Quem busca formas de melhorar o engajamento dos funcionários precisa ficar atento ao papel do líder. Os líderes são a própria empresa diante dos colaboradores, e suas ações influenciam o compromisso e envolvimento das pessoas para com a organização.
Para você ter uma ideia, 8 de cada 10 funcionários pedem demissão por causa do chefe. Logo, transformar quem está à frente das equipes faz toda a diferença, quando pensamos em motivação, engajamento e permanência de talentos, entre outros objetivos da gestão de pessoas.
Neste conteúdo, abordamos como ter uma atuação mais adequada junto às equipe e tornar as pessoas mais engajadas e produtivas. Não deixe de conferir!
A importância do engajamento dos funcionários
O engajamento é um vínculo psicológico do colaborador para com a organização, em que ele demonstra envolvimento e comprometimento com o trabalho, resultado, metas e objetivos organizacionais. Logo, é um fator decisivo para o sucesso da empresa.
Em “Gestão de Pessoas: o Novo Papel dos Recursos Humanos nas Organizações”, 4 ed, Idalberto Chiavenato insere o engajamento de pessoas como pressuposto crítico para o processo de permanência de talentos. Assim, ele funciona ao lado do clima organizacional e da qualidade de vida no trabalho.
O especialista também aponta a lógica por trás desse requisito:
“o engajamento das pessoas na atividade organizacional depende do grau de reciprocidade percebido por elas: na medida em que o seu trabalho produz vantagens ou resultados esperados, maior será esse engajamento.”
As vantagens que vão gerar o engajamento dos colaboradores, como já abordamos anteriormente, devem ir além de salário e benefícios financeiros, contemplando uma experiência positiva no ambiente de trabalho. Nasce, portanto, o papel do líder como agente transformador.
O papel da liderança no engajamento dos funcionários
A liderança impacta o engajamento de diferentes maneiras, principalmente pela sua relação com o Employee Experience. Até mesmo, podemos medir a eficiência e eficácia dos comandantes pela capacidade de tornar as pessoas mais comprometidas e envolvidas com os propósitos da organização.
Deixar de ser chefe e tornar-se um líder
Inicialmente, o líder afeta positivamente o engajamento dos funcionários quando substitui a posição hierárquica pela influência. Afinal, o profissional será mais engajado se enxergar o significado das tarefas e for encorajado a agir, do que simplesmente cumprir ordens.
Um cuidado importante é saber quando é o momento de aplicar cada um dos estilos de liderança. O comandante precisa identificar as situações em que deve ser mais autocrático, liberal ou democrático, de acordo com os efeitos sobre o colaborador.
Satisfazer as necessidades dos colaboradores
Os colaboradores veem o líder como o detentor dos meios para satisfazer os seus desejos e necessidades. Portanto, saber reconhecer e recompensar, promovendo a percepção de justiça no ambiente de trabalho, também afeta o engajamento.
Aqui, o papel do líder está relacionado a desenvolver uma cultura justa, em que as cobranças e ganhos sejam proporcionais às situações. Com isso, espera-se um vínculo de lealdade e confiança entre profissional e chefia.
Ter habilidades de relacionamento interpessoal
Um terceiro desafio são as soft skills. Frequentemente, as pessoas assumem cargos de liderança pelos méritos em funções orientadas para tarefas e enfrentam dificuldades para se comunicar, gerir conflitos, motivar, desenvolver pessoas etc.
Por isso, faz parte do papel do líder desenvolver competências e torna-se mais eficaz em suas ações para promover o engajamento dos funcionários. Quanto mais qualificado, menos o profissional dependerá da posição hierárquica para comandar.
Promover os valores organizacionais
As ações dos líderes validam o discurso da empresa, promovendo os valores organizacionais junto aos colaboradores. Logo, para que as pessoas se identifiquem com a cultura, quem está à frente do time precisa agir corretamente.
