Por:

Por:

11 março, 2022 • 11:51

Uma boa forma de aproveitar as habilidades e competências dos profissionais de dentro da empresa é implementar o job rotation. Uma estratégia aliada dos gestores na capacitação e desenvolvimento dos talentos.

De aplicação simples e eficaz, com a ajuda do RH é possível mapear, identificar e direcionar os perfis certos, para cargos e funções onde possuem mais afinidade. Ao “rodar” internamente, cada vez mais o colaborador aprimora seu conhecimento.

O objetivo deste post é apresentar o conceito do job rotation e seu funcionamento dentro da empresa. Continue lendo para conhecer os prós e contras de usar essa estratégia e saiba como colocá-la em prática!

O que é e como funciona o job rotation?

Na tradução livre job rotation quer dizer rodízio de trabalho, o que fundamenta a estratégia de capacitar um mesmo colaborador em diversos setores, áreas e funções da empresa. A ideia é desenvolver de forma mais ampla as habilidades e competências dos talentos.

Dessa forma, os colaboradores se tornam profissionais mais completos, aptos a ocupar determinados cargos, agregando valor ao negócio, enquanto desenvolvem seu plano de carreira — uma maneira de valorizar a força de trabalho alinhando necessidades e objetivos.

Com o passar do tempo, a organização contará com profissionais mais generalistas sem, contudo, deixar de cumprir suas atividades de especialistas. Ao passar por diversos setores, os profissionais têm uma visão abrangente e profunda do negócio.

A passagem predefinida nos departamentos deve ser planejada para que os participantes tenham condições de aprender coisas novas ou aprimorar o que já conhecem e assim melhorar ainda mais o desempenho no dia a dia.

O job rotation é, portanto, uma espécie de treinamento contínuo, com direcionamento e objetivos mais específicos. O propósito vai além da capacitação naquilo que os colaboradores já sabem fazer, visto que são colocados em novas funções e atividades.

O profissional que atua no financeiro, por exemplo, pode migrar para a área de compras para entender melhor como funciona o uso dos recursos orçamentários. Nesse processo, pode ser que se descubra alguém com mais talento para a aquisição de insumos ou matéria-prima.

Enquanto os talentos giram, é possível avaliar as habilidades individuais e identificar tanto a eficiência conforme a atividade desempenha, quanto onde demonstram maior engajamento, motivação e produtividade.

Muitas vezes, o baixo rendimento pode estar diretamente ligado à falta de aptidão e estímulo para um determinado cargo. Nem sempre um profissional com excelência técnica está preparado para a liderança e não consegue manter o ritmo de trabalho ou alcançar bons resultados.

Por outro lado, um gestor precisa conhecer algumas especificidades técnicas para saber delegar e acompanhar a performance do time. O job rotation é um programa temporário, que permite a troca de informações e uma espécie de benchmark funcional.

Quais as vantagens dessa estratégia?

O job rotation apresenta uma nova perspectiva sobre as oportunidades dentro da empresa, portanto, traz benefícios para todos os envolvidos. De um lado a organização que almeja ter profissionais de alta performance, de outro, os colaboradores que visualizam possibilidades de aprendizado e reconhecimento.

Com isso, em muitos casos, o tempo do RH destinado à realização de processos de recrutamento e seleção para buscar talentos fora, será mais bem empregado no aprimoramento interno.

São muitos os pontos positivos percebidos a partir da aplicação do job rotation. Listamos algumas vantagens, confira!

Melhora do engajamento dos funcionários

O job rotation promove uma mudança na atmosfera do ambiente de trabalho, aumentando as chances de engajamento dos colaboradores. Aquele funcionário desanimado e sem perspectiva pode voltar a sonhar com um cargo que há tempos deseja.

A estratégia desperta maior interesse em participar dos projetos e assuntos da empresa, além de resgatar o senso de pertencimento. Quando anunciada a aplicação, logo uma curiosidade positiva pode tomar conta do ambiente.

Isso faz com que os times se envolvam e se integrem para entender melhor a proposta do job rotation e identificar onde se encaixam. A comunicação melhora, assim como a produtividade e a qualidade das entregas, ideais imprescindíveis para toda empresa.

Forma profissionais mais completos

Muitos talentos podem estar escondidos dentro da empresa, seja por falta de oportunidade ou dificuldade de demonstrar as habilidades. Com o job rotation é possível não só descobrir grandes perfis, como torná-los profissionais mais completos.

Ter os profissionais certos, ocupando as posições certas aumentam as chances de excelência nos resultados. De modo estratégico, a organização pode usar o talento da força de trabalho como trunfo para enfrentar a competitividade do mercado e ter vantagem.

