Por: Great Place To Work®

Por: Great Place To Work®

4 junho, 2021 • 9:59

Quem atua na gestão de pessoas pode colher benefícios práticos ao entender o que é absenteísmo. Esse indicador afeta a produtividade da equipe e permite avaliar se a empresa consegue manter os colaboradores engajados.

Isso ocorre porque representa as ausências dos profissionais no trabalho. Assim, especialmente quando falamos de situações evitáveis, a métrica fornece dados relevantes para melhorar as práticas de conduta.

Você tem alguma dúvida? Abaixo, reunimos as principais informações e listamos 9 dicas para melhorar esse indicador de desempenho. Continue!

O que é absenteísmo?

O absenteísmo é o indicador de ausência dos membros da empresa de seu local de trabalho durante os períodos designados para a execução de suas funções. Essas ausências podem ser justificadas, como por motivos de saúde ou licenças legais, ou injustificadas, quando não possuem uma razão aceita pela empresa ou pela legislação.

Esse fenômeno é um indicador essencial para os profissionais de RH, ao refletir diretamente na saúde organizacional e na eficiência operacional da empresa. Por isso, a compreensão e monitoramento eficazes do absenteísmo são fundamentais para implementar estratégias que minimizem seu impacto e melhorem o ambiente de trabalho.

Os tipos de absenteísmo

O absenteísmo pode ser categorizado de várias maneiras, dependendo da natureza e das circunstâncias das ausências. Entender esses tipos ajuda o profissional de RH a diagnosticar problemas específicos na organização e a desenvolver intervenções mais direcionadas.

Afinal, por si só, o absenteísmo não é um problema, mas os motivadores que estão levando a uma alta taxa de absenteísmo na empresa são os que devem ser analisados para compreender o que está levando ao cenário. Por isso, a análise da causa raiz é sempre indispensável.

Presenteísmo

Embora não seja uma ausência física, o presenteísmo é considerado uma forma de absenteísmo. Assim, ele ocorre quando o membro da empresa está presente fisicamente, mas sua produtividade é comprometida devido a questões de saúde, estresse ou desmotivação.

Justificado

O absenteísmo justificado ocorre quando as ausências são devidas a motivos reconhecidos e aceitos pela empresa e pela legislação, como doenças comprovadas, acidentes de trabalho, licenças parentais ou obrigações judiciais. Assim, esses casos são cobertos por políticas de RH e leis trabalhistas.

Injustificado

Já o absenteísmo sem justificativa ocorre quando um membro da empresa falta ao trabalho sem uma razão aceita pelas políticas internas da empresa ou pela legislação aplicável. Essas ausências não possuem justificativas legais ou autorizadas e podem indicar problemas mais profundos no relacionamento entre o colaborador e a organização.

Aqui é importante lembrar que as faltas sem justificativa podem impactar diretamente a remuneração, os direitos do colaborador e a sua própria permanência na empresa. Isso ocorre porque a própria legislação determina que, a partir de um número específico de faltas, o colaborador pode sofrer penalidades como:

  • perda do direito a férias;
  • demissão por justa causa por abandono de emprego;
  • impacto na remuneração do DSR (descanso semanal remunerado) e feriados.

Voluntário

O absenteísmo voluntário, de maneira distinta do que é presumido, abrange as ausências previamente programadas e acordadas com a empresa. Isso inclui folgas, compensações por banco de horas, licenças, participação em cursos e outras atividades similares que fazem parte do planejamento das organizações.

Insatisfação

O absenteísmo motivado por insatisfação surge quando os membros estão desmotivados com suas funções ou com a cultura da empresa. Este tipo de absenteísmo é um forte indicativo de que mudanças são necessárias para melhorar a cultura organizacional e a gestão de pessoas.

Aqui podemos associar este modelo ao conhecido movimento do quiet quitting, em que os membros estão desengajados e realizam apenas o essencial do seu trabalho. Isso pode ser tão prejudicial quanto as faltas regulares, pois afeta a qualidade do trabalho e a eficiência operacional.

Crônico

O absenteísmo crônico trata de um padrão de ausências frequentes e repetidas de um membro da empresa ao longo de um período prolongado. Essas ausências se caracterizam pela regularidade com que ocorrem, independentemente de serem justificadas ou não.

Assim, esse padrão constante de faltas impacta negativamente a produtividade, a eficiência e a moral da equipe, criando desafios adicionais para o gerenciamento e a coesão do grupo. Por isso, o acompanhamento constante do indicador é essencial para identificar e entender o que está levando ao excesso de faltas.

Qual a importância de medir o absenteísmo?

Ele corresponde às ausências do colaborador, exigindo a realocação da força de trabalho dentro da empresa. A fórmula mais simples para medir esse indicador é: (horas perdidas ÷ horas de trabalho) x 100.

