
  • contratar e receber — identificação de talentos adequados aos valores da empresa e integração deles ao time;
  • celebrar — valorização das conquistas com toda a equipe, inclusive com rituais internos;
  • compartilhar — parceria entre colaborador e empresa, troca de ideias, esforços e informações sobre desempenho.

5. Invista em treinamentos

A presença dos colaboradores pode ser melhorada com treinamentos. Isso ocorre com programas voltados para produtividade, disciplina e organização, e para qualificações para aumentar o engajamento dos colaboradores.

Ademais, é importante avaliar a formação de líderes. Muitas vezes, a empresa conta com profissionais que dominam a parte técnica, mas dependem exclusivamente do poder hierárquico para comandar as equipes.

Assim, mesmo quem já é líder pode alcançar estágios mais avançados, como passar de apenas influenciar pessoas para ajudar no crescimento profissional delas.

6. Implemente programas de incentivo

Os programas de incentivos fortalecem a motivação e engajamento no trabalho, por meio de reforço positivo para comportamentos adequados. Com isso, podemos premiar a assiduidade, tornando a ausência uma conduta menos provável.

Outro motivo para adotar essa estratégia são os benefícios ligados à saúde no trabalho, como planos de saúde, acesso a atendimento psicológico e incentivos à prática de atividades físicas. Muitas vezes, as empresas conseguem promover um ambiente mais saudável, reduzindo o absenteísmo e melhorando a qualidade de vida dos colaboradores

7. Analise o fit cultural durante o processo seletivo

Garantir que os novos colaboradores compartilhem os valores e a cultura da empresa é fundamental. Durante o processo seletivo, é importante avaliar as competências técnicas dos candidatos e seu alinhamento com a cultura organizacional.

Assim, colaboradores que se identificam com a cultura da empresa tendem a ser mais engajados e menos propensos ao absenteísmo.

8. Promova a cultura organizacional

A cultura organizacional também exerce uma influência relevante para reduzir as ausências. É preciso criar um ambiente em que o engajamento das pessoas seja o comportamento padrão, sendo reforçado socialmente pelo grupo.

Essa estratégia passa por criar um ambiente em que as pessoas se sintam valorizadas, ouvidas e parte de um propósito maior. Reconhecer publicamente o bom desempenho e promover um clima de colaboração são exemplos. Assim, os colaboradores se sentirão mais motivados a contribuir e menos propensos a se ausentar sem necessidade.

9. Invista em comunicação interna

Uma comunicação eficaz dentro da organização pode prevenir muitos problemas que levam ao absenteísmo. Isso inclui manter todos os colaboradores informados sobre as políticas da empresa, as mudanças e as expectativas. Além disso, uma comunicação aberta permite que os colaboradores expressem suas preocupações e sugestões, o que pode melhorar o ambiente de trabalho e reduzir mal-entendidos e conflitos.

10. Ofereça um ambiente de trabalho saudável

Investir em um ambiente de trabalho que promova a saúde física e mental dos colaboradores é essencial. Isso pode incluir a melhoria das condições do local de trabalho, como ergonomia, iluminação e ventilação adequadas, além de oferecer programas de bem-estar que incluam atividades físicas, apoio psicológico e iniciativas de saúde preventiva.

11. Invista em flexibilidade

A criação de diferentes modelos de jornada permite que mais pessoas tenham suas rotinas acomodadas pelo trabalho, diminuindo o absenteísmo. Trata-se de um cuidado que será um incentivo para as equipes, ajudando a conciliar trabalho e vida pessoal.

Atualmente, existem diferentes formas de flexibilização:

  • regimes de tempo parcial;
  • home office;
  • jornada híbrida;
  • banco de horas;
  • semana de 4 dias.

O processo de adoção exige que você colete informações sobre as particularidades das empresas. Tempos ociosos durante a jornada, tempo gasto com transporte, nível de produtividade em diferentes horários e tipo de tarefas realizadas são alguns pontos de consideração.