Quanto mais confiantes em suas habilidades, mais segurança os colaboradores passam para suas lideranças. Para os gestores, a confiança de ter times que dão conta dos desafios, ajuda na análise do cenário e na tomada de decisões.

Melhor formação de colaboradores

O job rotation é uma ferramenta de gestão e como tal serve de instrumento para a formação dos profissionais da empresa. Ao estimular o aprendizado, os colaboradores passam a enxergar potencialidades em si mesmos e buscar conhecimento.

As atividades que compõem os treinamentos são mais personalizadas, com propósitos bem definidos, contribuindo para a formação individual e também coletiva. São trabalhadas as soft skills e hard skills de forma contundente, agregando valor ao perfil de cada indivíduo, enquanto o RH, junto com a gestão avalia o aproveitamento.

Motiva a busca por cargos de liderança

Há pessoas com liderança nata e há aquelas que, com um tempo de treinamento, adquirem habilidades necessárias aos cargos de gestão. Para essas, o job rotation é a oportunidade de experimentar um processo de adaptação antes de migrarem de vez para a posição.

O fato é que, com esse tipo de estratégia, os profissionais da empresa se sentem mais encorajados a ocupar um cargo de liderança. Eles sabem que se não der certo, podem voltar à posição anterior, mas não menos importante ou desafiadora.

Quais os pontos negativos do job rotation?

Por mais que o job rotation se mostre uma estratégia de valor e eficiência, existem pontos negativos que não podem ser negligenciados. É preciso identificar as desvantagens para encontrar um equilíbrio e recuar quando for preciso.

Veja alguns aspectos desfavoráveis!

Dificuldade de adaptação

Os gestores, o RH e as lideranças, podem até enxergar potencial em talentos da empresa, mas, será que eles estão preparados para participar do rodízio? Essa é uma pergunta que deve ser feita antes mesmo de colocar o job rotation em prática.

É preciso avaliar a capacidade de adaptação dos profissionais nos novos cargos e funções para os quais serão designados. Mesmo que o período de treinamento seja pré-definido, a dificuldade de se adequar pode impactar no fluxo de trabalho e comprometer a eficiência do negócio.

Ciclos incompletos

Se um ou mais colaboradores não conseguirem se adaptar, o job rotation não terá o efeito desejado. Com isso, pode ser necessário rever e realocar os colaboradores em seus cargos e funções antigas.

Há um retrocesso e retrabalho que podem prejudicar o bom andamento dos processos, além de abalar a autoconfiança dos profissionais. Nesse contexto, o colaborador tende a se sentir inseguro e insatisfeito, o que pode refletir nas atividades e resultados.

Como colocar o job rotation em prática?

Após entender melhor a estratégia, seu funcionamento e benefícios é hora de saber como implementar o job rotation. Veja os passos para colocar em prática na sua organização!

Elabore um plano ideal que funcione para a empresa

O primeiro passo é planejar bem um job rotation que seja funcional e efetivo na sua empresa. É a oportunidade de todos os colaboradores se mostrarem disponíveis para aprender coisas novas ou desenvolver habilidades já existentes.

É preciso identificar os participantes entre colaboradores, trainees e até mesmo estagiários, de setores, cargos e funções variadas. Por isso, antes de iniciar o rodízio, mapeie os prós e contras de todas as etapas, de forma detalhada, para evitar problemas no meio do caminho.

Identifique as dificuldades

Quais são os possíveis gargalos de uma ação estratégica como o job rotation? Identifique, por exemplo, se haverá dificuldade de adaptação ou se um departamento está preparado para liberar e receber colaboradores no sistema de rodízio.

Saiba quais são as necessidades

Não realize o job rotation aleatoriamente, mas de acordo com as necessidades da empresa, dos setores e dos colaboradores. É muito importante aplicar em áreas, cargos e funções que façam sentido para o negócio como um todo.

Conheça os objetivos de cada setor

Cada setor tem um ritmo, características e objetivos diferentes dentro do próprio negócio. Por isso, a aplicação da metodologia precisa considerar esses aspectos, definindo, inclusive, quem deve participar e quais habilidades serão desenvolvidas, conforme os resultados almejados.

Como você viu, o job rotation é uma prática simples que pode funcionar tanto para pequenas, médias ou grandes empresas. Tudo depende de como será planejado, estruturado e aplicado.

Se você gostou deste post, que tal aproveitar a visita e assinar a nossa newsletter para receber direto na sua caixa de entrada os conteúdos do GPTW sempre atualizados?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Conteúdos Relacionados

Assine a newsletter do GPTW

e fique por dentro das nossas novidades

Inscreva-se