As horas incluídas no cálculo podem ser diferenciadas conforme o tipo de ausência do colaborador. Você pode, por exemplo, retirar as férias, licenças e faltas justificadas do cálculo.

As duas formas de medir são importantes. Ao avaliar as faltas de forma genérica, temos clareza sobre o impacto na capacidade produtiva, pois mesmo as ausências justificadas ou previstas em lei causam esse prejuízo.

Já a inclusão apenas de ausências irregulares esclarece a falta de engajamento. Afinal de contas, estamos falando de faltas voluntárias ao trabalho.

Existe uma taxa aceitável de absenteísmo?

A taxa aceitável de absenteísmo varia entre diferentes setores e também pode depender do porte e das políticas específicas de cada empresa. Assim, não existe um valor único ou consenso universal sobre o índice ideal, já que diferentes indústrias enfrentam desafios e dinâmicas distintas que influenciam essa métrica.

Por exemplo, no setor de serviços, a taxa média de absenteísmo é de cerca de 5%. Este setor envolve de forma frequente interações diretas com clientes e uma necessidade contínua de disponibilidade de pessoal, o que torna as ausências particularmente desafiadoras.

Já no setor varejista, a taxa de absenteísmo pode variar de 7% a 10%, refletindo desafios como o alto turnover de funcionários e a natureza física do trabalho, que podem levar a mais licenças médicas e faltas.

Dessa forma, muitas empresas consideram um índice de até 4% como uma taxa aceitável de absenteísmo. No entanto, é fundamental que cada organização estabeleça seus próprios benchmarks internos, considerando suas condições específicas de trabalho, a cultura organizacional e as expectativas de desempenho.

Os principais impactos do absenteísmo no trabalho

Quando esse indicador está elevado, ele gera consequências negativas para a empresa, já que tem uma relação inversamente proporcional à capacidade produtiva máxima da equipe. Assim, quanto maior o absenteísmo, menor é a quantidade de serviços que o time consegue entregar ao longo do mês, gerando impactos como:

Redução na produtividade da equipe

O absenteísmo frequentemente leva à redução na produtividade da equipe. Quando um ou mais membros estão ausentes, em especial de forma não planejada, o ritmo de trabalho e a eficiência geral podem ser comprometidos.

Isso ocorre porque as tarefas desses membros ausentes muitas vezes precisam ser redistribuídas entre os colaboradores presentes, o que pode desviar o foco de suas próprias responsabilidades e atrasar a conclusão dos projetos.

Redução na qualidade da entrega

A qualidade das entregas também pode ser afetada negativamente pelo absenteísmo. Afinal, toda a empresa funciona em uma relação de equilíbrio, e quando a equipe está com menos membros para executar as tarefas, a pressa em cumprir prazos e a sobrecarga de trabalho podem levar a erros e a uma menor atenção aos detalhes.

Dessa forma, ele não só afeta o produto ou serviço final, mas também pode prejudicar a reputação da empresa e a satisfação do cliente.

Elevação de custos para empresa

O absenteísmo resulta em custos diretos e indiretos para as empresas. Os custos diretos incluem pagamentos por horas extras a outros colaboradores ou a contratação de pessoal temporário para cobrir as ausências.

Além disso, há custos indiretos como a perda de produtividade e a possível perda de receita devido à diminuição da qualidade nas entregas. Esses custos acumulados podem afetar significativamente o orçamento operacional da empresa.

Sobrecarga de outros colaboradores

A sobrecarga de trabalho sobre os colaboradores que estão presentes é uma das consequências mais imediatas do absenteísmo. Esses membros da equipe precisam assumir cargas de trabalho adicionais, o que pode levar ao estresse e ao desgaste profissional.

No longo prazo, isso reduz a eficiência da equipe e pode contribuir para um ciclo vicioso de mais absenteísmo, desta vez devido a questões de saúde mental e física causadas pela sobrecarga de trabalho.

Quais as causas do absenteísmo no trabalho?

Entre as causas do absenteísmo, boa parte pode ser trabalhada com práticas de gestão de pessoas. Quando excluímos os verdadeiros imprevistos, oito deles são bastante recorrentes:

Falta de motivação do colaborador

Se os colaboradores estão desmotivados, a tendência é que exista certa indiferença com a pontualidade e disciplina na organização. Essa falta de disposição pode ter diversas fontes:

  • problemas pessoais;
  • relação ruim com o líder ou com os colegas;
  • falta de significado no trabalho;
  • ausência de perspectiva de crescimento;
  • questões de saúde.

Geralmente, motivação e engajamento caminham juntos. A falta de vontade para trabalhar reflete no comprometimento com os objetivos e metas.

Gaps de competência

A pontualidade e a disciplina são soft skills bastante ligadas à capacidade de gerir o tempo e ter organização. Consequentemente, parte dos colaboradores pode ter dificuldades em cumprir as jornadas propostas, elevando as ausências ao trabalho.