12. Aplique o feedback frequentemente

Sempre voltamos ao ponto de que a comunicação é central no bem-estar das relações. Assim, a prática regular de fornecer feedback ajuda os colaboradores a entenderem melhor suas funções e expectativas e contribui para o seu desenvolvimento contínuo.

Feedbacks construtivos e regulares podem aumentar a satisfação e o engajamento dos colaboradores, reduzindo as chances de absenteísmo devido à desmotivação ou incertezas sobre o desempenho no trabalho.

13. Faça monitoramento frequente

O absenteísmo é um indicador que pode ser afetado por fatores externos e internos, que mudam ao longo do tempo. Não só isso, mas a mudança nas gerações no mercado de trabalho podem causar variações sobre as expectativas para com a empresa. Por exemplo, profissionais das gerações mais jovens, como Millennials e a Geração Z, são mais propensos a valorizar e buscar uma jornada de trabalho flexível. 

Essas gerações tendem a priorizar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, além de valorizar ambientes de trabalho que ofereçam autonomia e adaptabilidade. A expectativa pode contrastar com gerações anteriores, que priorizam muitas vezes a estabilidade e a estrutura tradicional de trabalho.

Os ajustes são parte do processo de negócios. Por isso, precisamos monitorar os indicadores continuamente, assim como a qualidade do ambiente de trabalho. 

Dica extra: Invista na jornada da certificação

Uma boa iniciativa é iniciar um processo de transformação da empresa em que a organização priorize as melhorias no ambiente de trabalho. Isso porque, ao ter problemas com absenteísmo, provavelmente também existem outras dificuldades, como turnover, falta de engajamento e saída de talentos.

A jornada da certificação do GPTW é um caminho lógico para o desenvolvimento organizacional. Nele, a empresa realiza a pesquisa de clima, entendendo quais são os pontos de melhoria em relação ao benchmarking das melhores organizações.

Além disso, você pode acessar o nosso banco de conhecimento com as melhores práticas de gestão de pessoas.

Com isso, atingimos as causas do indicador absenteísmo e melhoramos de forma integrada em um processo mais amplo de transformação. No final, as melhorias são reconhecidas com o selo GPTW, demonstrando que você alcançou o nível das melhores empresas para trabalhar.

O absenteísmo é um indicador que exige monitoramento constante, devido à relevância para produtividade e resultados dos negócios. Precisamos identificar fatores que causam prejuízo à saúde, motivação e engajamento no trabalho, assim como promover a conciliação entre trabalho e vida pessoal das pessoas. Tudo isso passa por um diagnóstico preciso com avaliação do clima organizacional da empresa.

Para entender como realizar esse diagnóstico, acesse nosso texto sobre indicadores de clima organizacional e fique por dentro das principais métricas essenciais para acompanhar!

Em resumo

O que é absenteísmo?

O absenteísmo são as horas de trabalho perdidas pela ausência de colaboradores.

Como calcular o absenteísmo?

O cálculo pode ser feito com a fórmula: (horas perdidas/ horas de trabalho previstas) x 100).

Como reduzir o absenteísmo nas empresas?

Estratégias eficazes para reduzir o absenteísmo são:

1. Aplique avaliações de desempenho;

2. Faça a pesquisa de clima organizacional;

3. Defina metas de melhoria;

4. Melhore as práticas culturais;

5. Invista em treinamentos;

6. Implemente programas de incentivo;

7. Analise o fit cultural durante o processo seletivo;

8. Promova a cultura organizacional;

9. Invista em comunicação interna;

10. Ofereça um ambiente de trabalho saudável;

11. Invista em flexibilidade;

12. Aplique o feedback frequentemente;

13. Faça monitoramento frequente/

14. Invista na jornada de certificação GPTW.

Créditos da imagem: Freepik

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Conteúdos Relacionados

Assine a newsletter do GPTW

e fique por dentro das nossas novidades

Inscreva-se