Por: Great Place To Work®

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25 julho, 2023 • 9:32

Você já conhece quais os tipos de cultura organizacional? Apesar de o tema cultura organizacional ser bastante disseminado no mercado, são poucas as empresas que já conseguiram identificar qual o seu modelo.

Essa identificação é essencial para compreender os formatos de pensamento, tendências de comportamento e quais valores devem ser estimulados para a garantia do sucesso da empresa.

Neste artigo, nós vamos apresentar quais são os tipos de cultura organizacional e como eles impactam nas empresas. Confira!

O que é cultura organizacional?

A cultura organizacional é todo o processo que envolve os aspectos que caracterizam uma empresa e o comportamento de seus integrantes.

Assim, ela aborda todos os traços, valores, premissas e ensinamentos praticados pela empresa e ensinado aos colaboradores e colaboradoras.

De forma simplificada, ela é o que faz uma empresa diferente das outras. Do mesmo modo que em uma cultura social, ela disseminará crenças e atitudes que seus membros tomarão como verdadeiras para poderem estar inseridos no ambiente.

Isso significa que ela apresenta um padrão que também define as tendências de comportamento das equipes.

Dessa forma, o mais comum é que uma cultura seja desenvolvida naturalmente, na qual os membros da empresa passam a replicar os comportamentos e valores percebidos em seus fundadores ou principais líderes.

No entanto, também é possível definir um novo modelo de cultura em uma empresa a partir das necessidades e objetivos organizacionais. Assim, surge a necessidade de identificar os tipos de cultura organizacional nas empresas.

Qual o impacto da cultura organizacional na empresa?

A cultura é um fator fundamental para o sucesso de uma empresa. Afinal, ela é a responsável por desenhar todo com comportamento e modelos de conduta de seus colaboradores.

Assim, dentre os seus principais impactos na organização, estão:

  • torna os integrantes mais produtivos;
  • promove o alinhamento entre os objetivos da empresa, necessidades e interesses dos colaboradores;
  • diferencia o modo como os integrantes se comportam, sejam entre colegas ou mesmo na forma de se relacionar com clientes e fornecedores;
  • facilita com que o sistema de gestão da empresa seja estabelecido e praticado;
  • reforça padrões de comportamento;
  • estimula conexões entre os times.

E para que todos estes pontos possam ser trabalhados na empresa, é preciso identificar qual o tipo de cultura organizacional e como ele impacta no comportamento das pessoas.

Como criar uma cultura organizacional?

Para criar uma cultura organizacional é preciso comprrender os valores culturais da organização, determinar o que é necessário para conduzir as características que deseja prevalecer e assumir responsabilidade por guiar os valores para cada pessoa da empresa.

Alguns passos podem tornar o processo mais fácil:

  • definir o tipo de cultura desejada, que suporte os objetivos estratégicos;
  • modelar a cultura por meio de ações da liderança;
  • fazer com que a alto liderança reflita os valores culturais da empresa;
  • reforçar a cultura por meio de práticas de gestão de pessoas, como processos organizacionais.

Quais os tipos de cultura organizacional?

Como explicamos acima, a cultura organizacional está relacionada aos padrões de comportamento das pessoas em uma empresa.

Assim, para estudar como esses padrões de comportamento funcionam e quais fatores podem estimular ou desestimular a produtividade, foram definidos 4 tipos de cultura organizacional.

Essa divisão permite que as empresas percebam quais as características das classificações da cultura, identificando:

  • padrões de estrutura organizacional;
  • ambiente de trabalho;
  • formas de comunicação;
  • foco empresarial;
  • diversidade de valores;
  • formas de pensar.

Além disso, com a identificação de quais os tipos de cultura organizacional, também é possível entender como definir um novo modelo de cultura para uma empresa.

A seguir, conheça as principais características dos tipos de cultura organizacional.

1. Cultura de poder

Neste modelo de cultura, a hierarquia é o ponto central da empresa. Assim, todas as relações e decisões são guiadas pelas pessoas que apresentam maior grau de poder na empresa.

Suas características são:

  • foco na estabilidade;
  • ambiente formal e bem estruturado;
  • processos bem definidos e realizados pelos colaboradores;
  • definição de objetivos de longo prazo;
  • centralização do poder;
  • alta competitividade entre as equipes;
  • níveis hierárquicos bem estabelecidos.

2. Cultura de papéis

Aqui, a premissa é “cada um no seu quadrado”. Desse modo, as pessoas têm papéis e estruturas de trabalho específicas, onde cada colaborador deve seguir a sua descrição de cargo e levá-la como principal responsabilidade.

Dentre as características deste modelo, estão:

  • todas as pessoas possuem atribuições e responsabilidades bem definidas;
  • processos claros e ordens que devem ser seguidas em detalhes;
  • ambiente que estimula a previsibilidade e segurança;
  • pouco espaço para a criatividade;
  • atividades pré-definidas;
  • divisão do trabalho de acordo com setores e funções.

3. Cultura de tarefas

Neste tipo de cultura organizacional, o foco está no que precisa ser feito, e não na forma como deve ser realizado. Assim, o resultado é um dos principais valores deste modelo, que tem como características:

  • foco está em realizar as entregas e gerar resultados;
  • aqui, não importam os meios ou ferramentas, na meta a ser alcançada;
  • poder descentralizado;
  • valorização de profissionais especialistas;
  • ênfase em assumir riscos;
  • aquisição de novos clientes como um dos grandes objetivos;
  • preocupação com o crescimento rápido na — e da — empresa.