Se a empresa prega respeito, humanização, confiança e afins, o líder não pode fugir desses princípios. Do contrário, não haverá nenhuma razão prática para que os colaboradores se comprometam com a organização.
Os fatores que desengajam os funcionários da empresa
Além de reconhecer o papel do líder, devemos eliminar posturas que prejudicam o engajamento dos funcionários. Logo abaixo, listamos quatro correções importantes na atuação de quem está à frente das equipes e nos processos de gestão de pessoas.
Burocracia
Barreiras desnecessárias e excessos de formalidades distanciam o colaborador do líder e da empresa. Além disso, com muita frequência, o profissional se torna apenas um número dentro da estrutura da organização. Logo, a burocracia não combina com o engajamento.
Desrespeito e comportamento inadequado
Humilhação, desrespeito, assédio, bullying e outras práticas inadequadas, como não poderia deixar de ser, minam qualquer possibilidade de engajamento dos funcionários. Logo, além de o líder policiar a própria conduta, é importante ter canais de denúncia e outros mecanismos de compliance.
Injustiça e parcialidade
Favorecer ou prejudicar pessoas indevidamente é outra conduta intolerável. Nesse caso, o líder deve ficar atento, até mesmo, aos processos decisórios, minimizando os efeitos de vieses que contaminam as escolhas. Sem contar a importância de pensar questões como inclusão e diversidade.
Excesso de trabalho
Os excessos de trabalho e cobrança também minam o engajamento dos funcionários. Afinal, sem o bem-estar e qualidade de vida, o salário torna-se o único motivo para se manter na empresa, e o profissional entregará o mínimo possível para obtê-lo.
As ferramentas para promover o engajamento
Por outro lado, o líder também pode reforçar os comportamentos que incentivam o engajamento dos funcionários. Assim como no tópico anterior, listamos os pontos-chave para promover as melhorias.
Escute os colaboradores
O líder será mais efetivo se for uma pessoa acessível, que demonstra um interesse genuíno em ouvir as demandas dos colaboradores. Ao escutar os funcionários, criamos reciprocidade: a empresa se preocupa com os objetivos individuais, e os colaboradores se comprometem com os objetivos organizacionais.
Receba feedbacks como oportunidade
A escuta ativa também envolve o comportamento do líder. Assim, se tiver uma postura adequada diante das críticas, o feedback dos liderados será uma grande oportunidade para melhorar e crescer em suas habilidades de comandante.
Avalie o desempenho do líder
Por isso mesmo, pesquisas de clima organizacional e avaliações de desempenho do líder são mecanismos úteis. Caso você esteja na posição do RH, os resultados vão orientar os próximos passos, como treinamentos, substituição e contratação de líderes.
Reconheça e celebre as vitórias do colaborador
Saber reconhecer o trabalho bem-feito, com feedbacks positivos e recompensas justas, é fundamental. Ademais, o líder deve celebrar as conquistas individuais como vitórias da equipe, tendo em vista o papel da reciprocidade no engajamento.
Invista em educação
Para finalizar, lembre-se de que a liderança depende de um conjunto de competências, que podem ser adquiridas pelos profissionais. Logo, a educação é um investimento com excelentes retornos para gestor e para organização.
No GPTW, por exemplo, temos diferentes formações, que abrangem os conhecimentos, habilidades e atitudes mais importantes. Neles, usamos nossa expertise sobre as práticas das melhores empresas para trabalhar, com o objetivo de ajudar profissionais e empresas a solucionarem os problemas de liderança.
Os cursos e programas de liderança GPTW inserem o profissional em uma jornada de desenvolvimento. No início, desenvolvemos competências para influenciar pessoas e não depender apenas da posição hierárquica. Depois, abordamos as práticas relacionadas à qualidade do ambiente de trabalho, produtividade e desenvolvimento de pessoas.
Sendo assim, a educação promoverá a transformação necessária para que o papel do líder seja desempenhado com eficiência e eficácia. Portanto, será o motor de mudanças importantes na empresa, contribuindo para o engajamento dos funcionários.
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