Clima organizacional

Outro fator decisivo é o sentimento dos colaboradores sobre trabalhar na empresa. O clima organizacional oferece grande margem para melhorias por estar relacionado às experiências no ambiente de trabalho que podem ser diversas.

Nesse sentido, o contexto é fundamental. Trabalhar em lugares onde as pessoas são tratadas de forma justa reduz o absenteísmo, pois há confiança entre líder e liderado, os colegas se ajudam e a empresa reconhece o trabalho prestado.

Cultura da empresa

O absenteísmo também pode ser causado por comportamentos de indisciplina tolerados. Ou seja, o que deveria ser excepcional se torna uma norma, e todos os colaboradores são negativamente influenciados para adotar as mesmas atitudes.

Condições ruins de trabalho

Ambientes de trabalho inadequados são uma causa significativa de absenteísmo. Isso pode incluir condições físicas precárias, como iluminação insuficiente, ruído excessivo, e equipamentos desatualizados e ergonomicamente inadequados.

Além disso, um ambiente psicológico negativo, caracterizado por falta de apoio, ruídos de comunicação ou alta pressão, também pode levar à falta de comparecimento dos colaboradores.

Jornada de trabalho excessiva

Jornadas de trabalho excessivamente longas ou intensivas sem períodos adequados de descanso podem causar esgotamento físico e mental dos colaboradores. Esse desgaste não só diminui a produtividade, mas também pode levar a problemas de saúde mais sérios, resultando em faltas frequentes no trabalho.

Doenças relacionadas ou não ao trabalho

Doenças, sejam elas diretamente relacionadas ao ambiente de trabalho ou de natureza pessoal, são uma das causas mais comuns de absenteísmo.

Assim, problemas de saúde relacionados ao trabalho podem incluir condições como estresse ocupacional, lesões físicas devido a acidentes ou má ergonomia, e doenças causadas por exposição a materiais perigosos.

Doenças não relacionadas ao trabalho também impactam a presença dos colaboradores, especialmente quando não há políticas de suporte à saúde.

Conflitos

Conflitos interpessoais no trabalho, incluindo desentendimentos com colegas ou gestores, podem criar um ambiente desagradável e levar a um aumento no absenteísmo. Tais situações podem ser intensamente estressantes, levando os colaboradores a evitar o ambiente de trabalho para escapar do estresse emocional e das tensões contínuas.

Como reduzir o absenteísmo em 9 estratégias

Agora que já entendemos o significado e quais são as causas, podemos aplicar medidas corretivas para melhorar esse indicador. Como é sempre importante ter prioridades, listamos as 9 ações com maior impacto.

1. Aplique avaliações de desempenho

Em primeiro lugar, devemos compreender quais são os colaboradores, equipes e setores que mais afetam este índice. Para isso, inclua questões sobre pontualidade, presença dos colaboradores nos questionários de avaliação de desempenho ou utilize os registros de ponto da empresa para levantar informações.

2. Faça a pesquisa de clima organizacional

O passo seguinte é coletar dados, ouvindo os colaboradores sobre como é trabalhar na empresa. A pesquisa de clima organizacional é bastante ampla e oferece uma percepção completa do ambiente de trabalho, por exemplo:

  • bem-estar;
  • employee experience;
  • satisfação com benefícios;
  • relação com líderes e colegas;
  • perspectiva de crescimento.

Com os resultados da pesquisa de clima, você saberá quais são os pontos de melhoria. Além disso, pode correlacionar os dados e os resultados da avaliação de desempenho, verificando se os departamentos em que há maior absenteísmo são também os de pessoas mais insatisfeitas com as práticas da empresa.

3. Defina metas de melhoria

A melhoria dessa prática é uma via de mão dupla. De um lado, o colaborador precisa ser informado sobre o desempenho insatisfatório e ter orientações para melhorar. De outro, a empresa deve atuar nos pontos fracos do ambiente de trabalho.

As metas para o colaborador podem ser elaboradas com a metodologia OKR, conectando a presença ao trabalho como resultado-chave para um objetivo do trimestre. Já as medidas empresariais podem se basear no benchmarking, se inspirando em organizações que foram bem-sucedidas em desafios semelhantes.