4. Cultura de pessoas

Como o próprio nome sugere, o foco da cultura de pessoas está no bem-estar e desenvolvimento dos integrantes da empresa. Assim, suas principais características são:

  • grande flexibilidade e enfoque interno;
  • as pessoas são a principal preocupação da empresa;
  • ambiente familiar e amigável;
  • desenvolvimento de programas que focam em aumentar o engajamento das equipes;
  • alto comprometimento dos colaboradores;
  • líderes como mentores.

É preciso destacar que, apesar de existir uma divisão clara entre os tipos de cultura organizacional, uma mesma empresa pode apresentar mais de um modelo em sua estrutura.

Assim, é possível definir o tipo de cultura predominante na empresa e o seu modelo secundário.

Outros tipos de cultura organizacional

Para além das citadas, existem outros tipos de cultura organizacional apresentada por outras autores.

Nirmal K. Sethia e Mary Ann Von Glinow, no livro “Gaining control of the corporate culture”, faz uma lista com os seguintes modelos de cultura organizacional:

  • cultura cuidadosa: empresa se preocupa com o bem-estar dos seus membros;
  • cultura apática: ambiente de indeferença, reflete o estado geral de desmotivação, geralmente caracterizada por uam liderança inapta;
  • cultura exigente: orientada pelo desempenho e sucesso, com sistemas de recompensas e meta agressiva;
  • cultura integrativa: valorização do capital humano com incentivo ao desempenho, focada na retenção de talentos.

No livro “Nas Ondas da Cultura”, Fons Trompenaars, teórico organizacional, apresentou alguns tipos de cultura organizacional contemporâneos, baseados na diversidade cultural dos negócios.

  • cultura “A família”: caracterizada pelo tom mais pessoal e relações próximas, preservando a hierarquia e o foco no poder;
  • cultura “Torre Eiffel”: caracterizada pelas relações interpessoais, a lógica da subordinação prevalece;
  • cultura “Míssil Guiado”: caracterizada pela lealdade à profissão, inclusive estando ela acima do comprometimento com a empresa;
  • cultura “Incubadora”: caracterizada pela autossatisfação e expressão, com forte sentimento de igualdade entre líderes e pessoas colaboradoras.

Quais os níveis da cultura organizacional?

Os tipos de cultura organizacional surgem a partir do seu processo de enraizamento na empresa. Assim, para entender quais os tipos de cultura organizacional, também é preciso conhecer quais os níveis da cultura.

Para isso, é possível imaginar a cultura como um grande iceberg dividido em 3 partes:

  • topo: parte que conseguimos ver com facilidade;
  • centro: mais abaixo na água, que é preciso estudar para que seja percebido;
  • fundo: parte mais difícil de ser percebida, mas que fornece a base e estabilidade para o iceberg.

Veja a seguir como eles estão divididos.

Nível superficial: artefatos

Este pode ser percebido como o “topo do iceberg”. No nível superficial, são percebidos apenas os artefatos visíveis, que são elementos que, uma pessoa externa à organização, pode ver, ouvir ou sentir com maior facilidade.

Dentre estes artefatos, estão:

  • comportamento;
  • forma de se vestir;
  • modelos de trabalho;
  • rituais;
  • layout organizacional;
  • tecnologias;
  • mitos organizacionais.

Nível intermediário: valores compartilhados

No nível intermediário — que seria o “centro do iceberg” — estão enraizados os valores compartilhados, que é tudo o que os membros da empresa percebem como regras e racionalizações sobre o funcionamento da empresa.

Neste nível, não é possível perceber com facilidade quais as suas características, sendo necessário um estudo sobre os processos e procedimentos da empresa.

Dentre os elementos que caracterizam este nível, estão:

  • princípios;
  • normas de conduta;
  • regras estabelecidas para padronizar um tipo de comportamento.

Nível profundo: pressupostos básicos

No nível mais profundo estão os pressupostos básicos, que são a principal essência dos tipos de cultura organizacional.

Aqui estão enraizadas as principais características de uma cultura, sendo fatores difíceis de serem identificados e que precisam de um envolvimento maior com a empresa para serem identificados.

Dentre eles, estão:

  • pensamentos;
  • sentimentos;
  • crenças;
  • percepções.
  • valores.

Como uma boa cultura melhora a experiência do colaborador?

Como descrevemos nos tópicos acima, a cultura é fundamental para garantir os melhores resultados da empresa a partir da definição dos direcionamentos dos colaboradores.

Assim, para que ela possa contribuir com os resultados da empresa, ela precisa estar clara, enraizada e compartilhada com todos os integrantes da empresa.

O Great Place to Work® é uma consultoria global que apoia organizações a obterem melhores resultados por meio de uma cultura de confiança, alto desempenho, inovação e serviços, como o de Employee Experience.

Com a missão de construir uma sociedade melhor, transformando cada organização em um Great Place to Work for All, o GPTW está presente em 97 países e analisa mais de 10 mil empresas anualmente —- o que corresponde a mais de 10 milhões de funcionários impactados no mundo.

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