4. Melhore as práticas culturais

Outra medida importante é adotar processos que contribuam para a melhoria do clima organizacional, motivação e engajamento dos colaboradores. Aqui no GPTW, por exemplo, sugerimos 9 práticas culturais como forma de construir um excelente lugar para trabalhar:

  • inspirar — envolvimento das pessoas pela missão, visão, valores e metas da empresa, dando significado às suas tarefas;
  • falar — compartilhamento de informações com clareza, linguagem adequada e transparência;
  • escutar — colaboradores são ouvidos e suas sugestões são realmente consideradas;
  • agradecer — reconhecimento do trabalho de forma justa e imparcial;
  • desenvolver — contribuição para o crescimento do profissional;
  • cuidar — foco no bem-estar físico e mental, bem como nas necessidades dos colaboradores;
  • contratar e receber — identificação de talentos adequados aos valores da empresa e integração deles ao time;
  • celebrar — valorização das conquistas com toda a equipe, inclusive com rituais internos;
  • compartilhar — parceria entre colaborador e empresa, troca de ideias, esforços e informações sobre desempenho.

5. Invista em treinamentos

A presença dos colaboradores pode ser melhorada com treinamentos. Isso ocorre com programas voltados para produtividade, disciplina e organização, e para qualificações para aumentar o engajamento dos colaboradores.

Ademais, é importante avaliar a formação de líderes. Muitas vezes, a empresa conta com profissionais que dominam a parte técnica, mas dependem exclusivamente do poder hierárquico para comandar as equipes.

Assim, mesmo quem já é líder pode alcançar estágios mais avançados, como passar de apenas influenciar pessoas para ajudar no crescimento profissional delas.

6. Analise o fit cultural durante o processo seletivo

Garantir que os novos colaboradores compartilhem os valores e a cultura da empresa é fundamental. Durante o processo seletivo, é importante avaliar as competências técnicas dos candidatos e seu alinhamento com a cultura organizacional.

Assim, colaboradores que se identificam com a cultura da empresa tendem a ser mais engajados e menos propensos ao absenteísmo.

7. Invista em comunicação interna

Uma comunicação eficaz dentro da organização pode prevenir muitos problemas que levam ao absenteísmo. Isso inclui manter todos os colaboradores informados sobre as políticas da empresa, as mudanças e as expectativas. Além disso, uma comunicação aberta permite que os colaboradores expressem suas preocupações e sugestões, o que pode melhorar o ambiente de trabalho e reduzir mal-entendidos e conflitos.

8. Ofereça um ambiente de trabalho saudável

Investir em um ambiente de trabalho que promova a saúde física e mental dos colaboradores é essencial. Isso pode incluir a melhoria das condições do local de trabalho, como ergonomia, iluminação e ventilação adequadas, além de oferecer programas de bem-estar que incluam atividades físicas, apoio psicológico e iniciativas de saúde preventiva.

9. Aplique o feedback frequentemente

Por fim, sempre voltamos ao ponto de que a comunicação é central no bem-estar das relações. Assim, a prática regular de fornecer feedback ajuda os colaboradores a entenderem melhor suas funções e expectativas e contribui para o seu desenvolvimento contínuo.

Feedbacks construtivos e regulares podem aumentar a satisfação e o engajamento dos colaboradores, reduzindo as chances de absenteísmo devido à desmotivação ou incertezas sobre o desempenho no trabalho.

Dica extra: Invista na jornada da certificação

Uma boa iniciativa é iniciar um processo de transformação da empresa em que a organização priorize as melhorias no ambiente de trabalho. Isso porque, ao ter problemas com absenteísmo, provavelmente também existem outras dificuldades, como turnover, falta de engajamento e saída de talentos.

A jornada da certificação do GPTW é um caminho lógico para o desenvolvimento organizacional. Nele, a empresa realiza a pesquisa de clima, entendendo quais são os pontos de melhoria em relação ao benchmarking das melhores organizações.

Além disso, você pode acessar o nosso banco de conhecimento com as melhores práticas de gestão de pessoas.

Com isso, atingimos as causas e melhoramos de forma integrada em um processo mais amplo de transformação. No final, as melhorias são reconhecidas com o selo GPTW, demonstrando que você alcançou o nível das melhores empresas para trabalhar.

A diferença entre absenteísmo e turnover

Absenteísmo e turnover são conceitos críticos, mas referem-se a fenômenos distintos. Assim, as diferenças incluem a temporalidade (temporária no absenteísmo, permanente no turnover) e o impacto (diário e operacional no primeiro, estratégico e de longo prazo no segundo).

Isso porque o absenteísmo é um indicativo do nível de engajamento e bem-estar dos colaboradores, e aponta para necessidades imediatas de ajustes nas condições de trabalho ou na cultura organizacional para melhorar a moral e a eficiência.

Já o turnover é a saída permanente dos membros da organização, que podem ser substituídos por novos integrantes, mas que traz custos relacionados a recrutamento, treinamento e perda de conhecimento, afetando a estabilidade e a continuidade operacional da empresa.

O absenteísmo e o turnover são considerados indicadores chave para uma empresa, mas existem diversos outros tão relevantes quanto eles. Acesse nosso texto sobre indicadores de clima organizacional e fique por dentro das principais métricas essenciais para acompanhar.

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